domingo, 5 de julho de 2009

Um Amor no Deserto - Capítulo IV





Em menos de uma hora estavam de volta ao acampamento. Amy voltou à sua terapia de hidratação oral. Notou que não a deixavam sozinha agora nem por um instante. Sempre tinha alguém junto a ela. Já estava entardecendo quando Daren apareceu em sua tenda.
- Está se sentindo melhor?
- Sim.
- Não tenho boas notícias para lhe dar.
- Como assim?
- O mensageiro enviado ontem acabou de voltar.
- Mas isso é ótimo – falou animada com a perspectiva de um resgate iminente.
- Ele conseguiu avisar sua equipe que você está aqui e bem. Mas...
- Mas?...
- O seu resgate pode demorar alguns dias.
- Por quê?
- Parece que houve um acidente fatal com o helicóptero que fazia o monitoramento nesta etapa da corrida.
O rosto de Amy contraiu-se numa expressão de desespero, lembrando de Chloe.
- Você sabe o nome dos ocupantes?
- Não. Mas parece que eles vão paralisar a corrida por 48 horas. O que houve?
Lágrimas brotaram timidamente dos olhos de Amy.
- Calma... Não sabia que estava tão desesperada para sair daqui. Você vai poder partir em dois dias. Não vai precisar ficar sofrendo aqui – falou visivelmente chateado com a reação de Amy.
- Não é isso – respondeu ela, com a voz quase inaudível.
Ele se aproximou preocupado, principalmente porque ela não respondera agressivamente a sua afirmação. Abaixou-se e sentou à sua frente, tentando entender o que estava acontecendo.
- Preciso saber quem estava neste helicóptero... Talvez minha irmã estivesse nele... – ela não conseguia desgrudar o olhar de um ponto fixo no chão e algumas poucas lágrimas já corriam lentamente por sua face.
- Como assim, sua irmã? Ela também está no rally?
- Ela é jornalista como eu e estava fazendo a cobertura para a revista em que trabalha. Mas na verdade, ela veio para cá para me acompanhar. Ela é apenas quatro anos mais velha do que eu, mas sempre se sentiu responsável por mim. Na última vez que a vi ela me disse que ia acompanhar a corrida no helicóptero de Thierry Sabine. E agora... Se houver acontecido alguma coisa com ela...
A expressão de medo e angústia estampada no rosto de Amy sensibilizaram Daren, que aproximou-se ainda mais. Tirou o véu de seu turbante, deixando o rosto descoberto, e passou um braço sobre os ombros dela.
- Não pense no pior, Amy. Vários helicópteros fazem o rastreamento dos participantes. Pelo menos dois ou três, que eu saiba.
Ela parecia não ouvir o que ele dizia e continuava a dar vazão a seus pensamentos mais terríveis.
- Eu não devia ter insistido nesta loucura. Ela e minha mãe não queriam que eu viesse, mas eu não as ouvi... Se alguma coisa tiver acontecido a ela, não vou me perdoar nunca.
Ele segurou o queixo dela com delicadeza e obrigou-a a olhar em seus olhos.
- Amy, pare de se culpar por algo que nem sabe se aconteceu. Logo teremos mais notícias e tudo vai se esclarecer da melhor forma possível.
Ela finalmente prestava atenção em Daren e sentiu sinceridade e cumplicidade naquele olhar de verde profundo.
- Você não me odeia? – perguntou inesperadamente, arrancando um breve sorriso dele.
- Não, claro que não. De onde você tirou essa ideia?
- Você estava querendo me bater algumas horas atrás e quase me deixou sozinha no meio do nada... – dizia como se fosse uma criança magoada.
- Amy... – ele não conseguia dizer mais nada. O desejo de beijar aqueles lábios ainda molhados pelas lágrimas tornou-se imperativo.
Ambos pareciam hipnotizados um pelo outro. Uma atração mútua e inexplicável os aproximou, até que suas bocas se encontraram suavemente, com cuidado, como se saboreassem o mais delicioso dos néctares pela primeira vez.
Quando se separaram, Amy abriu os olhos e viu Daren com olhar preocupado, dizendo:
- Desculpe... Eu não devia ter feito isto... Me perdoe.
Levantou-se abruptamente e saiu rapidamente da tenda.
Amy ainda sorvia a emoção daquele beijo. Estava surpresa com sua própria reação ao toque daqueles lábios do tuaregue. Nunca experimentara tal encanto. Pensou se ele tinha experimentado o mesmo que ela. Talvez não. Talvez ele não tivesse gostado, por isso fugira arrependido do que fizera. Se bem que a sensação que tinha era de que ele tinha correspondido plena e satisfatoriamente ao seu beijo.
Rezou para que ele estivesse certo em relação ao acidente. Sentia necessidade de falar com ele. Queria conhecê-lo melhor. Teria pelo menos 48 horas para saber quem era aquele homem misterioso.

