Amy foi despertada pelos raios de sol que insistiam em penetrar através das aberturas na lona de sua tenda. Sentia-se leve. Espreguiçou-se e levou seu primeiro pensamento para Daren e a noite maravilhosa que tivera com ele. Mal podia esperar para vê-lo novamente. Não queria pensar em mais nada. Mas não pode evitar o pensamento seguinte, que a fez entristecer. A possibilidade de ter perdido sua irmã e a culpa que sentiria se isto fosse confirmado... Tentou desviar-se deste pensamento trágico. Logo saberia de fato o que ocorrera. Neste instante chegou a nativa que costumava servi-la. Ainda não perguntara o seu nome. Depois de algumas mímicas, conseguiu saber. O nome dela era Aisha. Fora ela que na noite anterior lhe dera o empurrão para ir ao encontro de Daren. Em um francês meio atrapalhado, Aisha conseguiu dizer que era da família de Aziz, pai de Daren, e, portanto, sua prima distante. Amy perguntou-lhe sobre o primo, mas ela não conseguiu expressar-se. Com dificuldade conseguiu que a garota a levasse até a tenda dele, quando viu, com tristeza, que ele não estava lá. Ao ser perguntada novamente sobre o paradeiro do primo, Aisha ficou rindo envergonhada, com a mão sobre a boca, como parecia ser costume entra as jovens solteiras de lá. Ele tinha prometido passar o dia com ela e, agora, desaparecia. Estaria fugindo? Eles tinham tão pouco tempo juntos...
Resolveu ficar ali esperando que ele aparecesse, apesar dos pedidos de Aisha, que insistia em que ela fosse para fora. Como visse que Amy não arredaria pé dali, saiu correndo e desapareceu no meio do movimento do pequeno povoado de lonas e panos. Começou a andar pelo modesto espaço onde ele dormia e tinha suas coisas pessoais pelo chão, amontoadas pelos cantos do abrigo. A mala de couro pequena, uma mochila cáqui, o seu cantil de água, algumas roupas jogadas sobre um arremedo de poltrona e, sobre uma mesinha baixa, a provável urna funerária que teria contido as cinzas de seu pai. Os pensamentos de morte logo voltaram a atormentá-la. Resolveu sentar-se na “poltrona”, que nada mais era que um grande saco de couro, provavelmente de camelo, cheio de areia, mas surpreendentemente confortável. Abraçou-se às roupas que estavam sobre ela, e que ainda tinham o cheiro de seu dono, e ficou revendo mentalmente tudo que lhe acontecera desde o momento em que acordara naquele acampamento e fora surpreendida pelo olhar preocupado de Daren até a noite de pura fantasia que vivera com ele algumas horas antes.
- O que você está fazendo aí? – a voz grave e alegre tirou-a de suas lembranças, fazendo-a estremecer – Eu estava lhe procurando.
Aproximou-se e ajoelhou-se diante dela, envolvendo-a pelos quadris com os braços. Tinha uma expressão cansada, mas satisfeita e feliz. Ela retribuiu o carinho passando os braços em torno de seu pescoço e aproximando-o de seu rosto.
- Estava com saudades... Por onde você andava? Pensei que tinha me abandonado – disse, fazendo um beicinho tristonho.
Dando-lhe um beijo suave sobre os lábios arrebitados, Daren perguntou-lhe alegremente:
- Quer saber o que eu estava fazendo?
- Se você quiser me contar...
- Na verdade, pouco depois que a deixei, fui passar a noite com outras duas mulheres.
- O quê? ... – exclamou furiosa, levantando-se imediatamente, quase o jogando ao chão – E você tem coragem de me dizer isto, rindo deste jeito. O que você está pensando? Vocês não são monogâmicos?
- E desde quando sou casado com você? – perguntou ironicamente, levantando-se e colocando-se junto a Amy.
Ela estava irritada com o olhar mordaz que ele lhe apresentava, sem tirar aquele sorriso aberto do rosto. Foi quando ele a pegou pela mão, puxando-a e forçando-a a acompanhá-lo.
- Onde você está me levando, seu berbere disfarçado.
- Você vai conhecer com quem eu terminei minha noite.
E dizendo isso, passou a praticamente arrastá-la até uma tenda distante alguns metros dali, onde havia uma certa movimentação de mulheres que festejavam algum acontecimento. Ao ver Daren aproximando-se, uma das mulheres mais idosas veio cumprimentá-lo efusivamente. Depois disso, entrou na barraca.
- Você pode me dizer o que significa isto? – perguntou Amy em voz baixa.
- Esta é uma das cerimônias mais importantes entre os tuaregues. Ocorre logo após o nascimento de uma criança... – ele calou-se no momento em que a velha senhora saía com um recém nascido envolto em panos brancos. Ela aproximou-se de Amy e mostrou-lhe o bebê com orgulho. Falou algumas palavras para Daren e foi ao encontro das outras mulheres que começavam a entoar um cântico alegre. Começaram a dar voltas em torno da tenda, sem parar de cantar e, ao fim de alguns minutos, a que parecia ser a líder delas, sacou uma faca, de cabo trabalhado em ferro, e enterrou-a na areia, em frente à entrada da tenda. A velha com a criança gritou um nome – Malak – e continuaram a cantar e emitir sons agudos feitos através de movimentos produzidos pela língua, como trinados.
