Seguiram para o acampamento tuaregue. Ela o acompanhou na visita à recém-nascida e sua mãe. Após verificar que estavam ambas bem e saudáveis, saíram da tenda, e puderam ver ao longe a chegada de uma caravana ao oásis, provavelmente para abastecer-se de água e provisões.
- Será que eles sabem de alguma notícia a respeito do incidente com o helicóptero? – perguntou Amy ansiosa.
- Eu vou até lá para falar com eles – antecipou-se Daren.
- Vou junto com você.
- Melhor não.
- Por que não? Ainda está com medo que eu fuja? – falou rindo.
- Está bem. Vamos, então – dando-se por vencido.
No fundo, queria protegê-la de uma má notícia.
Foram até os homens que, no momento, desmontavam de seus camelos. Descobriram que três deles eram franceses que estavam aventurando-se numa viagem através do deserto, desde o Marrocos até a Costa do Marfim. Casualmente, ao serem questionados a respeito de notícias sobre o rally Paris-Dakar, disseram ter ouvido falar sobre o acidente com o helicóptero na altura da fronteira sudeste de Mali-Niger, não muito longe dali. Haviam encontrado alguns participantes desistentes da prova muito abatidos com a morte de Thierry Sabine. Ele e mais quatro pessoas tinham perdido a vida, devido a uma tempestade de areia que os surpreendeu em pleno vôo.
Amy sentiu suas pernas fraquejarem ao ouvir o relato do viajante francês. Daren segurou-a, enlaçando-a pela cintura, com medo que ela pudesse cair ao chão, dependendo do que estavam por ouvir.
- Vocês sabem o nome dos outros que acompanhavam Sabine? – perguntou Daren receoso.
-Parece que além do piloto e de um técnico de rádio, estavam um cantor e uma jornalista.
- Não! – exclamou Amy, já perdendo as esperanças e entrando em desespero.
- Sabem o nome desta jornalista? Ela era inglesa? – Daren insistiu no questionamento, ainda esperando que houvesse algum engano.
Depois de pensar um pouco, o rapaz respondeu fazendo um esforço de memória:
- Ela era francesa como nós. Seu nome era...Nadi...Non... Nathaly. Oui! Nathaly Odent. Este era o nome dela.
- Oh, graças! – Amy só faltou beijar o francês de tão agradecida pela informação redentora – Daren, ela está viva!
- Non, a jornalista morreu, mademoiselle – replicou, surpreso com a reação da inglesa, achando que ela enlouquecera.
Daren explicou-lhe rapidamente o que estava acontecendo, num francês quase sem sotaque, explicando o porquê da alegria de Amy. Agradeceu pelas informações e desejou-lhes uma boa viagem.
Abraçado a Amy, voltaram para a aldeia, vibrando com a boa nova.
- Sei que devia estar triste pela morte de Thierry. Ele era uma pessoa especial. Imagino como deve estar o astral do pessoal que participa do rally. Foi ele que planejou tudo isto. Como vai ser daqui para frente? Quem vai assumir este evento tão importante? – disse Amy, sentindo-se subitamente mal por estar sendo tão egoísta, pensando só em Chloe.
- Não se preocupe com isso agora. Certamente alguém vai continuar com esta realização. Há muitos interesses em jogo. O que importa agora é que a sua irmã está viva e você vai reencontrá-la em muito breve. Que tal descansar um pouco e preparar-se para a festa de hoje à noite?
- Vocês são bem festeiros por aqui, não? Têm festas todas as noites.
- Por que não? Não existe nenhum outro tipo de diversão por aqui. Por que não dançar e cantar para espantar a tristeza? O deserto pode ser bastante depressivo se não houver estas manifestações depois de um dia de trabalho, para afastar os espíritos maléficos.
- Não estou me queixando, não. Acho ótimas estas reuniões junto ao fogo e a alegria dos participantes.
- E hoje temos dois excelentes motivos para festejar: o nascimento de Malak e o “renascimento” da sua irmã.
Ele a acompanhou até sua tenda e quando fez menção de despedir-se, Amy, enlaçou-o pelo pescoço com seus braços e perguntou:
- O que você vai fazer agora? Não quer descansar aqui na minha tenda, nobre Daren? – olhou-o sedutoramente.
- A senhorita anda muito impetuosa – censurou-a divertido – Tenho que descansar um pouco, pois o sono antes do nosso almoço não foi suficiente, e eu quero estar em plena forma para a noite...
Evitou falar que teria de arrumar suas coisas para a viagem do dia seguinte, para não incomodá-la.
