terça-feira, 13 de julho de 2010

Resgate de Amor (7)

Até o final da manhã, as duas consultas domiciliares de Sílvia transcorreram tranquilamente, apesar da curiosidade de pacientes e familiares a respeito do seu belo e mudo primo Antonio. Ele mantivera a promessa, afinal.
Resolveram ir almoçar no Alvorada novamente.
- Pena não encontrarmos de novo aquela família simpática, não? – comentou Antonio, sarcasticamente
- Agora quem está bancando o ciumento é você. O Franco é só meu amigo, como já lhe disse antes.
- Você tem muitos amigos homens: Dirceu...Franco...
- Antonio, se fosse você me preocuparia mais com a recuperação da memória do que tentar enxergar coisas que não existem. Quando terminarmos de almoçar podemos ir para o meu consultório e entrar na Internet de novo para ver se tem alguém procurando por você. A secretária só chega às 14 horas. Teremos pelo menos uma hora para pesquisar.
- Como você quiser. Quem manda é você e eu obedeço...
- Gostei disso... – disse Sílvia, com um sorriso nos lábios.
Chegaram ao pequeno prédio térreo, a poucas quadras do restaurante, em torno de 13 horas. Sílvia olhou sua agenda para verificar quantos pacientes estavam marcados. Estava cheia, portanto teria consultas até o final da tarde. Enquanto estava distraída pensando o que Antonio faria durante os atendimentos, sentiu dois braços envolvendo-a por trás, puxando-a de encontro a um corpo quente e macio. Delicadamente, ele a virou, de forma a deixá-la frente a frente.
- E agora? O que vamos fazer?
Sílvia sentiu-se derreter diante daquele olhar encantador que a convidava para prazeres inomináveis. Com um esforço sobre-humano, conseguiu dizer:
- Vamos fazer aquilo que eu tinha determinado. Lembra? Vamos procurar informações na Internet.
- A gente pode fazer isto mais tarde, lá no seu computador da cabana...
Já começava a acariciá-la, tentando beijar seu pescoço, deixando-a sem ação em seu abraço.
- Antonio... Acho que a gente não devia ...
Antes que ela pudesse terminar a frase, ele já estava com a boca sobre os seus lábios, selando qualquer dúvida sobre o que deveriam fazer naquele momento. Sílvia só teve tempo de pedir-lhe para trancar a porta da rua, para evitar surpresas. Feito isso, entregaram-se a carícias intensas e íntimas, desfazendo-se imediatamente de suas roupas. Antonio encostou-a na parede da sala, levantando-a no ar pelas nádegas, forçando-a a enlaçá-lo com suas coxas e pernas, permitindo que ele entrasse com toda a potência em sua intimidade, em movimentos vigorosos, ritmados, cada vez mais rápidos, que arrancavam bramidos de prazer mútuos. Ao final, ela deixou-se abandonar nos braços dele, afrouxando o laço de pernas, voltando a tocar o chão com os pés. Ele continuava de olhos fechados, tentando controlar a respiração ofegante. Ela passou a mão por trás de sua nuca e puxou-o de forma a poder beijá-lo. Ao abrir os olhos, ela pode ver aquele brilho que a seduzia toda vez que ele a fitava. Estava perdidamente apaixonada por um estranho. Não tinha mais volta.
- Só você para me permitir fazer uma loucura dessas aqui dentro.
- Vai ser bom poder lembrar o que fizemos aqui quando estiver chateada no meio das suas consultas...
- Antonio... – e mais um beijo apaixonado a fez se calar.
Resolveram vestir-se e recompor-se, pois logo a secretária chegaria. Mal tinham terminado de arrumar-se, ouviram alguém batendo na porta da entrada, e um barulho de chaves forçando a fechadura. Antonio havia colocado o trinco de segurança que impedia a entrada pelo lado de fora.
Sílvia correu para destravar a porta, deixando Suzi entrar. A sua expressão muda de espanto, que lançava olhares alternados para os dois, pedia uma explicação rápida para o que estava acontecendo.
- Boa tarde, Suzi! – saudou-a, sem obter resposta – Quero apresentar-lhe o meu primo de Ribeirão Preto, que veio passar as férias aqui conosco. Ele ficou com medo de deixar a porta destrancada. Sabe como é este pessoal de cidades maiores...
Suzi pareceu ter ficado mais aliviada com a resposta, mas a curiosidade em seu semblante agora era evidente, principalmente porque não conseguia disfarçar o interesse pelo primo da médica.
- Seu primo? Ah, muito prazer... Suzana – falou, estendendo a mão efusivamente.
- Muito prazer, Suzana.
“Mais uma conquistada”, pensou Sílvia, aborrecida, já sentindo que teria problemas com a secretária tentando seduzir seu “primo”.
Foi a vez de Antonio cortar o clima reinante naquela recepção e dizer:
- Sílvia, acho que vou dar uma volta pela cidade enquanto você está atendendo. Será que você vai ter tempo para um café no meio da tarde?
- Acho que sim, Dra. Sílvia – adiantou-se, simpaticamente, Suzi – O senhor Pereira, das 16 horas, sempre se atrasa. Acho que a senhora vai poder fazer um pequeno intervalo. Se quiserem posso preparar um café aqui mesmo.
Sílvia nunca vira Suzi tão solícita e alegre como naquele dia.
- Obrigado, Suzi, mas acho que vamos preferir dar uma saída aqui por perto, não é mesmo, Sílvia? – adiantou-se Antonio - Deve ter algum lugar que sirva um bom café aqui perto.
- Faça isso, então. Vá dar uma volta por aí... Não vá se perder – disse ironizando - É melhor levar o meu celular, no caso de acontecer qualquer problema. Aí, na agenda, tem o telefone daqui.
- E se alguém te ligar?
- Provavelmente não. Os pacientes sabem que estou aqui no consultório neste horário.
- Então, está bem! Volto mais tarde para te pegar – dizendo isso, curvou-se na direção de Sílvia e deu-lhe um beijo estalado na bochecha – Tchau, priminha! Tchau, Suzi!
“Mas é muito cínico, mesmo...”, pensou a “prima”.