Sorrindo, Daren disse algumas palavras em tamashek, fez uma reverência e despediu-se. Pegou Amy pelo braço e saiu andando na direção de sua tenda.
- Daren, o que aconteceu? – perguntou, já imaginando o que tinha ocorrido durante a noite.
- Ontem, pouco depois de eu chegar aqui, uma daquelas mulheres que você viu veio a minha procura. A filha estava em trabalho de parto, mas não estava evoluindo como o esperado. O bebê estava mal posicionado. Por sorte, consegui posicioná-lo e uma menina nasceu antes do raiar do dia. Satisfeita?
- E o que era aquela movimentação toda, de contornar a tenda com a pequenina nos braços? E a faca?
- Aquela senhora era a avó da menina e a faca enterrada na areia representa o fim da ameaça de morte à mãe e à recém-nascida pelos maus espíritos. A avó escolhe o nome da neta. Neste caso, Malak, que significa anjo. O que mais você quer saber?
Amy sentiu-se envergonhada por ter pensado mal dele. De cabeça baixa e um sorriso amarelo nos lábios, falou:
- Desculpe por ter pensado mal de você... Eu sou uma completa idiota...
Ele parou de caminhar e a fez virar-se, encarando-a com carinho.
- Amy... Você não tem nada de idiota... É só um pouquinho ciumenta... E eu gostei desta demonstração. É sinal que você sente alguma coisa por mim – disse, puxando-a contra si.
- Você ainda tem dúvidas sobre isso, depois de ontem?
Quando Daren ia beijá-la, deu-se conta que estavam em plena luz do dia, sendo observados por algumas das garotas mais curiosas da tribo. Apenas sorriu e convidou-a:
- Quer dar um passeio comigo?
- Mas você deve estar exausto. Ainda não dormiu...
- Estou acostumado a fazer plantões. O sono só vai chegar no início da tarde. Quero lhe mostrar um lugar aqui perto.
- Já que você insiste...
- Então, espere eu me lavar e já saímos. É melhor você colocar o seu turbante para proteger o rosto do sol e da areia. Está bem?
- Está ótimo.
Ela seguiu o seu conselho. Quando voltou, ele já a esperava junto ao camelo, seu conhecido, que se encontrava deitado no chão, aguardando para que eles pudessem subir em sua “rahla” (sela). Podia-se notar que ele havia se lavado e trocado de roupa. Exalava um perfume suave e másculo. Vestia uma túnica índigo com detalhes em branco e um turbante de um azul mais escuro, que o deixou com o aspecto de um príncipe árabe, como aqueles dos contos das Mil e Uma Noites. Amy conteve o suspiro que tentava escapar de seu peito. Não queria deixá-lo muito convencido.
Ele ajudou-a a subir e sentar-se entre as corcovas de sua montaria e acomodou-se atrás dela, como quando do último “passeio” que haviam feito juntos pelo deserto. A um toque dos calcanhares de Daren e um som de estalar de língua no céu da boca, o animal começou a galopar. Agora entendia como ele a tinha alcançado tão rápido durante a perseguição ao seu cavalo. Depois de mais ou menos 30 minutos de cavalgada, chegaram a um pequeno e lindo oásis, bem menor que aquele que os tinha acolhido durante a noite.
- Este é o seu oásis particular? – perguntou encantada com o lugar.
- Quase... Gostou?
- Se tivesse uma linha de ônibus passando por aqui, um supermercado, uma agência de correio ou linha telefônica, eu seria capaz de passar o resto dos meus dias aqui.
Ele soltou mais uma de suas gargalhadas gostosas e apertou-a contra si. Deu-lhe um beijo no pescoço e forçou o camelo a baixar-se. Desceu primeiro e agarrou-a pela cintura, para ajudá-la a desmontar. Assim que a colocou no chão, abraçou-a e beijou-a apaixonadamente.
“E agora? O que vai ser de mim sem ela?”, pensou.
- Você é algum tipo de feiticeira? – disse.
Ela sorriu e respondeu:
- Só se eu tiver o poder de fazê-lo mudar de ideia e levá-lo de volta à Inglaterra junto comigo – disse brincando.
Percebeu que a sua brincadeira não tinha sido muito feliz ao ver a expressão de Daren anuviar-se e vê-lo afastar-se dela.
- Desculpe, querido. Eu não queria chateá-lo. Saiu sem querer...
Daren caminhou até a beira do pequeno reservatório natural de água, entre alguns coqueiros e a vegetação rasteira, e sentou-se, mantendo um olhar pensativo e tristonho.