A noite chegou e Daren não voltou para vê-la. Procurou seguir o conselho dele e não pensar o pior a respeito de Chloe. Após o minguado jantar, a jovem que a serviu convidou-a para juntar-se a eles em torno da grande fogueira no meio do acampamento. Ela foi levada pela mão da tuaregue e convidada a sentar-se junto às outras mulheres aparentemente solteiras da tribo. Estranhamente, nenhuma delas usava véu, como a maioria das muçulmanas. Isto deixava Amy curiosa desde a sua chegada naquele lugar. Elas pareciam liderar as reuniões noturnas. Também notou que alguns homens tinham ao seu lado uma só mulher. Sempre soube que a religião muçulmana permitia a poligamia. Precisava falar com Daren a este respeito. Seria uma bela desculpa para iniciar uma conversa, se assim ele permitisse. Quando começava a achar interessante este pensamento, viu a figura altiva dele surgir atrás das chamas. Seus olhares se encontraram e ele fez uma reverência com a cabeça, cumprimentando-a formalmente. Algumas mulheres que estavam junto a ela também notaram a presença dele e começaram a rir, cobrindo a boca com as mãos, como se adivinhassem que alguma coisa estava acontecendo entre os dois. A mulher que a levara até ali chegou a dar um leve empurrão em Amy, como se dissesse que ela devia ir ao encontro dele.
Sorrindo, Amy criou coragem e levantou-se, caminhando lentamente na direção dele, que permanecia parado, de braços cruzados, apenas os lindos olhos aparentes, observando-a atentamente.
Ela chegou até ele e postou-se ao seu lado, fingindo que continuava a ver e ouvir os cantos e danças tribais à sua frente. Como ele não dissesse nada, obrigou-se a tomar a iniciativa e falar:
- Por que você fugiu hoje à tarde?
- Eu não fugi. Apenas lembrei que tinha um compromisso.
- Ah... Imagino o seu compromisso... Foi dar banho no seu camelo? – perguntou ironicamente.
- Este tipo de comentário não merece nem resposta – disse irritado.
- Desculpe, Daren. Estava brincando... Olha, acho que precisamos conversar. Eu tenho pensado muito em você, principalmente depois de hoje à tarde.
- O que aconteceu hoje à tarde foi um ato de fraqueza, que não deve se repetir mais – ele continuava sem encará-la.
- Por quê? Foi tão ruim assim para você? – indagou indignada e quase gritou – Quer fazer o favor de olhar para mim quando falo?
Repentinamente, ele a pegou pelo braço e a levou para longe da agitação em torno da fogueira.
- Não faça escândalo!
- Não faço, se você começar a conversar comigo direito. Você acha que tem o direito de sair por aí beijando as mulheres, mexer com a cabeça delas e depois fazer que não está nem aí?... E solte o meu braço, porque você está me machucando.
Só então ela notou que ele a estava levando na direção do oásis que ficava bem próximo. Também notou que era uma linda noite de lua cheia. Podia ver os contornos das grandes dunas ao longe, num jogo de luz e sombras refletido sob um céu azul escuro cravejado por estrelas. Aquela noite, naquele lugar era pura poesia. Mas ao invés de ter alguém romântico ao seu lado, parecia que Daren queria acabar com ela e qualquer esperança de algum diálogo amigável.
Ele a largou e subiu uma pequena elevação arenosa, que rodeava a laguna onde as mulheres buscavam água durante o dia, e sentou-se. Amy seguiu-o.
- Se você não quiser falar sobre aquele beijo, tudo bem. Vamos só conversar. Eu acho que não fui uma boa hóspede até agora. Tenho agido infantilmente, reconheço. A notícia do acidente me fez repensar em algumas atitudes minhas...
Ele continuava em silêncio, olhando o horizonte.
- Posso perguntar uma coisa?
Ele a olhou de lado.
- Por que só os homens tuaregues cobrem o rosto e as mulheres não? Não devia ser o contrário?
Ele descobriu seu rosto e riu alto.