- Bem, este é um bom motivo para que eu o libere de minha companhia. Tem mesmo certeza que não quer descansar aqui? – ainda o tentou mais uma vez.
Ele apenas devolveu um sorriso e depositou um beijo carinhoso sobre seus lábios.
- Eu a encontro aqui ao anoitecer. Espere por mim.
- Vamos a algum restaurante chique? – brincou.
- Quase isso... – respondeu com um ar de mistério.
Despediu-se, deixando Amy imaginando a noite que estava por vir, na entrada de sua tenda. Sentia-se plenamente feliz, agora, sabendo que sua irmã estava bem.
Aisha apareceu pouco depois, levando uma roupa limpa para Amy, que segundo pode entender, tinha sido a pedido de Daren. Também era uma túnica branca, como a que vestira desde sua chegada, mas esta possuía alguns detalhes bordados à mão. Era simples, mas muito bonita. E limpa, o que era o melhor de tudo. Depois de fazer sua higiene, Amy vestiu-se para o jantar. Colocou um véu sobre a cabeça, sem cobrir o rosto, como era hábito entre as mulheres tuaregues, e ficou esperando por seu anfitrião na porta de sua “morada”.
Daren chegou elegantíssimo, com uma espécie de manto e um turbante com véu brancos, deixando entrever que trajava um jeans e uma camisa verde clara sob a roupa típica. Ele estava irresistível.
Sem falar palavra alguma, empurrou-a com delicadeza para dentro da tenda, descobriu o rosto e pousou o olhar de profundo verde sobre os olhos de Amy.
- Estava com saudades... – dizendo isto em voz baixa e rouca, aproximou-se ainda mais e segurou o rosto dela com as mãos grandes e bem feitas e selou seus lábios com a boca ansiosa por sentir seu gosto.
Ainda recuperando-se do ato impetuoso de Daren, ela conseguiu dizer, com os olhos semicerrados:
- Se este é apenas o início da nossa última noite juntos aqui neste deserto, fico pensando se vou sobreviver a ela...
Com um sorriso fechado, mas extremamente charmoso, retorquiu:
- Não só vai sobreviver, como vai lembrá-la por muito tempo...
- Isto é uma ameaça?
- Totalmente... – murmurou e voltou a beijá-la com ardor.
Refeitos daquela onda de desejo, seguiram de mãos dadas rumo a uma grande barraca armada no centro do acampamento. Chegando ali, encontraram o que seria a família da pequena Malak e mais alguns convidados. Um jantar especial havia sido arranjado para festejar o nascimento do seu mais novo membro. Pratos raros de se ver por ali, como o cuscus de sêmola acompanhando um assado de cordeiro, estavam presentes à mesa. Daren parecia ser o convidado de honra. Era também a sua despedida dos primos distantes. Amy não tinha tido coragem de perguntar como e a que horas ele partiria de lá no dia seguinte. Após o banquete festivo, tiveram início as danças e cantos, desta vez sobre tapetes finamente tecidos. A canção nas vozes estridentes das mulheres incitava os homens a dançarem. Por mais que Amy tentasse imitar os sons produzidos por aquelas mulheres a sua volta, não conseguia ser bem sucedida. Por isso resolvera apenas manter-se sorrindo, batendo palmas e acompanhando o ritmo da música. Já Daren foi convidado a participar da dança guerreira que era protagonizada pelos ágeis tuaregues. Desenvolto e totalmente à vontade, acompanhava todos os passos do balé masculino empunhando uma espada de lâmina curva. Aos poucos, as mulheres casadas foram também juntar-se aos maridos.
Já passava das dez horas da noite, quando Daren começou a despedir-se dos amigos e convidou Amy a sair dali. Antes, ela pediu que ele transmitisse o seu agradecimento pela acolhida durante o período em que estivera ali, em especial a Aisha, que também estava presente, e que a servira tão carinhosamente. Acreditava que também partiria no dia seguinte.
Saíram e foram caminhar um pouco, respirando a brisa fresca que transitava na noite clara, iluminada apenas pelas estrelas e pela lua, que mais parecia um grande escudo prateado suspenso nos céus do Sahara.
Apesar de toda a alegria que os rodeara até ali, sentiam o coração apertado pela sombra da separação iminente.
- Você vai mesmo partir amanhã? – falou Amy, rompendo o silêncio entre eles.
- Sim. Vou ter de partir pela manhã, com um grupo que vai até Gao, e de lá pegar uma ou várias conduções até Siguiri, em Guiné. De lá saberei para qual região serei designado.