Amy ajoelhou-se ao seu lado e passou os braços em torno de seus ombros. Chegou os lábios perto de seu ouvido e sussurrou:
- Nada de tristeza... Só quero que me diga uma coisa...
Ele a olhou com expressão séria e triste.
- Dá para tomar banho neste laguinho? – ela perguntou com cara de boba.
Ele não resistiu e foi obrigado a abrir um grande sorriso.
- Você e suas perguntas fora de hora...
- Pois eu acho que elas são feitas na hora certa e sempre lhe fazem dar o melhor sorriso do mundo. Portanto, minhas perguntas cumprem a sua finalidade, pois eu adoro lhe ver sorrindo.
- Amy...
Mal acabou de dizer este nome, Daren a fez cair em seus braços, trazendo-a para junto de seu corpo e seduzindo-a com mais um beijo ardente.
Assim, aconchegada em seus braços, Amy ficou a sentir a brisa quente e suave em seu rosto e a ouvir as batidas compassadas do coração de Daren.
- Respondendo a sua pergunta... Não tomamos banhos nestas águas. Elas são importantes para abastecer as caravanas que passam por aqui. Tem que ser preservadas.
- Ahhh, que pena...
O sorriso desapareceu novamente dos lábios de Daren e ele voltou a falar seriamente.
- Amy, você tem razão... Nós precisamos conversar a respeito do que está acontecendo conosco. Não quero que você pense que isto é só uma aventura para mim. Eu gostaria de ter resistido e não ir tão longe nesta relação. Gostaria de voltar a encontrá-la quando eu retornar de Guiné. Não tenho certeza de quanto tempo ficarei. Acredito que em seis meses eu deva estar de volta à Londres. Se você ainda lembrar de mim, quem sabe...
- Se eu lembrar de você? Por quem você me julga? Uma desmiolada, sem sentimentos?
- Não quis dizer isso... Quis dizer que você é uma mulher linda, jovem, interessante e, que seis meses é muito tempo para se ficar afastado logo no início de um relacionamento. Não teremos muito tempo para nos conhecermos melhor.
- Daren, – ela o interrompeu – o que tenho sentido nestas últimas horas é algo inesperado e totalmente novo. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas a impressão que tenho agora é a de que encontrei alguém que me faz sentir completa. Sei que precisamos de um tempo maior para nos conhecermos, mas quase posso prever que conhecê-lo melhor só vai confirmar o que sinto. Dói demais pensar que não vou vê-lo nunca mais.
Ele estreitou o seu abraço em torno de Amy e disse:
- Também tenho esta mesma sensação, Amy, por isso evito pensar no futuro próximo.
Após alguns instantes de silêncio sufocante, ela resolveu indagar:
- Daren, esta mulher com quem você está compromissado... Tenho certeza que ela vai entender se realmente resolvermos ficar juntos.
- As coisas não são assim tão fáceis.
- Mas elas são fáceis sim. Basta apenas querermos. Só depende de nós.
Amy olhou carinhosamente para ele e seu ar preocupado e cansado, e continuou:
- Você está exausto, não? – olhou para os lados e viu uma atraente sombra sob uma tamareira.
Levantou-se rapidamente, para surpresa de Daren, e dirigiu-se para lá, onde se sentou, encostando-se no tronco cilíndrico, o mais confortavelmente possível. Acenou com a mão direita, chamando-o:
- Vem cá, vem... – e bateu com a outra mão no chão ao seu lado.
Atendendo ao seu comando com um sorriso esmaecido, Daren seguiu a sua orientação e sentou-se ao lado dela.
- Agora deite sua cabeça no meu colo e descanse um pouco. Está tão bom ficar aqui. Parece que estamos numa espécie de vácuo no tempo. Aqui nada pode nos afetar. Todas as coisas ruins estão do lado de lá e não podem chegar aqui.
Ele apenas a ouvia, deliciando-se com o som de sua voz.
- Vamos combinar uma coisa? – ela perguntou.
- O que você quiser... – respondeu inebriado com aquele momento íntimo.
- Nos próximos meses este vai ser o nosso esconderijo. Quando eu quiser te encontrar, vou lembrar deste momento. Vou saber que você também está pensando em mim, lembrando deste dia, neste oásis.
Ele sorriu, achando graça da idéia pueril de Amy, mas, ainda assim, disse:
- Está combinado então. Esta lembrança vai ser o nosso refúgio nas horas difíceis e de saudade.
Suas pálpebras tornavam-se pesadas e a imagem de Amy, bem como sua voz, foram tornando-se cada vez mais distantes.
Uma aragem tépida soprou no rosto de Amy. Ela aconchegou-o em seus braços, sobre suas coxas e começou a acariciar-lhe a cabeça, passando os dedos da mão entre os fartos cabelos ondulados, roubando-lhe um suspiro de prazer do peito. Ele adormeceu com um tênue sorriso nos lábios, sob o olhar afetuoso de Amy, que deixou escapar uma lágrima furtiva.
“Dorme, meu amor, dorme...”, pensou ela, enquanto continuava com suas carícias.