- É isso que você quer me perguntar?
- Entre outras coisas, sim... Pelo menos você sorriu de novo. Achei que ia ficar carrancudo para sempre – disse rindo também.
- Amy... Está bem. Vamos conversar. O que mais você quer saber?
- Tudo a respeito da cultura de vocês
- Por que este interesse agora?
- Já que vou ser obrigada a ficar parada por aqui, quero ao menos saber sobre quem me acolheu... Saber um pouco de você... – respondeu, sendo que a última frase foi dita quase sem voz – Apenas interesse jornalístico...
Ele voltou a olhar para as dunas adiante deles.
- Os tuaregues são um povo nômade muito antigo. Não seguem as leis muçulmanas tão rigidamente. Como você observou, os homens são quem usam o “véu” e não as mulheres. Este véu os protege contra os maus espíritos. As mulheres tem mais liberdade, inclusive para escolherem o futuro esposo. É uma sociedade monogâmica. No passado ficaram com fama de assaltantes de caravanas no deserto, pois não tinham condições de conseguir a sobrevivência de outra maneira. Mas sempre lutaram para conseguir ser uma nação, constituir um estado legítimo. O que mais você quer saber? – terminou olhando para ela, sem imaginar o quanto ela o achava sedutor naquele momento.
- Você fala sobre “eles” como se não fosse um deles. Você me disse, outro dia, que essa era uma história que me contaria mais tarde. Bem, tenho dois dias pela frente, sem nada para fazer. Pode começar – exigiu arrogantemente.
- Acho que não vale à pena contar-lhe a minha história – tornou a olhar para o infinito.
- Quem pode definir o valor dela sou eu...
- Você sabe ser insistente, não?
- Eu diria que não desisto facilmente daquilo que eu quero.
Ele sorriu e disse:
- Eu sei muito bem disso...
- Então? – estava muito curiosa.
- Eu sou o que chamariam de mestiço. Meu avô era tuaregue. Ele fazia parte da casta nobre, os ihaggaren. Conseguiu juntar uma certa fortuna de maneiras não muito lícitas, devo reconhecer, mas suas intenções eram boas. Cansado das dificuldades de sobrevivência neste deserto, mudou-se para Rabat, no Marrocos, onde montou um pequeno comércio de tecidos e casou-se com uma francesa. Como seu negócio prosperava, anos mais tarde, mandou seu primogênito, com apenas 12 anos, estudar na Inglaterra, para que ele pudesse ter um futuro melhor. Meu pai formou-se em Medicina e estabeleceu-se numa cidade no interior do condado de Bedfordshire. Lá conheceu minha mãe. Desta união nasci eu e mais duas irmãs. Satisfeita?
- Ainda não – olhou-o pensativa e continuou seu questionário - Você então foi criado na Inglaterra?
- Sim.
-E o que você faz aqui agora?
Ela notou uma sombra de tristeza velando seu olhar.
- No dia em que a encontrei eu tinha acabado de espalhar as cinzas de meu pai nas areias do deserto. Foi um de seus últimos pedidos.
Ela ficou sem saber o que dizer, até que conseguiu murmurar:
- Sinto muito, Daren.
- Não precisa ficar sem jeito. Ele morreu há dois meses e só agora é que pude realizar esta viagem e cumprir o seu desejo. Apesar de viver na Inglaterra, ele costumava vir até aqui visitar os parentes com meu avô. Mesmo depois que este faleceu, ele nunca deixou de visitar os primos. Eles tinham um grande amor por este lugar.
- E você?
- Eu, o quê?
-Você também ama esta terra?
- Aprendi a gostar e a conhecê-la. Meu pai sempre me trazia junto em suas visitas. Por isso conheço bem a região.
- Então você vai voltar para a Inglaterra, agora que cumpriu sua obrigação.
- Não. Tenho outra missão a cumprir aqui na África e não sei quando volto.
- Outra missão? Você é militar?
- Não – ele riu mais uma vez - Sou médico, como meu pai. Acabei de me alistar na organização Medicin sans Frontieres ( Médicos Sem Fronteiras) e não tenho data para voltar. Vou para Guiné em dois dias. Eles têm uma unidade por lá há dois anos e estão precisando muito de ajuda por lá.
