quarta-feira, 17 de junho de 2009

Para passar o tempo...

Por sugestão de uma grande amiga, a Cris, resolvi começar a postar outra de minhas estórias antigas. "Anjo da Guarda" é uma declaração abertíssima de alta tietagem, que fiz há cerca de dois anos, imaginando o que seria o encontro de uma fã alucinada com o seu ídolo. Claro que é uma estória maluquíssima, improvável (ou não?) de acontecer. Nesta, eu não troquei nome de nenhum dos personagens da vida real (a não ser o da nossa heroína, que é totalmente fantasioso). Deixo aqui claro que a estória saiu totalmente da minha imaginação e que, caso o senhor Butler venha a ler ( será que Deus atenderia às minhas preces?? Hahaha!), não fique chateado nem queira me processar por invasão de privacidade. Vários fatos citados estão na mídia. A maioria dos acontecimentos, obviamente não são reais. Como a estória é um pouco longa, vou colocá-la em partes. Beijos!


Anjo da Guarda - Parte I


Tinha que me apressar. Já estava em cima da hora. Não gostava de me atrasar. Se eu tivesse lido aquela notícia antes, teria desmarcado a consulta e ido direto para o aeroporto. Cheguei! Acho lindo este prédio antigo, na Nottinghan Street, habitado, agora, só por consultórios médicos. Vamos lá! O Sig está me esperando. Bati na porta. Ele abriu. Tão sereno... Tranquilo. Não era muito alto, mas devia ter sido bonito na juventude. Agora, as entradas, na cabeça de cabelos louros, anunciavam uma calvície em poucos anos. Os olhos cor de mel davam conforto e segurança para abrir o coração e a mente. A boca fina que pouco falava. As orelhas grandes, para ouvir muito. Sig. Não, não era diminutivo de Sigmund, e sim de Siegfried.
- Oi, Sig! Tudo bem?- Eu que pergunto. Tudo bem? Ou já está pensando em outra aventura?- Puxa! Assim eu volto atrás e procuro outro psiquiatra. - Qual é a próxima travessura que você vai fazer? Este olhar não me engana.- Você está muito perspicaz hoje e muito falante. Posso me sentar?- Por favor - e sentei-me na sua confortável poltrona. - Ah, Sig! Ele viajou ontem para Los Angeles. Parece que tem alguns compromissos por lá e depois volta.- E você, já está pensando em ir atrás.- Claro! Você sabe. Há quatro anos que eu respiro Gerry Butler. Não consigo pensar em mais nada. Depois que terminei minha faculdade e tive a herança de meu pai liberada, pude me dedicar mais a ele. Já fui atrás deste homem nas locações mais loucas. Até quando ele filmou "Beowulf and Grendel" na Escandinávia, eu fiquei acampada próximo às locações. Tenho conhecido lugares e pessoas muito interessantes por causa dele.- Você já tentou alguma aproximação dele, de fato?- Nunca!- Porque tanta veemência?
- Sig! Não tenho coragem de enfrentar a rejeição dele. Você sabe disto. Eu não sou bonita. Não tenho como competir com as mulheres lindas que ele tem a seus pés.- Quem te disse que você não é bonita?- O espelho me diz isto todos os dias.- Já falei que o seu espelho pode estar defeituoso? Vamos voltar um pouco atrás.Porque o medo da rejeição?- Ah! Vou sofrer muito se for rejeitada por ele.- E, se ao conhecê-lo pessoalmente, você se decepcionar com ele?- Impossível!!- Por quê?- Porque ele é maravilhoso!- Quem disse?- As fotos, os vídeos, os filmes, o jeito dele, o sorriso. Ah, Sig... Não me olha assim.- Assim como?- Com este olhar crítico.- Não estou com olhar nenhum,Claire. Acho que temos de trabalhar um pouco mais nesta distorção de imagem. Desde quando você não se acha bonita?- Está bem, está bem. Eu admito. Até que sou bonitinha. Digo isto para reforçar o medo de encará-lo. Gostou? Você venceu, Sig. Depois destas dezenas de sessões, você conseguiu que eu melhorasse a minha auto-estima. Que sentisse que há algo de errado neste meu relacionamento unilateralizado. Mas, continuo com medo.- Por quê?- Porque? Talvez ele não seja tudo isso que eu imagino. Talvez ele seja apenas alguém normal.- E daí? Provavelmente ele é normal. E daí?Silêncio. Minha mente parecia que ia explodir. Sempre fui corajosa para enfrentar tudo. Porque não conseguia enfrentar esta ilusão? Os olhos de Sig me provocavam, esperando uma resposta interna – “Pensa , Claire, pensa!”