Logo Amy também foi vencida pelo cansaço, provocado pelas poucas horas de sono da noite anterior.
Algum tempo depois de terem adormecido, o sol foi mudando a posição de sua incidência e seus raios começaram a importunar o casal em seu repouso sob a palmeira.
Daren foi o primeiro a acordar. Estava com a boca seca e um certo desconforto no corpo pela posição em que se encontrava, mas não pode deixar de admirar a beleza adormecida de Amy. Levantou-se com cuidado e viu que já eram quase duas horas da tarde. Sentiu a fome e a sede intensa começando a incomodar.
Amy já começava a espreguiçar-se, quando se deu conta que seu companheiro já estava de pé ao seu lado, oferecendo-lhe um cantil com água, com aspecto mais descansado e jovial. Assim que ela saciou sua sede, aceitou a mão oferecida por ele para ajudá-la a levantar-se. Tão logo conseguiu colocar-se de pé, foi aliciada de encontro ao corpo de Daren, por seus braços poderosos.
- Está com fome? – perguntou, abraçando-a e inclinando a cabeça de forma a ficar mais próximo daqueles lábios que tanto lhe davam prazer.
- Estou... Você trouxe algum lanche surpresa para nós? – murmurou de volta para ele, com olhar curioso.
- Um tuaregue está sempre preparado para tudo... – respondeu sorridente.
Antes de soltá-la, deu-lhe um beijo. Para surpresa de Amy, ele começou a subir na tamareira, que estava carregada de frutos, com grande agilidade, tendo as pernas enroscadas no tronco e os braços a forçar sua subida até os grandes cachos de tâmaras maduras. Retirou uma pequena faca de algum bolso camuflado entre suas vestes e, com ela, cortou um cacho, que caiu aos pés de Amy.
Logo ele estava ao seu lado.
- Se diz que um beduíno resiste três dias de marcha com uma tâmara, sabia? –
afirmou – “No primeiro dia come a pele, no segundo dia o fruto e no terceiro o caroço”. Sendo assim, temos um banquete a nossa disposição.
As frutas pareciam realmente muito apetitosas com seu aspecto de “dedo de luz”, que era o real siginificado da palavra tâmara, devido ao seu formato e transparência.
Ele foi até o seu camelo e pegou uma sacola de couro, de onde tirou alguns pães, duas canecas para água e uma espécie de toalha colorida.
- Pelo que vejo o senhor já tinha tudo planejado... – falou Amy, em falso tom de crítica, achando tudo aquilo encantador da parte dele.
- Não posso negar que pretendia ficar isolado com você aqui, por isso vim preparado para fazer uma refeição leve. Não temos muita opções nesta região. Talvez um bom vinho pudesse ser mais conveniente para acompanhar este almoço do que água, mas ... Você já experimentou tâmaras frescas?
- Sim, mas nunca diretamente do pé. Devem estar uma delícia... Deixe que eu estendo a toalha, enquanto você pega a água – disse, no momento em que pegava a toalha das mãos dele, prestativa.
Sentaram-se à beira da fonte natural, tentando proteger-se do sol na pouca sombra que agora se apresentava àquela hora da tarde, e passaram a degustar as saborosas frutas agridoces juntamente com o pão de massa fina.
Logo que sentiram-se satisfeitos, Daren começou a recolher tudo e propôs que retornassem às tendas.
- Mas já? – indagou tristonha – Está tão bom aqui, com você ao meu lado, neste refúgio adorável.
- Eu sei, meu bem, mas preciso ver as minhas novas pacientes. Prometo que a noite vai ser apenas nossa.
Dizendo isso, aproximou-se dela e, ajudando-a a levantar-se, mais uma vez a abraçou. Com um intenso e caloroso olhar, aproximou seus lábios dos dela e sussurrou muito próximo:
- Quero que a noite de hoje seja inesquecível, para guardá-la na memória por todo o período em que estaremos separados.
Amy sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo.
- Daren... – murmurou quase sem forças, quando sentiu sua boca sendo invadida por ele, na forma de um beijo arrebatado.
Deixou escapar um longo suspiro, e pensando que, se ele quisesse possuí-la ali, naquele momento, não faria nenhuma objeção.
Antes que a razão sucumbisse sob o desejo, Daren a pegou nos braços e levou-a até sua condução, colocando-a sentada sobre o rahla.
Amy estava irremediavelmente apaixonada por aquele homem.
Demorei um pouquinho, mas consegui postar mais esta continuação do nosso romance entre Daren e Amy. Espero que gostem. Tenho adorado os comentários de minhas amigas. Se estiverem tendo alguma dificuldade em comentar naquele espaço, por favor, me digam. Posso tentar colocar um sistema melhor para tal. Por enquanto, digo até breve.