Ela o ouvia e, a cada palavra sua, sua admiração aumentava ainda mais.
- Quer dizer que não vamos nos ver por muito tempo?
- Talvez nunca mais, Amy... Por isso acho que foi um erro a minha aproximação de hoje à tarde – então ele virou-se e a olhou com tristeza – Não quero manter falsas esperanças de poder vê-la novamente.
- Por quê? Quando você voltar à Inglaterra poderemos nos encontrar e...
- Não, Amy... Existem outros impedimentos...
- Você é casado? – ela insistia.
- Não, mas tenho um compromisso assumido a pedido de meu pai.
- Como assim?
- Um grande amigo de meu pai tem uma filha com a qual mantenho um relacionamento há alguns meses. Como meu pai fazia muito gosto num casamento entre nós, antes de sua morte, ele me fez prometer que casaria e cuidaria dela.
- E você a ama?
- Achava que sim, mas agora...
- Agora?
Ele se aproximou e seu olhar disse o que as palavras não conseguiam mais. Acabou por tirar o turbante que ainda protegia sua cabeça, deixando-a ver os cabelos castanho-escuros ondulados e revoltos.
Amy, atraída como um imã, por aqueles olhos de esmeralda e pela boca sensual, levou a mão ao rosto de Daren, acariciando-o na linha do maxilar com a mão, fazendo-o fechar os olhos ao experimentar o carinho inesperado dela.
- Amy, não me tente...
- Me beija... Por favor... Me beija... – disse ela com seus lábios já muito próximos da boca de Daren, de olhos já fechados.
Foi então que se sentiu enlaçada pelo abraço já conhecido. O sabor de seu beijo, experimentado à tarde, invadiu-a fremente. Suas mãos experientes logo abriram a túnica que a cobria, deliciando-se num passeio em seus seios. Ele a devorava com olhos, mãos e boca, roubando-lhe gemidos e suspiros. A visão das estrelas no céu aveludado, os efeitos provocados pelos beijos e toque de Daren e a maciez das areias sob seus corpos levaram Amy numa viagem de sensações estonteantes. Ela sentia-se como a flutuar. Jamais passara por experiência igual antes. Queria senti-lo por completo e para isso começou a tentar desvencilhá-lo das roupas. Descobriu que ele nada vestia por baixo, o que a deixou ainda mais excitada. Livres de suas túnicas puderam dar melhor vazão aos seus desejos. Daren explorava cada centímetro do corpo de Amy. Ao tocá-la em seu sexo, ouviu-a gemer ainda mais alto. Ela, por sua vez, acariciava-o com as mãos espalmadas, sentindo cada músculo retesado dele, em seus braços, costas e nádegas. Amaram-se com paixão e desespero até que, satisfeitos, deixaram-se descansar abraçados. O medo de se perderem um do outro agora era inevitável. Depois de saborearem o prazer deste encontro, ficaria ainda mais difícil uma separação tão prematura. Ficaram em silêncio, tentando afugentar os maus pensamentos, apenas aproveitando o momento de bem-estar que tomava conta de seu íntimo.
Depois de alguns minutos, Daren sentou-se ao seu lado e ficou a fitá-la com expressão séria.
- O que foi? – perguntou Amy, embevecida com a visão da silhueta de Daren contra o firmamento estrelado.
- Quero guardar a imagem de você assim... Linda, nua e toda minha, para sempre. Ela vai me dar forças para prosseguir a minha jornada.
- Daren, nós vamos dar um jeito de nos vermos de novo. Não podemos deixar que isto acabe assim. O que sinto por você é muito forte. Nunca senti por ninguém o que estou sentindo agora.
- Ah, Amy... – sussurrou, abaixando-se para abraçá-la – Não vamos falar sobre isto agora. É penoso demais. Vamos aproveitar o tempo que ainda resta antes de nos separarmos e deixar que o destino faça o que tiver de ser feito.
- Você acredita em destino?
- Estou querendo acreditar, pois aí talvez possamos ter alguma esperança.
- Então eu vou acreditar também... Me beija, vai...