Angústia... Silêncio...- Claire. Vou deixar uma pergunta para a próxima sessão: o que pode acontecer se você conhecer o Sr. Butler pessoalmente? Faça uma lista, mental ou por escrito, e traga uma resposta na próxima vez. Vamos encerrar por aqui. Boa tarde.
- Mas, mas, Sig. Eu tenho de ir a Los Angeles.- Até a próxima sessão, em dois dias, neste mesmo horário. Você está proibida de viajar. Ordens médicas.- Sig!- Boa tarde!Ele abriu a porta do consultório e praticamente me jogou para fora. Impassível. Bandido! Às vezes eu o odiava. O pior é que ele tinha razão. Por isso eu continuava com ele. Saí andando, em direção à Marylebone Road. Antes de pegar o metrô na estação da Baker Street, resolvi entrar na igreja de Saint Marylebone. Talvez eu tivesse alguma iluminação por lá. Ali, fiquei por um bom tempo, até que o padre chegou e disse que iam fechar. Desculpei-me e saí. Resolvi ir a pé para casa. Era uma boa caminhada até a Russel Square, mas seria bom para clarear as idéias, antes de chegar em casa.Sig estava certo. Tenho de criar coragem e enfrentar estes medos. O que pode acontecer? Fazer lista:- sofrer um desmaio na frente do Gerry- sofrer uma crise convulsiva- sofrer um ataque incontrolável de risoEm qualquer um destes casos, ele irá me achar louca mesmo. Aí, eu dou o cartão do Sig e peço que ele me interne. Ahahah... - pode ser que ele me dê "oi", vire as costas e vá embora, me achando a pessoa mais sem graça da face da Terra. Aí, eu morro! Não morre não, sua idiota!E, assim, até chegar em casa, minha lista , se escrita, teria se transformado num pequeno livro , cheio de situações, que variavam desde a mais ridícula até a mais mórbida. Em nenhuma delas me saía bem. Por quê? Por que não? Não quero ter falsas esperanças? Claire, pensa bem. Mesmo que ele não vá com a tua cara, ele não vai dizer nada. Ele sempre é tão carinhoso com as fãs. Isso se ele souber que sou fã. E, se não souber?
Assim, fiquei dois dias, pensando no que dizer ao Sig, na 4ª feira. Vocês devem estar achando que sou a maior desocupada do mundo. Sou! Eu poderia estar trabalhando, pois fui a melhor aluna da minha turma. Mas este homem ocupa meus pensamentos 18 horas por dia. Nas outras seis, eu sonho com ele. E que sonhos... Uau! É loucura? É! Por isso fui procurar ajuda com alguém como o Sig. Quer dizer que ainda tenho alguma chance de cura. Será?