Enquanto Antonio passeava por Valverde, despertando a curiosidade dos moradores, que na maioria já estavam sabendo que ele era primo da Dra. Sílvia, duas pessoas encontravam-se em calorosa discussão na casa do senhor Meyer.
- E se ele recuperar a memória? Vai lembrar que me conhece e estaremos perdidos. Os federais e o irmão ainda pensam que ele está conosco, mas pedem uma prova de que ele está vivo, caso contrário não pagarão o resgate – dizia Clélio, caminhando de um lado para o outro – Além do mais, você conseguiu nos enredar um pouco mais com esta história do velho Meyer.
- Você está se preocupando à toa. Ele já olhou para você e não se lembrou de nada. Acho que o nosso problema maior agora vai ser esta doutorinha que resolveu adotá-lo. Se nós o pegarmos de volta, ela vai complicar a situação. Teremos que dar um jeito nela ou acabar de vez com os dois. Podemos pegá-los, dar a prova de que ele está vivo e, depois de pegar nosso dinheiro, dar um sumiço neles.
- Você está ficando louco, Leon! Eu não imaginava que você tinha esta sanha assassina, caso contrário não teria pedido a sua ajuda. Vamos fazer o seguinte: nós o pegamos antes que ele recupere sua memória, o colocamos ao telefone para o irmão ouvi-lo, pegamos o resgate e o liberamos. Pegamos o carro, fugimos para o Paraguai e pronto – disse o falso João Batista para o igualmente falso senhor Benetti.
- Não sei não. É muito perigoso. Quando ele recuperar a memória vai lembrar que você o sequestrou e a polícia sairá á sua procura e, obviamente, vão chegar até a minha pessoa. Você não devia ter se descuidado, ficando sem a máscara dentro do esconderijo.
- Ah! Agora a culpa é minha?
- É sim! Você foi descuidado! E não só por isso, mas porque foi no seu turno que ele escapou. Coisa de amador. Deveria ter deixado que eu chamasse meus conhecidos para fazer a coisa direito. Aonde fui me meter!
- É melhor pararmos com esse jogo de quem é a culpa e começar a pensar seriamente no que vamos fazer daqui em diante. Creio que o primeiro passo é pegar Vergueiro e trazê-lo de volta ao esconderijo. Por falar nisso, foi uma boa idéia aquela de dar parte na polícia sobre o roubo do seu carro, não? Quando que eles irão imaginar que o carro é do próprio sequestrador?
- Não sei não... Ainda estou na dúvida se isso foi bom ou ruim. Devíamos ter roubado mesmo um carro, para não ter nenhum de nossos nomes envolvidos.
- Quando eles chegarem a descobrir alguma coisa, já estaremos longe daqui.
- Assim eu espero, para o seu... Nosso próprio bem.

