Chegando a empresa, foi levada até um dos escritórios. Quando a porta foi aberta deparou com uma cena que a deixou paralisada. Roberto não a viu chegar. Ele estava abraçado a uma mulher loura, alta, elegantemente vestida, que mais parecia ter saído de uma revista de modas. Estavam em atitude muito íntima. Sílvia sentiu o ar faltar em seus pulmões. Não podia acreditar no que estava vendo. Sem falar nada, saiu rapidamente em direção aos elevadores, diante do espanto do assistente que a levara até lá. Quando já pensava em procurar as escadas que a levariam embora do seu pesadelo, Roberto surgiu, pedindo desculpas pela demora. Imediatamente ele notou que Sílvia expressava uma estranha agonia desesperada. Não conseguia imaginar o que teria acontecido com ela enquanto o esperava.
- O que houve, Sílvia? Aconteceu alguma coisa? Alguém a aborreceu? – perguntou, preocupado.
- Não... – respondeu, sem muita convicção, sem conseguir encará-lo – Não aconteceu nada...
- Então porque eu não recebi um sorriso quando cheguei? – voltou a perguntar já a envolvendo num abraço e sussurrando a pergunta ao seu ouvido.
- Me solte, Roberto! Como você pode ser tão cínico? – ela tentava manter um tom baixo na voz. Odiava pessoas escandalosas.
- Como assim, cínico?
- Eu vi você abraçado com aquela loura, lá dentro da sua sala. Não tente me enganar. Eu vi com meus próprios olhos.
Ele ainda a olhou por alguns segundos, tentando organizar os pensamentos e , subitamente, desatou a rir.
- Você ainda ri? Como tem coragem...
- Você me viu abraçando a Miriam – sem poder controlar o riso.
- Não me interessa o nome dela!
- Meu amor...Míriam é a minha cunhada, casada com o Marcos.
- O quê?
- Meu amor, você sabe que a única mulher que eu quero abraçar, entre outras coisas – disse com ar malicioso – é você, minha ciumenta.
- Desculpe...Pensei que...
Sílvia sentia-se uma completa idiota. Esboçou um sorriso, a medida que Roberto falava daquele jeito meloso e a acariciava no rosto, roçando seus lábios enquanto falava. Um arrepio gostoso a percorria por inteiro.
Ainda estava de olhos fechados, saboreando aquela carícia e sentindo o calor do hálito de Roberto em sua pele, quando foi interrompida por uma voz feminina que os interpelou:
- Não vai me apresentar para a namorada?
- Oi, Miriam. Desculpe. Esta é Sílvia Mattos. Sílvia, esta é Miriam, minha cunhada.
- É um prazer conhecê-la, Sílvia. O moço aqui não pára de falar em você o tempo todo. Eu os vi juntos outro dia, mas vocês estavam com tanta pressa para sair, que não pude cumprimentá-la.
- O prazer é meu, Miriam – respondeu Sílvia, sentindo-se a mais miserável das mulheres, por ter feito aquela ceninha de ciúmes ridícula, sem fundamento algum.
Neste momento, Marcos chegou, muito simpático, abraçando Miriam por trás e beijando-a.
- Vamos almoçar, Míriam? – perguntou.
- Hei, Marcos! O Roberto estava me apresentando a sua noiva – disse, para surpresa de Sílvia com o emprego da palavra noiva.
-Tudo bem, Sílvia? Como você vai? – deixando a mulher de lado para abraçá-la – É um prazer ver você por aqui. Seja bem-vinda... Querida, acho que temos de nos apressar.- voltando novamente a atenção para sua bela esposa – Tenho um encontro de negócios daqui a pouco. Não teremos muito tempo para o almoço. Vamos lá? Vocês nos desculpem, mas temos que ir.
- Claro. Nós também. Vou passar a tarde com Sílvia. Ela volta hoje à noite para Valverde – falou , Roberto.
Despediram-se e seguiram em direções opostas.
- Muito simpática ela, a Míriam – comentou Sílvia, verdadeiramente surpresa com a simpatia da esposa de Marcos. Ainda envergonhada com sua atitude, continuou – Me perdoa? Fiz uma cena imperdoável...
- Viu? Ela é casada com meu irmão. Satisfeita, sua boba? Depois eu é que tenho de controlar o meu ciúme... Estão praticamente em lua de mel. Como nós...
- Como nós? Não sabia que já estávamos em lua de mel.
- É quase como se fosse – respondeu melosamente.
- Espero ter uma lua de mel de verdade. Com direito a férias só com você, num lugar paradisíaco.
- Uau! Já tem tudo planejado? – exclamou alegremente satisfeito.
- Ainda acho um pouco cedo para isso, mas... A idéia me agrada e muito... E a você?
- Pode ter certeza que sim, Dra. Sílvia – falou Roberto aproximando sua boca dos lábios sorridentes de Sílvia.
Dali, partiram para um pequeno bistrot situado a duas quadras do escritório. Era um local bem agradável, com poucas mesas, onde o pessoal que trabalhava nas redondezas costumava freqüentar. Segundo Roberto a comida era deliciosa, feita pela própria dona do lugar. Depois de ele cumprimentar quase a todos que estavam almoçando ou aguardando o almoço, sentaram-se à mesa e fizeram seus pedidos..
- Mais tranquila, agora? Porque este sorriso? – perguntou ele.
- Estava imaginando a nossa lua de mel...
Ele pegou suas mãos sobre a mesa e disse:
- É neste estado de espírito em que me encontro... Em lua de mel. Eu já a considero como minha.
- Sua o quê?