Quarta -feira. Depois de quase me rasgar na frente do computador, vendo as fotos dele com aquelas peruas de Hollywood, lá estava eu, a caminho de minha sessão. Pelo menos, depois de dois dias procurando uma resposta para o Sig e para meus medos, acho que conseguira algo não muito assustador.Uma batida seca. A porta se abre.- Boa tarde.- Boa tarde.Sento-me na sua frente. Silêncio.- Não vai falar nada? Da outra vez, estava tão falante. E hoje?- Estou esperando a sua resposta. Lembra da pergunta?- Sim. Sig, pensei muito. Acho que você tem razão. Talvez eu tenha de enfrentar a verdade, por pior que ela seja. Acho que estou precisando arranjar um emprego. Meu pai deve estar se revirando na tumba, pensando porque deixou uma herança como aquela, para a doida de sua filha torrar tudo em maluquices.- Ótimo! Que mais?- Fiquei sabendo que o Guy Ritchie está procurando assistentes para a produção de seu novo filme. Sei que não tenho experiência neste ramo, mas eu gosto tanto de cinema, que acho que entendo um pouco disso. Ou, pelo menos, posso aprender rapidamente.Silêncio.- Pois é - Sig já parecia estar desconfiado de minhas intenções - Ele vai rodar um filme sobre gangsteres dentro de dois ou tres meses, aqui mesmo, em Londres. - E?
- O Gerry é um dos atores principais. Pronto! Falei! Acho que vai ser uma maneira de iniciar uma aproximação, não?Silêncio. Este silêncio me massacra!- Você não fala nada?? – não aguentava mais esperar pela sua opinião.- Digamos que há muitos pontos positivos no seu plano. Só o fato de voltar à vida, através do trabalho, já é algo muito bom. Além disso, esta tentativa de conhecer o seu ídolo pessoalmente, da maneira como você está arquitetando, pode ser uma boa coisa, também... Acho que deve ir em frente.- Pretendo ir até lá, amanhã. Estou ficando animada com tudo isto.- Que bom, Claire. Isto é bom.Conversamos até o final da consulta sobre algumas outras arestas a aparar. Saí de lá me sentindo mais segura e determinada.No dia seguinte, segui com meu currículo debaixo do braço, rumo ao escritório do marido da Madonna. Ao chegar lá, fui encaminhada para o departamento de pessoal. Pegaram meu currículo e ficaram de ligar. Só isso??? Fiquei indignada! Resolvi xeretar um pouco pelo lugar. Andei de um lado para outro, até que cheguei ao gabinete do Sr. Ritchie. Resolvi sentar e ver o movimento. Sorri para a secretária e ela me perguntou:- A Srta. tem hora com o Sr. Ritchie?- Não. Estou esperando uma pessoa. Posso aguardar aqui? - Às vezes, eu conseguia ser bem "cara de pau".- Claro! - disse sorridente e em dúvida. Difícil explicar aquele sorriso amarelo. Neste momento, Guy Ritchie saiu de sua sala com uma cara péssima e mandou a secretária chamar seu assistente, Mike. Em menos de 5 minutos, o rapaz já estava ali.- Você conseguiu falar com o Tom Wilkinson? Vamos começar a filmar dentro de dois meses e ainda não tenho quem faça o "Lenny Cole". Ele é perfeito para o papel, mas temos que conseguir falar com ele, urgentemente. Estamos em cima da hora.- Sinto muito, Guy, mas ele está filmando nos EUA, com Brian Singer.