- Que tal um banho? – perguntou ele, assim que conseguiram separar-se, após outro longo beijo.
- Você está brincando? Faço qualquer coisa por uma boa ducha.
- Qualquer coisa? – perguntou maliciosamente.
- Qualquer... – respondeu Amy, sedutoramente.
- Então, coloque sua roupa e venha comigo – ele seguiu o próprio conselho, também vestindo sua túnica, colocando seu turbante e oferecendo a mão para que ela o acompanhasse.
Curiosa, seguiu-o através do silêncio do oásis até uma pequena construção de madeira.
- O que é isso?
- Uma invenção de meu pai. Ele construiu uma espécie de bomba manual que drena água do poço artesiano que fornece água potável para a aldeia. Uma ducha improvisada para levar algum conforto aos moradores. Porém, o pessoal daqui acaba pegando a água em baldes para levar para as tendas. Não estão acostumados a tomar banho de chuveiro. Preferem as bacias...
- E você? O que prefere? – disse, aproximando-se dele e acariciando seu pescoço com uma das mãos, tentando-o.
- Venha cá que eu vou te dizer o que eu prefiro – rindo, pegou-a pelos quadris, jogou-a sobre os ombros e carregou-a para dentro do galpão.
Lá, colocou-a no chão, bem junto a si, abraçou-a e, olhando-a intensamente, aproximou-se de seus lábios e beijou-a com paixão.
- Vou ensinar a você como se toma banho no deserto...
- É mesmo? – indagou sorridente.
Ele passou a despi-la, lentamente. Colocou-a sob o cano de água e bombeou uma pequena quantidade, molhando-a. Tirou uma espécie de sabonete líquido, de perfume suave, de um discreto armário e começou a espalhar por todo o corpo de Amy, provocando-lhe uma agradável sensação.
- Quer fazer o mesmo por mim? – perguntou – Precisamos economizar a água, por isso é adequado tomarmos banho juntos... Não acha?
- Com toda a certeza – respondeu excitada.
Daren então bombeou mais intensamente e um jato frio e forte caiu sobre seus corpos incendiados de desejo. Não resistindo mais, Amy enlaçou suas pernas em trono do quadril de Daren, encaixando-se perfeitamente sobre o membro ereto e potente que já a aguardava ansioso. A partir daí, amaram-se uma vez mais.
Após o êxtase, ficaram abraçados, como que imantados um ao outro, de pé, indiferentes ao ambiente modesto que os cercava e às más condições do banho improvisado.
Terminaram de tomar sua ducha...
A lua crescente já ia alta quando decidiram que era hora de voltarem para o acampamento. Daren teve o cuidado de deixá-la em sua tenda antes, apesar de Amy não querer separar-se dele ainda.
- Posso lhe fazer outra pergunta indiscreta?
Ele sorriu ao ver a expressão marota em seu rosto e respondeu:
- Pode.
- De onde saiu aquele sabonete?
- Ele é meu, Amy – cuidando para não soltar uma gargalhada alta, que certamente acordaria todos os tuaregues a sua volta – Eu o deixo lá para minha higiene. Além de nós, ninguém tem este hábito de banhos diários. Como pode ver, o sabonete não é comunitário... – disse balançando a cabeça, divertido – Você não existe...
Mais uma vez olhou-a com ternura, envolvendo-a em seus braços, e murmurou pesaroso:
- A cada minuto fica mais difícil pensar na separação.
- Isto não precisa acontecer, Daren. Vamos dar um jeito...
- Prometo que amanhã vamos ficar juntos o dia todo – disse num sussurrar, junto ao seu ouvido, fazendo-a estremecer – Não quero que você fique mal falada por aí.
Com um toque suave de lábios, despediram-se.