Resolveu ficar ali esperando que ele aparecesse, apesar dos pedidos de Aisha, que insistia em que ela fosse para fora. Como visse que Amy não arredaria pé dali, saiu correndo e desapareceu no meio do movimento do pequeno povoado de lonas e panos. Começou a andar pelo modesto espaço onde ele dormia e tinha suas coisas pessoais pelo chão, amontoadas pelos cantos do abrigo. A mala de couro pequena, uma mochila cáqui, o seu cantil de água, algumas roupas jogadas sobre um arremedo de poltrona e, sobre uma mesinha baixa, a provável urna funerária que teria contido as cinzas de seu pai. Os pensamentos de morte logo voltaram a atormentá-la. Resolveu sentar-se na “poltrona”, que nada mais era que um grande saco de couro, provavelmente de camelo, cheio de areia, mas surpreendentemente confortável. Abraçou-se às roupas que estavam sobre ela, e que ainda tinham o cheiro de seu dono, e ficou revendo mentalmente tudo que lhe acontecera desde o momento em que acordara naquele acampamento e fora surpreendida pelo olhar preocupado de Daren até a noite de pura fantasia que vivera com ele algumas horas antes.
- O que você está fazendo aí? – a voz grave e alegre tirou-a de suas lembranças, fazendo-a estremecer – Eu estava lhe procurando.
Aproximou-se e ajoelhou-se diante dela, envolvendo-a pelos quadris com os braços. Tinha uma expressão cansada, mas satisfeita e feliz. Ela retribuiu o carinho passando os braços em torno de seu pescoço e aproximando-o de seu rosto.
- Estava com saudades... Por onde você andava? Pensei que tinha me abandonado – disse, fazendo um beicinho tristonho.
Dando-lhe um beijo suave sobre os lábios arrebitados, Daren perguntou-lhe alegremente:
- Quer saber o que eu estava fazendo?
- Se você quiser me contar...
- Na verdade, pouco depois que a deixei, fui passar a noite com outras duas mulheres.
- O quê? ... – exclamou furiosa, levantando-se imediatamente, quase o jogando ao chão – E você tem coragem de me dizer isto, rindo deste jeito. O que você está pensando? Vocês não são monogâmicos?
- E desde quando sou casado com você? – perguntou ironicamente, levantando-se e colocando-se junto a Amy.
Ela estava irritada com o olhar mordaz que ele lhe apresentava, sem tirar aquele sorriso aberto do rosto. Foi quando ele a pegou pela mão, puxando-a e forçando-a a acompanhá-lo.
- Onde você está me levando, seu berbere disfarçado.
- Você vai conhecer com quem eu terminei minha noite.
E dizendo isso, passou a praticamente arrastá-la até uma tenda distante alguns metros dali, onde havia uma certa movimentação de mulheres que festejavam algum acontecimento. Ao ver Daren aproximando-se, uma das mulheres mais idosas veio cumprimentá-lo efusivamente. Depois disso, entrou na barraca.
- Você pode me dizer o que significa isto? – perguntou Amy em voz baixa.
- Esta é uma das cerimônias mais importantes entre os tuaregues. Ocorre logo após o nascimento de uma criança... – ele calou-se no momento em que a velha senhora saía com um recém nascido envolto em panos brancos. Ela aproximou-se de Amy e mostrou-lhe o bebê com orgulho. Falou algumas palavras para Daren e foi ao encontro das outras mulheres que começavam a entoar um cântico alegre. Começaram a dar voltas em torno da tenda, sem parar de cantar e, ao fim de alguns minutos, a que parecia ser a líder delas, sacou uma faca, de cabo trabalhado em ferro, e enterrou-a na areia, em frente à entrada da tenda. A velha com a criança gritou um nome – Malak – e continuaram a cantar e emitir sons agudos feitos através de movimentos produzidos pela língua, como trinados.
Sorrindo, Daren disse algumas palavras em tamashek, fez uma reverência e despediu-se. Pegou Amy pelo braço e saiu andando na direção de sua tenda.
- Daren, o que aconteceu? – perguntou, já imaginando o que tinha ocorrido durante a noite.
- Ontem, pouco depois de eu chegar aqui, uma daquelas mulheres que você viu veio a minha procura. A filha estava em trabalho de parto, mas não estava evoluindo como o esperado. O bebê estava mal posicionado. Por sorte, consegui posicioná-lo e uma menina nasceu antes do raiar do dia. Satisfeita?
- E o que era aquela movimentação toda, de contornar a tenda com a pequenina nos braços? E a faca?
- Aquela senhora era a avó da menina e a faca enterrada na areia representa o fim da ameaça de morte à mãe e à recém-nascida pelos maus espíritos. A avó escolhe o nome da neta. Neste caso, Malak, que significa anjo. O que mais você quer saber?
Amy sentiu-se envergonhada por ter pensado mal dele. De cabeça baixa e um sorriso amarelo nos lábios, falou:
- Desculpe por ter pensado mal de você... Eu sou uma completa idiota...
Ele parou de caminhar e a fez virar-se, encarando-a com carinho.