Ao ouvir aquilo, imediatamente lembrei a pequena nota do jornal que havia lido naquela manhã, noticiando a chegada do ator Tom Wilkinson, há um dia, vindo dos EUA. Então, resolvi meter-me na conversa.- Vocês tem o telefone dele? Liguem agora. Ele chegou ontem em Londres e deve estar em casa agora.Guy ficou surpreso com a interrupção, enquanto Mike queria me fuzilar com os olhos. Foi obrigado a ligar tão logo Guy ordenou-o a fazer o que eu pedira.- Quem é você? - perguntou ainda espantado.- Meu nome é Claire Bates e sou grande admiradora sua. Gostaria muito de trabalhar com o senhor. Acabei de deixar o meu currículo no setor pessoal, para tentar a vaga de assistente na sua nova produção.- E de onde você tirou que o Tom está aqui em Londres?Antes que eu respondesse, Mike falou:- O Sr. Wilkinson na linha, Guy.- Obrigado. Vou atender no meu escritório. Você! - disse apontando para mim - Venha comigo!Alguns minutos ao telefone, Guy desligou e com um grande sorriso nos lábios:- Consegui que ele faça o papel de "Lenny" em "Rocknrolla", graças a você. Ele vai estar aqui para as filmagens. - Que bom!Alguns instantes depois:- Garota, você está contratada. Gostei do seu estilo. Pode falar com a minha secretária, que ela vai dar um jeito nisso. Pode começar amanhã?- Claro! Muito obrigada, Sr. Ritchie. Muito obrigada, mesmo!Despedi-me e fui falar com a moça que estava a minha frente.Consegui!! Estou contratada!! O Sig tem de saber disso. Viva!!Agora, é mostrar serviço e estar atenta. Estou no mundo do cinema! Nem acredito. Vou ficar um pouco mais perto de Gerry, agora.
No dia seguinte, fui recebida friamente por Mike.- Bom dia. O Sr. Ritchie pediu que a orientasse. Você será a responsável pela alimentação no set. Temos tres serviços em vista, mas não acertamos ainda. Vou lhe dar os endereços. ”E cai fora, garota. Se pensa que vou lhe dar qualquer dica, está redondamente enganada.” Certamente este foi o pensamento seguinte de Mike, considerando o olhar raivoso que me lançou.- Bom dia, Claire! Bem vinda ao nosso hospício!- Bom dia, Guy!- O Mike está te tratando bem? - piscou o olho e sorriu.- Sem dúvida.- Depois quero falar com você. Por favor, passe na minha sala.- Sim,senhor!Depois de pegar os endereços de "catering", completamente perdida, fui à sala de Guy. Bati na porta e entrei, com o aval da sua secretária.- Com licença...- Oi, Claire. Entre!
- Você queria falar comigo?- Sim. Andei dando uma olhada em seu currículo. Vi que você fez administração de empresas e foi uma ótima aluna. Seria possível você dar uma ajuda ao pessoal responsável pela aquisição de materiais para o set. Eles andam meio confusos. Eu não tenho encontrado tempo para ver isto. Talvez uma administradora consiga organizar a bagunça em que eles se encontram. É possível?- Pode contar comigo, Guy.
Resolvi não pedir ajuda. Teria que me virar sozinha. Daria um jeito. Organizar o pessoal de compras seria moleza. Teria que dar uma olhada na parte de alimentação. Lembrei de um professor da faculdade que poderia me ajudar. Ele já havia trabalhado em produção de filmes. Eu o procuraria ainda hoje.
A partir daí, comecei a conhecer todos os setores da produção do filme, suas engrenagens e as melhores soluções para seus problemas. Com eficiência, consegui organizar o que me era pedido, conseguindo melhores orçamentos, com a melhor qualidade de serviço. Meu professor foi de grande ajuda. Enfim, meus estudos não haviam sido em vão. Meu pai devia estar contente, pois sua filha, afinal, tinha um cérebro. Logo eu estava como 1ª assistente de Ritchie. No início, podia sentir a inveja nos olhares de meus colegas. Mas, com jeito e simpatia, consegui ficar amiga dos possíveis invejosos. Inclusive, Mike, que se tornou um grande companheiro de trabalho. Neste tempo todo, continuava procurando saber de tudo que estava acontecendo com Gerry. Sempre que tinha alguma folga, passava na frente de seu apartamento e falava com o porteiro, que já era meu amigo, para saber como ele estava. Breve, esperava ter notícias pessoalmente. O início das filmagens estava próximo. Gerry já estava em Londres. Continuava ansiosa, pensando no provável encontro, que seria inevitável. Eu buscara aquilo. Agora tinha de ter coragem para encará-lo de frente. Às vésperas do início das filmagens, fui avisada de que Guy queria falar comigo. Fui correndo para a sua sala. A secretária estava com o maior sorriso que eu já tinha visto em seu rosto. Parecia estar nas nuvens. Cheguei a prever o que deveria estar me esperando do outro lado da porta. Perguntei se Guy estava sozinho.- Não. Não está.Resolvi entrar sem perguntar mais nada. Engoli em seco e entrei. Lá estava ele, sentado na frente de Guy, numa calça jeans usada e uma camiseta cinza escura, que realçava seu corpo atlético. Pensei que fosse desmaiar. Cheguei a ficar tonta. Não podia dar um escândalo agora. O que Guy ia pensar? Não! Eu tinha que reagir como se nada estivesse acontecendo. Onde estava a minha "cara de pau" agora?? Respirei fundo e entrei. - Claire, querida! Venha aqui. Quero que você conheça Gerry Butler.No mesmo instante, ele se levantou e eu pude ficar diante daqueles 1,88 m, com aqueles olhos verdes olhando-me de alto a baixo, fazendo sua análise inicial. Não consegui segurar o rubor em meu rosto, que, obviamente, ele notou. - Muito prazer, Claire. Então esta é a sua funcionária exemplar, Guy?
