quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Aposta - continuação

Sam acordou de seu torpor quando sentiu Gerry levantar-se do sofá, deslocando-a para o lado, delicada e silenciosamente para não incomodá-la. Fingindo que dormia, observou o magnífico homem que tinha a sua frente, a atiçar o fogo que começava a apresentar sinais de extinção. A silhueta nua, forte, de músculos bem proporcionados, distribuídos naqueles quase 1,90 metros de altura, era realçada pela luz avermelhada e irrequieta vinda da lareira, provocando um efeito quase sobrenatural e primitivo. Um suspiro a denunciou, fazendo com que ele se virasse e sorrisse, ao vê-la de olhos abertos a espioná-lo.
- Pensei que estava dormindo...
- Eu só estava admirando a paisagem – falou, retribuindo o sorriso, encolhida sobre o sofá.
- E estava gostando? – perguntou, enquanto encaminhava-se na direção dela.
- Muito... – falou, excitando-o.
Ele abaixou-se, de forma a quase tocar os lábios no rosto de Sam e indagou tentador:
- Está frio aqui, não acha? Que tal fazermos mais um aquecimento?
- Eu adoraria...
Dizendo isso, pegou-a no colo, com um mínimo de esforço, sentou-se sobre o sofá e colocou-a sobre suas coxas nuas, abraçando-a e beijando-a, sem esperar resposta. Logo o frio foi esquecido em segundo plano.

O vento parara de zunir, o sol já entrava através das frestas das janelas e um movimento suave do tórax sobre o qual estava deitada a embalava. Uma pressão gostosa e quente envolvia seu corpo. Ao abrir os olhos, percebeu que Gerry a cercava por trás, no espaço que lhes permitia o sofá, mantendo os braços em torno de seus seios, enquanto a perna a entrelaçava e a coxa poderosa cingia seu quadril. Sentia-se protegida, segura como nunca se sentira antes. De repente, um estremecimento. Era Gerry que dava sinais de frio. Só então ela percebeu que a sala estava gelada e as chamas da lareira quase extintas. Precisava acordá-lo para que pudessem vestir-se.
- Gerry... Gerry... – chamou-o carinhosamente.
Ele arqueou as sobrancelhas, ainda de olhos fechados, e aumentou a pressão de seu abraço sobre ela.
- Bom dia... – com voz amarfanhada e rouca – Brrrr! Que frio!
- Bom dia. Precisamos nos vestir ou vamos virar aqueles picolés que você sugeriu ontem.
- Hummm... Mas está tão bom assim... – falou aumentando a pressão sobre o corpo de Sam – Não quer um novo aquecimento?
- Você é meio taradinho, não?
- Você ainda não viu nada... – disse sorrindo, depositando um beijo sobre seus cabelos.
- Se você não se vestir logo, eu não vou ver mesmo nada – falou rindo, tentando desvencilhar-se do abraço dele – Precisamos saber se o socorro já está vindo.
- Sempre prática... – disse fazendo-se de aborrecido - Está bem, eu a deixo sair se prometer que não vai mais fugir de mim.
- Eu prometo... – assegurou sorrindo.
No mesmo instante ele a liberou, levantando-se, ajudando-a a ficar de pé e abraçando-a novamente. Desta vez, a olhá-la frente a frente, deu-lhe um beijo afetuoso em seus lábios e, ao senti-la tremer de frio, aquiesceu:
- Talvez você tenha razão. É melhor nos vestirmos.

O celular tocou.
- Alô? Farrell? ... Sim, estamos bem, apesar do frio e da fome, que está começando a incomodar... Quanto tempo? ... Ótimo... Sim, ela está bem. Não se preocupe... Sim. Até!
Gerry desligou o telefone.
- E então? Quanto tempo mais para eles chegarem? – perguntou Sam apreensiva.
- Talvez uma hora. Parece que a tempestade foi mesmo terrível. Estão com vários tratores a limpar a neve das ruas da cidade e da estrada desde cedo. Vou tentar acender a lareira de novo para nos esquentarmos um pouco.
- Eu o ajudo a trazer mais lenha.

Já se passara mais de uma hora, período em que Sam e Gerry tentaram aquecer-se junto ao fogo, quando ouviram o som de motores próximos. O resgate havia chegado. A cabana, que ficava em um desnível, estava quase totalmente encoberta. Levaram cerca de trinta minutos para poder ter acesso à porta de entrada. A Toyota de Sam praticamente desaparecera sob a neve. Uma ambulância os levou de volta à cidade. Apesar da insistência do paramédico em querer levá-los para o hospital, Sam recusou-se, por estar se sentindo muito bem. Gerry concordou com ela. Dessa maneira, foram deixados diante do Golden Hotel, onde Farrell e alguns membros da equipe os esperavam ansiosos no saguão.
- Como vocês estão? – perguntou aflito assim que os viu.
- Estamos bem, Farrell. Não se preocupe. Por sorte a cabana resistiu à tempestade – respondeu Gerry, que entrou abraçado a Sam.
- Tudo bem, Joseph. Agora só estou querendo um banho bem quente e comer alguma coisa. Estou morrendo de fome – disse Sam, saindo da proteção de Gerry e indo ao encontro de seu amigo, abraçando-o – Depois temos de conversar – sussurrou em seu ouvido.
- Sobre o quê? – fez-se de desentendido.
- Depois do meu banho – respondeu Sam sorridente.



Olá! Sei que a maioria de vocês odeia estes capítulos curtíssimos, mas devido a problemas independentes de minha vontade, tive pouco tempo para escrever nestes últimos dias. Mas tenham certeza que , até o dia 16 pretendo ter postado o final desta estória. Não desanimem, queridas leitoras. Volto em breve. Beijos!!

5 comentários:

  1. Rosane!!!!!

    Sou a primeira de novo,adorei este novo cap.a Sam é iuma mulher de sorte hem ter o Gerry aos seus pés e somente pra ela numa linda noite de amor, aí que inveja, mas tdas sabemos que são fics e que são as melhores.

    Bjs,
    Cris

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  2. Ai que inveja mussum...
    Gerry e uma cabana. Do que eu mais precisaria!?
    NADA!!!

    Mais uma vez, vc matando a pau!

    Bjim♥

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  3. Carel disse:
    Ih Ly, inveja mussum é apelido...kkkkk.Eu odeio frio, mas numa companhia dessas....Ro, to amando...Pra variar né???kkkk E no aguardo de mais...

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  4. Adorei...]eu tbm tenhot tido problemas e não tenho postado...
    Posta assim que der ok??
    bjos querida!!!

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  5. RÔ!!
    Posta logo este novo cap.pelo amor de deus senão vou ter uma síncope e mais um dos meus faniquito e a culpa vai ser sua,kkkkkk
    quase tive um surto nervoso quando descreveu o corpo do DEUS ESCOCÊS Gerry pois ele não é um DEUS GREGO,esta foi uma das melhores descrições dele que já fez,parece que é mesmo assim,será!!!! Aí jesus apaga a luz,que homem é esse, que corpo,1 metro e 90 de sedução e desejo.
    Bjs,
    Cris.

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