- Amy... Você não tem nada de idiota... É só um pouquinho ciumenta... E eu gostei desta demonstração. É sinal que você sente alguma coisa por mim – disse, puxando-a contra si.
- Você ainda tem dúvidas sobre isso, depois de ontem?
Quando Daren ia beijá-la, deu-se conta que estavam em plena luz do dia, sendo observados por algumas das garotas mais curiosas da tribo. Apenas sorriu e convidou-a:
- Quer dar um passeio comigo?
- Mas você deve estar exausto. Ainda não dormiu...
- Estou acostumado a fazer plantões. O sono só vai chegar no início da tarde. Quero lhe mostrar um lugar aqui perto.
- Já que você insiste...
- Então, espere eu me lavar e já saímos. É melhor você colocar o seu turbante para proteger o rosto do sol e da areia. Está bem?
- Está ótimo.
Ela seguiu o seu conselho. Quando voltou, ele já a esperava junto ao camelo, seu conhecido, que se encontrava deitado no chão, aguardando para que eles pudessem subir em sua “rahla” (sela). Podia-se notar que ele havia se lavado e trocado de roupa. Exalava um perfume suave e másculo. Vestia uma túnica índigo com detalhes em branco e um turbante de um azul mais escuro, que o deixou com o aspecto de um príncipe árabe, como aqueles dos contos das Mil e Uma Noites. Amy conteve o suspiro que tentava escapar de seu peito. Não queria deixá-lo muito convencido.
Ele ajudou-a a subir e sentar-se entre as corcovas de sua montaria e acomodou-se atrás dela, como quando do último “passeio” que haviam feito juntos pelo deserto. A um toque dos calcanhares de Daren e um som de estalar de língua no céu da boca, o animal começou a galopar. Agora entendia como ele a tinha alcançado tão rápido durante a perseguição ao seu cavalo. Depois de mais ou menos 30 minutos de cavalgada, chegaram a um pequeno e lindo oásis, bem menor que aquele que os tinha acolhido durante a noite.
- Este é o seu oásis particular? – perguntou encantada com o lugar.
- Quase... Gostou?
- Se tivesse uma linha de ônibus passando por aqui, um supermercado, uma agência de correio ou linha telefônica, eu seria capaz de passar o resto dos meus dias aqui.
Ele soltou mais uma de suas gargalhadas gostosas e apertou-a contra si. Deu-lhe um beijo no pescoço e forçou o camelo a baixar-se. Desceu primeiro e agarrou-a pela cintura, para ajudá-la a desmontar. Assim que a colocou no chão, abraçou-a e beijou-a apaixonadamente.
“E agora? O que vai ser de mim sem ela?”, pensou.
- Você é algum tipo de feiticeira? – disse.
Ela sorriu e respondeu:
- Só se eu tiver o poder de fazê-lo mudar de ideia e levá-lo de volta à Inglaterra junto comigo – disse brincando.
Percebeu que a sua brincadeira não tinha sido muito feliz ao ver a expressão de Daren anuviar-se e vê-lo afastar-se dela.
- Desculpe, querido. Eu não queria chateá-lo. Saiu sem querer...
Daren caminhou até a beira do pequeno reservatório natural de água, entre alguns coqueiros e a vegetação rasteira, e sentou-se, mantendo um olhar pensativo e tristonho.
Amy ajoelhou-se ao seu lado e passou os braços em torno de seus ombros. Chegou os lábios perto de seu ouvido e sussurrou:
- Nada de tristeza... Só quero que me diga uma coisa...
Ele a olhou com expressão séria e triste.
- Dá para tomar banho neste laguinho? – ela perguntou com cara de boba.
Ele não resistiu e foi obrigado a abrir um grande sorriso.
- Você e suas perguntas fora de hora...
- Pois eu acho que elas são feitas na hora certa e sempre lhe fazem dar o melhor sorriso do mundo. Portanto, minhas perguntas cumprem a sua finalidade, pois eu adoro lhe ver sorrindo.
- Amy...
Mal acabou de dizer este nome, Daren a fez cair em seus braços, trazendo-a para junto de seu corpo e seduzindo-a com mais um beijo ardente.
Assim, aconchegada em seus braços, Amy ficou a sentir a brisa quente e suave em seu rosto e a ouvir as batidas compassadas do coração de Daren.
- Respondendo a sua pergunta... Não tomamos banhos nestas águas. Elas são importantes para abastecer as caravanas que passam por aqui. Tem que ser preservadas.
- Ahhh, que pena...
O sorriso desapareceu novamente dos lábios de Daren e ele voltou a falar seriamente.
- Amy, você tem razão... Nós precisamos conversar a respeito do que está acontecendo conosco. Não quero que você pense que isto é só uma aventura para mim. Eu gostaria de ter resistido e não ir tão longe nesta relação. Gostaria de voltar a encontrá-la quando eu retornar de Guiné. Não tenho certeza de quanto tempo ficarei. Acredito que em seis meses eu deva estar de volta à Londres. Se você ainda lembrar de mim, quem sabe...