Volto o mais breve possível com o 5º capítulo. Aguardem! Beijos a todas!

5 comentários:

  1. Ena!!!Sou a 1ª a comentar! Rosane tou adorando Daren, noto que ele é diferente de todos os personagens masculinos dos teus contos.Daren é sensível e mostra o que sente eu adoro, Amy é forte e corajosa eles os dois são a quimica perfeita! A descrição dos locais é perfeita e leva-me para lá causando-me sensações espetaculares parece que era eu que estava naquele oasis rsrsrsrsr!!!!Não me importava nada heheheeh!Espero anciosamente pelo 5º capitulo! Um abraço bem forte desta tua fã nº1!!!!

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  2. Ai Rô!
    Estou amando o Daren. Vc sempre consegue nos surpreender com os seus heróis másculos porém sensiveis. Eu fico aqui, suspirando com Daren e seu oasis... Ui, ui, ui...
    Estou aqui, frenéééééééééética, esperando pelo 5º capítulo! kkkkkkkkkkkkkkk...

    Um xêro♥

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  3. Lembrei de alguns trechos do filme Amor sem fronteira, enfim Daren contigo me perco no deserto, me torno sua camêla, me faço sua tenda o q vc quiser, my Love.
    bjkas

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  4. Xiii, Rô, pegou no meu outro fraco... amei a foto do Camelo... amo os animais e não me canso de admirá-los... foto show!!!
    Amiga, mas que péssima notícia – o resgate vai demorar alguns dias... e ela vai ser ‘obrigada’ a passar esses dias ao lado do Daren... oh dó... sou tão generosa que não me oporia em trocar de lugar com ela, tadinha, precisa tanto trabalhar, eu não negaria passar por esse ‘sacrifício’ (hihihi)
    Ai que beijo mais gostoso!!!
    Hummm... nosso herói é médico... bom, não sou muito fã de médicos, mas desse aí estou animadíssima...
    Que encontro maravilhoso, que homem... Depois da descoberta de tanto carinho nutrido por ambos não há mais como se afastarem.
    Dizem que quando Deus fecha uma porta, abre uma janela – no caso de Amy, a porta fechada foi o seu acidente, mas em contrapartida, Deus não abriu uma janela, abriu logo uma sacada enorme, valha-me Deus, sortuda!!!
    Linda a foto da lua, Rô, muito linda mesmo!
    Beijinhos

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  5. Que banho hein amiga!
    To tendo uma crise de tremedeira que não pára!
    Que delícia de história!
    Bjs

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Cantinho do Leitor
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