Vi aquela mão erguida no ar, aguardando para receber a minha... A minha??Aí senti o calor invadindo minha corrente sanguínea ao tocar e receber o aperto daquela mão quente e poderosa.Os olhos continuavam sua análise e o chão, sob meus pés, vacilando como num terremoto. Meu olhar, impassível, dissimulado num sorriso congelado. - Pois é. Tive muita sorte de conseguir esta minha assistente. Eu flutuava no alto da sala de Guy, olhando minha carcaça, com cara de imbecil, ouvindo uma conversa sobre outra pessoa. Acorda, mulher!
- Claire? Você está bem?- Estou. Estou ótima! Estava pensando num probleminha que tenho de resolver ainda hoje. Desculpe, por isso estou meio distraída. – Minha "cara de pau" começava a render. - Muito prazer, Sr. Butler. Já ouvi falar muito de seu trabalho. É uma honra poder trabalhar com o senhor.
Santa hipocrisia. Mas não é que eu estava conseguindo falar e disfarçar, ao mesmo tempo? Valei-me, Santa Marylebone!- Por favor, não me chame de senhor. Pode me chamar só de Gerry. Afinal, vamos ser companheiros de trabalho, não? "Abriu um dos seus melhores sorrisos. Eu conhecia quase todos.- Temos problemas aonde, Claire?
- Nada que eu não possa resolver. Fique tranquilo.
- Viu só, Gerry? É a assistente que pedi ao Papai Noel - falou todo sorridente.- Não elogia muito, senão serei obrigado a roubá-la de você.
Quando ouvi aquela afirmação, precisei arranjar rapidamente uma desculpa para sair da sala, antes de ter uma síncope na frente deles. Meu coração parecia que ia saltar para fora do peito. Assim que fechei a porta, deixei de lado o disfarce de "distraída", e corri para o banheiro mais próximo, onde pretendia acalmar-me. Pensei em ligar para Sig, mas desisti. Acho que já posso enfrentar sozinha esta situação. Será? Calma, Claire. Respira fundo... Respira... Bem, pelo menos não desmaiei e ainda estou viva. Ah, Gerry! Ele falou comigo e parece ter gostado. Não se anime. Ele devora todas as mulheres, que ele encontra, com os olhos. Isto não quer dizer nada. Tenho de manter a calma. Meu coração não vai resistir se, cada vez que eu o encontrar, tiver um ataque destes. E eu vou encontrá-lo muitas vezes, ainda. Passaram-se alguns minutos, até que me sentisse recomposta. Resolvi sair para almoçar, pois já estava no horário, e esfriar a cabeça.Fui pegar minha bolsa, dei uma retocada na minha pouca maquiagem e, já estava quase saindo, quando ouvi uma voz conhecida atrás de mim.- Você vai almoçar agora?Não devia ter sido para mim, obviamente. Continuei andando.- Ei, Claire! Você não me ouviu?- Oi?? Ah, é você? Desculpe, achei que não era comigo. Não consegui esconder o rubor, de novo. Ele estava ali, na minha frente, com a melhor cara do mundo, e eu me acabando por dentro.- Você vai almoçar?- Vou. Acho que vou.- Você já tem companhia? – falou, dando aquele sorriso que conquistava todas as mulheres.