- Se eu lembrar de você? Por quem você me julga? Uma desmiolada, sem sentimentos?
- Não quis dizer isso... Quis dizer que você é uma mulher linda, jovem, interessante e, que seis meses é muito tempo para se ficar afastado logo no início de um relacionamento. Não teremos muito tempo para nos conhecermos melhor.
- Daren, – ela o interrompeu – o que tenho sentido nestas últimas horas é algo inesperado e totalmente novo. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas a impressão que tenho agora é a de que encontrei alguém que me faz sentir completa. Sei que precisamos de um tempo maior para nos conhecermos, mas quase posso prever que conhecê-lo melhor só vai confirmar o que sinto. Dói demais pensar que não vou vê-lo nunca mais.
Ele estreitou o seu abraço em torno de Amy e disse:
- Também tenho esta mesma sensação, Amy, por isso evito pensar no futuro próximo.
Após alguns instantes de silêncio sufocante, ela resolveu indagar:
- Daren, esta mulher com quem você está compromissado... Tenho certeza que ela vai entender se realmente resolvermos ficar juntos.
- As coisas não são assim tão fáceis.
- Mas elas são fáceis sim. Basta apenas querermos. Só depende de nós.
Amy olhou carinhosamente para ele e seu ar preocupado e cansado, e continuou:
- Você está exausto, não? – olhou para os lados e viu uma atraente sombra sob uma tamareira.
Levantou-se rapidamente, para surpresa de Daren, e dirigiu-se para lá, onde se sentou, encostando-se no tronco cilíndrico, o mais confortavelmente possível. Acenou com a mão direita, chamando-o:
- Vem cá, vem... – e bateu com a outra mão no chão ao seu lado.
Atendendo ao seu comando com um sorriso esmaecido, Daren seguiu a sua orientação e sentou-se ao lado dela.
- Agora deite sua cabeça no meu colo e descanse um pouco. Está tão bom ficar aqui. Parece que estamos numa espécie de vácuo no tempo. Aqui nada pode nos afetar. Todas as coisas ruins estão do lado de lá e não podem chegar aqui.
Ele apenas a ouvia, deliciando-se com o som de sua voz.
- Vamos combinar uma coisa? – ela perguntou.
- O que você quiser... – respondeu inebriado com aquele momento íntimo.
- Nos próximos meses este vai ser o nosso esconderijo. Quando eu quiser te encontrar, vou lembrar deste momento. Vou saber que você também está pensando em mim, lembrando deste dia, neste oásis.
Ele sorriu, achando graça da idéia pueril de Amy, mas, ainda assim, disse:
- Está combinado então. Esta lembrança vai ser o nosso refúgio nas horas difíceis e de saudade.
Suas pálpebras tornavam-se pesadas e a imagem de Amy, bem como sua voz, foram tornando-se cada vez mais distantes.
Uma aragem tépida soprou no rosto de Amy. Ela aconchegou-o em seus braços, sobre suas coxas e começou a acariciar-lhe a cabeça, passando os dedos da mão entre os fartos cabelos ondulados, roubando-lhe um suspiro de prazer do peito. Ele adormeceu com um tênue sorriso nos lábios, sob o olhar afetuoso de Amy, que deixou escapar uma lágrima furtiva.
“Dorme, meu amor, dorme...”, pensou ela, enquanto continuava com suas carícias.
Logo Amy também foi vencida pelo cansaço, provocado pelas poucas horas de sono da noite anterior.
Algum tempo depois de terem adormecido, o sol foi mudando a posição de sua incidência e seus raios começaram a importunar o casal em seu repouso sob a palmeira.
Daren foi o primeiro a acordar. Estava com a boca seca e um certo desconforto no corpo pela posição em que se encontrava, mas não pode deixar de admirar a beleza adormecida de Amy. Levantou-se com cuidado e viu que já eram quase duas horas da tarde. Sentiu a fome e a sede intensa começando a incomodar.
Amy já começava a espreguiçar-se, quando se deu conta que seu companheiro já estava de pé ao seu lado, oferecendo-lhe um cantil com água, com aspecto mais descansado e jovial. Assim que ela saciou sua sede, aceitou a mão oferecida por ele para ajudá-la a levantar-se. Tão logo conseguiu colocar-se de pé, foi aliciada de encontro ao corpo de Daren, por seus braços poderosos.
- Está com fome? – perguntou, abraçando-a e inclinando a cabeça de forma a ficar mais próximo daqueles lábios que tanto lhe davam prazer.
- Estou... Você trouxe algum lanche surpresa para nós? – murmurou de volta para ele, com olhar curioso.
- Um tuaregue está sempre preparado para tudo... – respondeu sorridente.
Antes de soltá-la, deu-lhe um beijo. Para surpresa de Amy, ele começou a subir na tamareira, que estava carregada de frutos, com grande agilidade, tendo as pernas enroscadas no tronco e os braços a forçar sua subida até os grandes cachos de tâmaras maduras. Retirou uma pequena faca de algum bolso camuflado entre suas vestes e, com ela, cortou um cacho, que caiu aos pés de Amy.