Os olhos de Amy encheram-se de lágrimas. Não conseguia mais conter a tristeza de ter que despedir-se de Daren tão cedo. A sensação de um nó em sua garganta impediu-a de perguntar mais detalhes. Ele notou sua reação e abraçou-a ternamente, confortando-a com o calor de seu corpo.
- Amy, vai ser por pouco tempo. O que eu pensava ser impossível, já não me parece tão difícil. Cada momento passado a seu lado me faz ter mais certeza que quero lutar para estar junto a você novamente.
- Eu vou esperar. Não importa quanto tempo. Assim que voltar de Guiné, me procure. Vou deixar meu endereço e telefones – falou entre lágrimas silenciosas.
A angústia daquele momento, de repente transformou-se em desejo intenso. Daren sorvia cada lágrima de Amy com um toque suave de lábios em sua face. De olhos fechados, ela se deixava abandonar àquele carinho prazeroso. Logo ela sentiu-se erguida no ar, sendo carregada por ele no caminho até a sua tenda. Lá chegando, ele a colocou de pé a sua frente, tirou o turbante e seu manto e começou a despi-la devagar, sem deixar de mirá-la profundamente, hipnotizando-a com o verde brilho de seu olhar. Tão logo a tinha nua diante de si, começou a abrir os botões de sua camisa, no que foi impedido por ela, que assumiu esta ação, roubando uma expressão de discreto regozijo de Daren. Com a mesma calma que ele, despiu-o, para logo em seguida começar a roçar o peito amplo e forte com os lábios, arrancando-lhe gemidos contidos de prazer. Do tórax, Amy foi abaixando-se, tocando, com a boca e a língua, o abdômen rijo, sem deixar de acariciá-lo em suas costas e nádegas, com as mãos. Resistindo à vontade de possuí-la, levantou-a delicadamente até onde pudesse cruzar seus olhares e a beijou. Cingida na cintura, pelo abraço dele, Amy inclinou levemente a cabeça, para permitir que os lábios de Daren percorressem o caminho da linha de seu pescoço, descendo até os seios macios e arredondados, de mamilos túrgidos, que logo foram degustados por uma boca voraz. Entre suspiros e gemidos, Daren a conduziu com cuidado até o solo, sobre os tapetes espalhados na areia, que serviam de cama naquela tenda. Em poucos minutos, incendiados pelo anseio de possuir e ser possuída, entregaram-se à luxúria das carícias cada vez mais íntimas, até Amy ser penetrada com vigor e levada ao êxtase completo quase que simultaneamente com seu par.
Naquela noite de despedida amaram-se incansavelmente, como se isso pudesse evitar a separação no dia seguinte. Desejavam que a escuridão no deserto se tornasse eterna e que o novo amanhecer não chegasse até eles.
Mas o novo dia chegou e encontrou o casal de amantes exaurido, mas satisfeito. Daren foi o primeiro a acordar e pôs-se a admirar o semblante sereno de Amy, o movimento da respiração provocando um ondular suave de seu peito... Se pudesse voltar atrás... Mas não. Tinha um compromisso com a organização e com ele próprio, pois há muito tempo desejava fazer parte daquela equipe de médicos e levar assistência aos mais necessitados. Também ganharia em experiência profissional e pessoal. Precisava acreditar nisso. Agora, mais do que nunca.
Amy começou a despertar e logo seu olhar procurou pelo de Daren, que continuava deitado ao seu lado.
- Já amanheceu? – perguntou temerosa.
- Já.
- Me abraça... – suplicou, aconchegando-se junto a ele.
Enquanto tentavam enganar o andar do tempo, ouviram uma voz próxima à tenda.
- Daren!! – soou a voz de Aisha como um grito abafado.
Amy não entendeu as palavras seguintes, pois eram ditas em tamashek, mas imaginou que não era uma notícia muito agradável para o momento.
Daren levantou-se rapidamente e começou a vestir-se. Amy seguiu-o, colocando suas roupas também, adivinhando o que Aisha havia dito.
- Meu bem, acho que chegou a hora, infelizmente. O grupo que falei já está pronto para partir. Terei de ir agora.
Um peso qual chumbo caiu sobre o peito de Amy, que respirou fundo e tentou não fazer nenhum escândalo.
- Posso acompanhar você até lá?
- Claro que pode. Vamos... – disse, ajudando-a a terminar de vestir-se.
Aisha ainda estava à entrada da tenda, aguardando-os.
- Bonjour, Aisha – cumprimentou Amy, sem muito entusiasmo.
- Bonjour! – disse a garota com um grande sorriso.