- Não.
- Então, vamos almoçar juntos? Não gosto de fazer as refeições sozinho. Você está bem? Parece meio pálida. Pelo jeito, o Guy está exigindo demais de você.- Não! Imagina... É que eu sou meio estressada com o trabalho, mesmo.
A garganta seca, o peito oprimido, a taquicardia voltando... Respira... Respira...- Então? Vamos?
- Está bem. Porque não? Respira, continua respirando. Ele só quer almoçar, sua maluca. Calma.

4 comentários:

  1. Ah!Também adoro essa fic! Quer dizer... Difícil eu não gostar de viajar nas suas fics, querida! Nessa, eu realmente me pus no lugar da nossa heroina!
    Palmas para a minha Jane Austen!
    Bjim♥

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  2. AAAAAAHHHHH!Acertaste em cheio no nome da nossa heroina!!!Sabes que o nome Claire é o que eu utiliso como nikname!!!Eu adoro esse nome, parece que me vi na pele dela ,pouca auto estima é um dos meus problemas!Rô fui ao teatro este fim de semana pela 1ª vez e tava lá o senhor q trouxe a peça ao Porto, de quem eu sou uma grande admiradora Felipe LAferia ,não sei se já ouviste falar!A minha cunhada q foi comigo e como sabe q eu sou fã desse senhor puxou por mim para me apresentar a ele, eu tremia dos pés á cabeça não sabia o q dizer e ele disse "então é minha admiradora e não me vinha dar um beijinho"e eu tava como a Claire "respira Rute respira"Mas o senhor Laféria não é um borracho como o nosso lord senão eu tinha um ataque fulminante na hora!!!!!

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  3. JEZUIS ME CHICOTEIA eu me vi na situação da Claire, toda retardada...rss
    Essa lista é fenomenal ajuda a descrever bem os sintomas Gerry...rss
    - sofrer um desmaio na frente do Gerry
    - sofrer uma crise convulsiva
    - sofrer um ataque incontrolável de riso em qualquer um destes casos, ele irá me achar louca mesmo. Aí, eu dou o cartão do Sig e peço que ele me interne. Ahahah...
    Bjkas

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  4. Ai, dá mesmo um medinho em se encontrar com o Gerry. Vontade não falta, óbvio, mas realmente, saber que ele freqüenta lugares em que as mais belas e poderosas mulheres estão presentes, saber que geralmente ele tem tudo e todas, já que é tão lindo, talentoso, simpático e generoso, é complicado, porém se a gente ficar se encasquetando com essas coisas, sente realmente um frio danado no estômago...
    Gente, apenas pegar na mão do Gerry para cumprimentá-lo já seria o máximo, imagina só sentir os olhos dele nos mirando bem de pertinho, ouvi-lo falar, ver a sua boquinha maravilhosa se mexer, ai... jesuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis... Eu acho que não conseguiria ser tão cara de pau, falar como se não o amasse tanto assim... É uma situação difícil, mas ela sabia que essa oportunidade iria acontecer e, com certeza, já estava se preparando para enfrentá-la, afinal, era o grande sonho da vida dela. E o melhor é tratá-lo mesmo assim, de forma carinhosa e meio fria, pois ser muito fácil nessas horas é terrível, homem algum valoriza mulheres assim, ainda mais quem... o nosso Gerry... Acho que ela está certíssima, tanto que partiu dele o convite para o almoço. Nossa, um sonho mesmo...
    Beijinhos

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