Logo ele estava ao seu lado.
- Se diz que um beduíno resiste três dias de marcha com uma tâmara, sabia? –
afirmou – “No primeiro dia come a pele, no segundo dia o fruto e no terceiro o caroço”. Sendo assim, temos um banquete a nossa disposição.
As frutas pareciam realmente muito apetitosas com seu aspecto de “dedo de luz”, que era o real siginificado da palavra tâmara, devido ao seu formato e transparência.
Ele foi até o seu camelo e pegou uma sacola de couro, de onde tirou alguns pães, duas canecas para água e uma espécie de toalha colorida.
- Pelo que vejo o senhor já tinha tudo planejado... – falou Amy, em falso tom de crítica, achando tudo aquilo encantador da parte dele.
- Não posso negar que pretendia ficar isolado com você aqui, por isso vim preparado para fazer uma refeição leve. Não temos muita opções nesta região. Talvez um bom vinho pudesse ser mais conveniente para acompanhar este almoço do que água, mas ... Você já experimentou tâmaras frescas?
- Sim, mas nunca diretamente do pé. Devem estar uma delícia... Deixe que eu estendo a toalha, enquanto você pega a água – disse, no momento em que pegava a toalha das mãos dele, prestativa.
Sentaram-se à beira da fonte natural, tentando proteger-se do sol na pouca sombra que agora se apresentava àquela hora da tarde, e passaram a degustar as saborosas frutas agridoces juntamente com o pão de massa fina.
Logo que sentiram-se satisfeitos, Daren começou a recolher tudo e propôs que retornassem às tendas.
- Mas já? – indagou tristonha – Está tão bom aqui, com você ao meu lado, neste refúgio adorável.
- Eu sei, meu bem, mas preciso ver as minhas novas pacientes. Prometo que a noite vai ser apenas nossa.
Dizendo isso, aproximou-se dela e, ajudando-a a levantar-se, mais uma vez a abraçou. Com um intenso e caloroso olhar, aproximou seus lábios dos dela e sussurrou muito próximo:
- Quero que a noite de hoje seja inesquecível, para guardá-la na memória por todo o período em que estaremos separados.
Amy sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo.
- Daren... – murmurou quase sem forças, quando sentiu sua boca sendo invadida por ele, na forma de um beijo arrebatado.
Deixou escapar um longo suspiro, e pensando que, se ele quisesse possuí-la ali, naquele momento, não faria nenhuma objeção.
Antes que a razão sucumbisse sob o desejo, Daren a pegou nos braços e levou-a até sua condução, colocando-a sentada sobre o rahla.
Amy estava irremediavelmente apaixonada por aquele homem.
Demorei um pouquinho, mas consegui postar mais esta continuação do nosso romance entre Daren e Amy. Espero que gostem. Tenho adorado os comentários de minhas amigas. Se estiverem tendo alguma dificuldade em comentar naquele espaço, por favor, me digam. Posso tentar colocar um sistema melhor para tal. Por enquanto, digo até breve.
Beijinhos!!
Rosane bati o recorde de suspiros!!!!Fiquei emocionada,para te dizer a verdade até chorei um pouquinho, sou mesmo uma boba, o que é que eu hei-de fazer se sou boba de natureza rsrsrsrs!Não sei como é que vais terminar este lindo romance mas de certeza que me vais surpreender como sempre fazes!Obrigado amiga por fazeres viajar com as tuas lindas histórias!!!Beijooooooos!!!
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ResponderExcluirRô, eu já gemi, já suspirei e tô com o coração meio apertadinho com essa história de separação... Aff... Faça com que Amy não se separe de o nosso tuaregue!
ResponderExcluirTô esperando...
Bjim♥
Jézuis me abana q estória belissíma, estou com o coração apertado.
ResponderExcluirBjkas
Um príncipe mesmo, Rô, quando vc falou que ele estava exalando um perfume suave e másculo eu senti do lado de cá, pode isso?!! Estou apaixonada por esse tuaregue...
ResponderExcluirE ele ainda se preocupou em fazer essa surpresa para ela, que encanto! Uma pena que os homens atuais estejam se esquecendo de fazer tais delicadezas nos relacionamentos, não entendem que para nós, esses pequenos detalhes românticos alimentam o nosso espírito...
Beijinhos
Também estou irremediavelmente apaixonada por Daren! Vixe que homem!
ResponderExcluirConcordo com a Lucy, quando diz que muitos homens esqueceram dessas delicadezas, mas acho que muitos mulheres também tão tem esse feeling, já que estão muito voltadas para a profissão, tempos modernos afinal. Acho que me incluia nesse rol, mas graças ao nosso Lorde, a vocês minhas queridas amigias e a esse cantiinho cor-de-rosa, meu coração e meus sonhos andam mais coloridos! Obrigada Ro, por me ajudar a descobrir esse delicadeza na minha alma!
Bjs