Em língua tuaregue, Daren pediu a Aisha que avisasse aos homens que o aguardavam que logo estaria com eles. A moça saiu correndo prestativa.
Logo chegaram à tenda onde Daren lavou-se na bacia com água limpa que ali estava e trocou-se, colocando vestes mais simples, apropriadas para a jornada que tinha pela frente. Toda esta movimentação era observada por Amy, calada e circunspecta. De repente, ela lembrou alguma coisa e falou:
- Daren, eu ainda não sei o seu nome completo, por incrível que pareça. Para o caso de eu querer saber notícias suas com o MSF...
- Lógico! Que falta de educação a minha. O meu nome completo é Thomas Daren Watson.
- Dr. Thomas Daren Watson... Gostei. E o sobrenome de seu pai?
- Meu pai não queria que houvesse qualquer tipo de preconceito para com os filhos. Ele já tinha passado por experiências negativas antes. Só Daren lembra a África, onde ele nasceu, por ser um nome nigeriano.
- Bem, agora que já fui apresentada ao senhor, posso lhe dar um beijo? – falou com a voz tremula, tentando evitar a dor que estava sentindo.
- Amy – disse ele virando-se para ela e abraçando-a com força – Vai passar rápido. Prometo que logo voltaremos a ficar juntos.
- Melhor não prometer nada. Tenho medo de promessas...
Ele inclinou-se sobre ela e a beijou com ternura.
- Não esqueça do nosso oásis – murmurou Amy.
- Não esquecerei, querida... Agora tenho de ir – sua voz também estava embargada pela emoção. Sentia-se como que perdendo uma parte de si. Com tristeza, pegou sua mala, colocou a mochila às costas e deu a mão para Amy. Dali saíram para encontrar a caravana que o levaria para Bamako, capital de Mali.
Antes de separarem-se e subir em seu camelo, Daren deu um último beijo apaixonado em Amy, que ainda fazia um esforço sobre-humano para conter as lágrimas. Não queria fazer papel de chorona na frente de todos. Aisha, que estava ao seu lado, pareceu compreender o que estava acontecendo e passou o braço sobre os ombros de sua hóspede, tentando consolá-la.
Perderam a conta de quanto tempo ficaram paradas olhando a caravana desaparecer no horizonte, atrás das dunas ensolaradas. Amy sentia-se paralisada, como se a vida estivesse esvaindo-se de seu corpo. Foi Aisha que a fez voltar à realidade, puxando-a pelo braço e levando-a para um passeio pelos arredores, falando muito, palavras em francês e outras em dialeto, não entendidas por Amy, mas que serviam para ocupar um pouco a sua mente.
Quando voltavam para a tenda, ouviu-se o som de um motor ao longe. Logo surgiu um grande helicóptero no ar, indo na direção do oásis. Amy e Aisha correram para o local de pouso. Lá estava a enorme máquina pousando, espalhando grande quantidade de areia aos ventos. Quando finalmente estava em terra firme, Amy identificou o símbolo do Rally Paris-Dakar marcando as ferragens do aparelho. A porta se abriu e um dos organizadores conhecido por Amy saiu, seguido por...Chloe.
- Chloe!! – gritou Amy, já correndo em sua direção. A princípio, Chloe não a reconheceu devido aos trajes tuaregues. Só quando estavam muito próximas, ela pode identificar quem a estava chamando tão desesperadamente.
- Amy!! Graças a Deus! Você está bem! – exclamou alto, abrindo os braços para acolher sua irmã.
Entre risos e choros, abraçaram-se efusivamente.
- Amy, nós quase morremos de preocupação quando você sumiu. O que aconteceu? Como veio parar aqui?
- E eu, quando soube do acidente com o helicóptero, quase enlouqueci pensando que a perdera...
No meio de toda esta emoção, fez-se ouvir uma voz grave e alegre:
- Então a nossa jornalista mais audaciosa está bem e pronta para voltar à ativa!
Era Jason, seu editor, que não fora percebido ao descer atrás de Chloe.
- Jason, o que você está fazendo aqui? – perguntou Amy surpresa com a inesperada presença.
- Quando soube do seu desaparecimento e do acidente com Thierry, tomei o primeiro avião e voei para cá imediatamente – disse, aproximando-se e abraçando-a calorosamente – Você nos deixou muito preocupados.
- Querida, que tal pegar suas coisas e dar o fora daqui? Temos que ligar para mamãe em Londres e avisá-la que está tudo bem agora. Ela queria ter vindo mas não deixei.
- Na verdade não tenho nada comigo. Minha mochila com cantil e bloco de anotações ficaram na moto, que está perdida a alguns quilômetros daqui.