Às 16 horas, pontualmente, Antonio estava entrando no consultório de Sílvia, enfrentando a apreciação de Suzi.
- Oi, Suzi! E, então? A minha prima já está liberada?
- Oooiii... – falou, admirando-o dos pés a cabeça, sem conseguir disfarçar seu interesse – Acho que ela o está esperando lá dentro. A dona Aparecida já saiu e o senhor Pereira ainda não chegou. Tem certeza de que não quer que eu prepare um café para nós?...Quero dizer, vocês?
- Não, obrigado, Suzi. Talvez numa próxima vez – disse, sorrindo.
Neste instante a porta da sala de Sílvia abriu-se e ela apareceu, perguntando:
- Suzi, porque não me avisou que Antonio já estava aqui?
- Ah, é que ele acabou de chegar.
- É verdade. Vamos ao nosso café?
- Vamos! Suzi, se o senhor Pereira chegar, diga que logo estarei de volta.
- Claro, doutora – disse , com um olhar sonhador na direção de Antonio, que fez que não percebera, bem como sua “prima”.
- Você faz muito sucesso com as mulheres – disse Sílvia, no momento em que pisaram na calçada.
- Sinal de que elas têm bom gosto, não acha?
- Convencido...
- Mas a única mulher que estou interessado em chamar a atenção, atualmente, é você, minha priminha...
- Convencido e sedutor... – falou, mostrando um sorriso cativante no rosto – Olhe, vamos entrar aqui.
Entraram no local indicado por Sílvia. Era uma pequena cafeteria, quase ao lado do consultório, que Antonio já tinha observado ser a única naquele quarteirão, durante sua caminhada.
Sentaram-se numa das poucas mesinhas que havia e pediram dois expressos e dois pães de queijo.
- E então? Como foi o seu passeio?
- Quase me perdi... – falou, com um sorrisinho irônico.
- É, a cidade é pequena mesmo.
- Acredita que pelo menos duas senhoras vieram me cumprimentar e conferir se eu era mesmo o seu primo? As notícias correm rápidas por aqui, não? Não se passaram 5 horas que você me apresentou a sua primeira paciente e já estou sendo reconhecido na rua.
- É, agora você é o assunto da hora... Lembrou de alguma coisa?
- Só consigo lembrar de coisas banais. O mais importante não vem à tona.
- Temos bastante tempo até a sua próxima consulta com Dirceu e a apresentação ao agente judiciário. É assim mesmo. Nem sempre o processo de recuperação é rápido. Principalmente se houver algum tipo de trauma psicológico sobreposto.
- Como assim, trauma psicológico?
- Só uma intuição minha... - respondeu misteriosa.
Terminaram seu café e já estava na hora de Sílvia retornar. Pagaram a conta e voltaram à clínica, onde o senhor Pereira acabara de chegar, pontualmente atrasado, e estava a sua espera.
- Dra. Sílvia, o seu último paciente desmarcou – avisou Suzi.
- Bem, Antonio, se você quiser me esperar aqui na recepção, só terei mais dois pacientes e poderemos ir embora.
- Claro! Eu a espero aqui, conversando com a Suzi.
- Claro... Tenho certeza de que a Suzi vai cuidar bem de você... Sr. Pereira, pode me acompanhar, por favor? – convidou Sílvia, para logo em seguida desaparecer da vista de Antonio por trás da porta de sua sala.
A secretária mal podia se aguentar em sua cadeira atrás do pequeno balcão de madeira para enfrentar aquela hora inteira na companhia de Antonio.
Ele se sentou e pegou uma das revistas que estavam sobre a mesa de centro da sala de espera e passou a folheá-la. Podia sentir o olhar sedento de curiosidade da secretária sobre ele, deixando-o intimidado.
Não aguentando mais o silencio, ela resolveu tomar a iniciativa e perguntar:
- E a sua esposa, não pode vir para visitar a doutora?
Obviamente, a jovem desejava saber outro tipo de informação para seu uso pessoal, mas ao invés de ouvir a resposta almejada “não sou casado”, o que caiu como uma bomba em seus tímpanos foi:
- Não. Ela precisou ficar em casa para cuidar dos trigêmeos.
- Trigêmeos???
- Sim. Jason, Fred e Vlad.
- N-nossa! Coitada!
- Pois é... – respondeu, com ar desenxabido.
- E ela cuida deles sozinha?
- Quando estou viajando, sim... Mas sempre tem as avós para ajudar. Sabe como é...
- Imagino... – além da decepção, Suzi ficou a pensar sobre os esquisitos nomes escolhidos para as pobres crianças.
Ele quase desatou a rir ao ver a cara de espanto da mulher, mas conseguiu segurar-se e, aparentemente permanecer sério, continuando com os olhos fixos na revista a sua frente. Depois desta breve conversa, Suzi não lhe dirigiu mais a palavra ou o olhar para ele, a não ser para, polidamente, oferecer um cafezinho, sem outras intenções.
O último atendimento foi encerrado e Sílvia surgiu pronta para dar por terminado o seu dia de trabalho. Despediram-se de Suzi e foram pegar o carro que havia sido deixado na rua lateral.
Entraram na caminhonete e ela foi logo perguntando:
- O que houve? Você está com cara de quem aprontou.