- Já acharam a sua moto – interrompeu Irving, o organizador que ainda não tivera chance de falar com a participante do rally – Ela já foi recolhida, bem como seus pertences, e está a sua espera em Akabar. É um prazer tê-la de volta, Amy – cumprimentou-a com um beijo na face.
- Então posso voltar à corrida. Estou muito defasada do resto dos corredores?
- Amy, você não é louca de voltar para a corrida agora – censurou-a Chloe.
- Esta é a minha garota! – exclamou Jason.
- Na verdade, a corrida foi paralisada e só hoje reiniciou o deslocamento dos participantes. Como você está apenas participando sem competir, nada impede que volte ao rally. Tem certeza que quer mesmo isso? – questionou-a Irving.
- Claro que tenho. Ainda não completei meu trabalho para o jornal.
- Dona Amy, você não vai fazer isto. Quer matar nossa mãe do coração?
- A próxima fase é em Guiné, certo? – certificou-se Amy para Irving.
- Sim.
- Então, vamos pegar minha moto. Ela está em condições?
- Sem dúvida, moça. Pronta e a sua espera – confirmou Jason animadamente, para aflição de Chloe.
- Vocês podem me esperar mais alguns minutos? Preciso despedir-me de algumas pessoas – dizendo isto, pegou na mão de Aisha que continuava ao seu lado sem dizer palavra e sem entender nada do que era dito – Esta é minha amiga Aisha. Foi ela quem cuidou de mim enquanto estive aqui. Eu já volto. Me esperem, por favor.
Virou-se, sob o olhar admirado de seus amigos, e saiu de volta para a aldeia, de mãos dadas com a jovem tuaregue. Conseguiu fazê-la entender que partiria no helicóptero em alguns minutos e que queria dar uma última olhada em sua tenda.
Antes de lá chegar, despediu-se de algumas pessoas, entre elas, a pequena Malak e sua família. Já em sua tenda, relembrando os momentos passados à noite, mal notou quando Aisha retirou um pequeno embrulho e um envelope de seu bolso. Quando Amy foi abraçá-la, recebeu o presente. Apesar de não ter conhecido a letra de Daren, percebeu, pelo modo como o envelope estava subscritado, que ele tinha deixado uma mensagem para ela.
Abraçou a nova amiga afetuosamente e disse algumas palavras em francês para que ela pudesse entender o quanto estava grata por tudo que tinha feito por ela. Decidiu abrir o presente e o envelope quando estivesse a sós. Trocou sua túnica pela bermuda e camiseta que vestia quando foi encontrada por Daren, agradeceu mais uma vez à Aisha e despediu-se, deixando a jovem acenando-lhe, parada, na entrada da barraca, com um largo sorriso, de dentes alvos.
Correu ao encontro do helicóptero, onde todos a esperavam ansiosos para retornar à base em Akabar. Em poucos minutos, o aparelho fez girar suas poderosas hélices, mais uma vez levantando as areias do deserto como uma tempestade encomendada, levando Amy e suas lembranças para longe.
Não fiquem tristes com esta separação. Muita água ainda vai rolar nestas areias. Se tiverem um pouquinho de paciência, logo o 7º capítulo sai com novas emoções...rsrsrs
Um grande beijo para todas!
Poxa Rô... eu sei que vc disse pra não ficar triste, mas não consegui evitar. Aff...
ResponderExcluirTambém nem preciso te dizer como visualizai Daren com a espada de lâmina curva, não é?
Aguardo ansiosa para saber o que vai acontecer.
Não vejo a hora do 7º capítulo sair!
Vc é demais.
Bjim♥
Estou com lágrimas nos olhos e olha q ñ sou chorona, estou temendo esse final, vou acabar comendo os dedos, pq as unhas já se foram.
ResponderExcluirRô ñ demora, Bjkas
Acho ótima essa idéia de cantar e dançar para espantar a tristeza, mas podemos adicionar a isso uns beijinhos tb, aí fica perfeito...
ResponderExcluirNossa, quanta emoção que a Amy vivenciou naquele dia, a partira do seu amor e a chegada de sua irmã. Vc sabe, do jeito que eu sou chorona, acho que iria ficar chorando até o dia seguinte com tudo isso, são emoções muito fortes... Mas, ao menos, foi bom que tudo tenha acontecido no mesmo dia, pq imagino que seria muito mais pesaroso para a Amy ter que continuar ali no acampamento, sem o Daren.
Meu coração ta apertadinho, Rô...
Beijinhos
E agora, meu Deus?
ResponderExcluirO que está por vir!?