- Vamos indo... – disse isto e, após alguns segundos, rompeu uma risada que estava presa em sua garganta há quase meia hora, deixando Sílvia perplexa com a sua reação.
- Qual é a graça? Não estou entendendo.
Quando conseguiu controlar-se, Antonio contou para Sílvia a conversa que tinha tido com a sua secretária enquanto ela atendia seus pacientes. Aí, foi a vez de ela começar a rir.
- De onde você tirou estes trigêmeos? Espero que não tenha se lembrado de verdade... E esses nomes? São dois personagens de filmes de terror. E o terceiro?
- Vlad, o Conde Drácula - e explodiu na gargalhada outra vez, sendo acompanhado de Sílvia, que já estava quase chorando de tanto rir.
- Acho que estou chorando de nervosa, só de pensar que esta estória pode ser verdade.
- Não, querida, não é de verdade, pelo menos os trigêmeos foi uma invenção minha, lembrando do que seu amigo Dirceu falou lá no hospital. Pode ser que eu seja um interessado em cinema de terror por lembrar o nome destes três personagens – e começou a rir de novo.
- Eu ainda acho que você, se não for um grande cômico, está na profissão errada – falou Sílvia toda sorridente – Melhor irmos para casa.
- Ótimo!
Ao chegarem à cabana, Sílvia disse que ia fazer uma massa. Precisava de alguns temperos que cresciam no jardim, plantados por sua mãe, ao lado da casa. Ela pouco os utilizava, não precisava nem dizer por quê. Ainda os cultivava para o caso de alguma eventualidade, como era o caso daquela noite, quando resolvera fazer mais uma incursão ao fogão. Antonio resolveu que ia tomar banho para esperar o jantar. Perguntou se ela não queria compartilhar com ele daquele momento, mas ela fugiu do seu olhar convidativo e, depois de um beijo rápido, fugiu pela porta da frente com um pequeno cestinho.
Quando percebeu que Antonio havia ligado o chuveiro, largou o pequeno cesto, com o manjericão fresco recém colhido, nas escadas da entrada, juntamente com um bilhete que havia escrito para ele, ainda no consultório, tranquilizando-o sobre a sua investigação. Dirigiu-se para uma pequena trilha entre as árvores, afastando-se de casa. Estava decidida a verificar a história do senhor Meyer, que a deixara muito desconfiada. Conhecedora da região, em poucos minutos percorreu o trecho que a separava da casa de seu vizinho. Ao chegar lá, não viu nenhum veículo estacionado, fora ou dentro da garagem. Tudo estava silencioso. Com cuidado, foi aproximando-se da porta dos fundos. Foi quando viu, escondido, entre os arbustos, o velho fusca azul escuro do senhor Meyer. Quem olhasse de relance não o perceberia, mas Sílvia era mais observadora que a maioria das pessoas. Foi até o veículo e verificou que as portas não estavam trancadas. Voltou sua atenção para a casa. A entrada dos fundos estava trancada. Resolveu entrar pela portinhola que servia para colocar a lenha no porão, que ficava na lateral da morada. Olhou para os lados mais uma vez e, como não visse nenhum movimento, entrou. A luz do dia ainda iluminava um pouco o ambiente, mas isto seria por muito pouco tempo. Tinha de ser rápida na sua busca, para que não precisasse acender a luz elétrica. Foi direto para a parte de cima. Não havia ninguém em casa. Pode fazer uma busca rápida no quarto e demais cômodos. Nada encontrou que pudesse identificar o novo morador, tampouco algum sinal de violência contra o locador.
Quando já pensava em sair dali, ouviu o ronco de um motor. Olhou pela janela e viu um veículo aproximando-se do lugar. Pode reconhecer a figura de João Batista no interior. Desceu para o porão novamente. Teria que sair dali do mesmo modo como tinha entrado. Rezava para que ele não percebesse a sua presença ali. Não teria como explicar a invasão. Ao subir para alcançar a portinhola, escorregou na rampa que acessava a rua e acabou por cair sobre uma pilha de lenha solta. Assustada com o barulho que tinha provocado rezava para que Batista ainda não tivesse descido do carro e, portanto não tivesse escutado o som das toras rolando. Quando tentou levantar-se, percebeu que o chão estava muito fofo, devido à presença de terra no local. Forçando a mão sobre o terreno arenoso para erguer-se, esta afundou um pouco. Suas pupilas dilataram-se e um grito de pânico tentou escapar, sendo sufocado pelo medo de ser descoberta.

(continua...)


Será que ela vai ser pega em flagrante? O que será que ela viu?
Aguardem as próximas cenas...rsrsrs
Beijos!

2 comentários:

  1. E agora, minha santinha?! Que suspense...
    Rosane, estou adorando! Aposto que o Antônio é um cara tipo Bil Gates, podre de rico! Espero para conferir... Bjos.
    Ah, vou postar um capítulo bem HOT da minha fic.

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Cantinho do Leitor
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