- Minha mulher... Minha amiga, minha amante, minha companheira, minha esposa... O quê você preferir... – ele ia dizendo estas coisas, enquanto seu olhar atordoava Sílvia com um brilho intenso , denunciando todo o seu desejo por ela.
- Ah, Roberto...Como eu te amo...Desculpe por ter duvidado de você. Fiquei maluca quando vi você agarrado a uma mulher tão bonita.
- Vamos terminar de almoçar e ir logo para casa. Temos que começar o processo das despedidas.
- Processo das despedidas?
- Não sei se vou aguentar ficar tanto tempo longe de você. Dez dias...
- Vou tentar voltar antes. Agora que Leonor está pronta a aceitar ficar no meu lugar.
- Sério? Ela já confirmou?
- Pois é. Com tudo que aconteceu, acabei por não lhe contar como foi a minha manhã. Antes de arrumar as malas, resolvi ligar para o telefone de Leonor que Dirceu me deu. Pareceu ser muito simpática. Combinamos que ela irá até Valverde amanhã, para tratarmos dos detalhes de sua ida para assumir o meu lugar. Se tudo correr bem, poderei estar de volta mais cedo, para podermos aproveitar mais um pouquinho antes de eu começar a trabalhar no Lusitano.
- Isto vai ser muito bom... – disse ele, olhando-a apaixonadamente.
Terminado o almoço, pegaram o carro e foram direto para casa.
- Ainda é cedo. Temos pelo menos algumas horas antes da sua condução chegar para levá-la para longe de mim – disse isto, enquanto fechava a porta e a olhava com um conhecido brilho no olhar – Podemos descansar um pouco até lá...
- Pelo que estou sentindo no ar, não é bem um descanso que você está planejando...
Logo ele estava sobre ela, beijando-a avidamente e desabotoando sua blusa. Ela adorava o jeito como ele a envolvia, colocando a mão em sua nuca, enlaçando-a firmemente pela cintura, deixando-a sem fôlego ao cobrir-lhe a boca com um beijo, tomando seu corpo e sua vontade. Qualquer pensamento racional perdia-se naqueles carinhos. Só o anseio, o delírio e a vontade de possuir e ser possuída. Seu desejo por aquele homem parecia inesgotável. Ele sabia como satisfazê-la. Parecia conhecê-la como ninguém, como se ela fosse um piano e ele o pianista, extraindo dela os melhores acordes, para o deleite de ambos. O resultado era uma melodia perfeita e harmoniosa que os arremessava ao éden.
As horas passaram mais rapidamente que o habitual.
Dolores, como sempre, deixara deliciosos quitutes para o jantar, prevendo que eles não teriam muito tempo para sair antes da partida de Sílvia.
Pontualmente às 20 horas, o som do interfone soou como um alarme. Imersos numa tristeza silenciosa, desceram até a porta do prédio. Roberto cumprimentou o motorista. Entregou-lhe a reduzida bagagem de Sílvia e recomendou cuidado na estrada. Ela ficou agradavelmente surpresa ao ver Francisco, o mesmo motorista que a trouxera, novamente na direção da van.
Sílvia já não sabia se resistiria sem chorar àquela despedida. Seus olhos já umidificavam-se. Tentou disfarçar para que Roberto não notasse, mas não conseguiu.
- Se você começar a chorar agora, vou seguir você, pois eu sou o maior chorão do mundo, para o seu conhecimento – falou baixo, segurando-a no queixo e levantando seu rosto para que pudesse olhá-la dentro dos olhos.
- Ah, Roberto... Desculpe-me ficar aqui fazendo escândalo...
- Adoro mulheres escandalosas... – murmurou, enquanto aproximava-se dela para o derradeiro beijo.
Logo estavam abraçados, beijando-se apaixonadamente, em meio às lágrimas de Sílvia, sem se importarem com a presença do motorista, do porteiro do prédio e dos transeuntes. E assim foi.
Sílvia finalmente embarcou na van e viu o rosto de Roberto desaparecer na primeira curva feita pelo veículo.
Para Sílvia, a viagem de volta pareceu mais rápida que a de ida. Tentava animar-se, pensando que não demoraria muito a ficar com Roberto definitivamente. As coisas estavam todas se encaixando perfeitamente. Não demoraria muito para o desfecho esperado por eles.
Francisco deixou-a na porta de seu apartamento em Valverde às 23 horas, despedindo-se com sua habitual elegância e discrição.
- Sílvia? – perguntava a voz já conhecida no seu celular, naquele final de manhã.
- Leonor! Onde você está?
- Acabo de chegar. Estou em frente ao seu apartamento. Podemos nos encontrar agora?
- Claro. Estou saindo da casa de uma de minhas pacientes e indo para aí. Espere que já estou chegando.
- Vou esperar. Não tenha pressa.
Estacionou em frente ao seu prédio e olhou com curiosidade para a jovem que se encontrava parada na calçada a sorrir-lhe. Parecia nervosa. Leonor era uma mulher de traços delicados, aparentando ter entre 25 ou 26 anos, cabelos curtos, de cor castanho-claro. Seus olhos amendoados, lábios finos e queixo quadrado, davam ao seu rosto um toque exótico. Convidou-a para entrar. Estranhou não ver nenhum carro estacionado por ali.
- Como você veio até aqui? De ônibus?
- Não. Um amigo meu, que precisava vir para estes lados, ofereceu-me carona. Depois ele vai voltar para me pegar.
Sentaram no sofá da sala de Sílvia e iniciaram sua conversa.
- Eu trouxe o meu currículo. Achei que gostaria de dar uma olhada.
-Vou olhar, mas confio no olho clínico do Dirceu. Tenho certeza que ele não indicaria alguém que não fosse competente.
- Bem, Sílvia. Estou muito animada com esta possibilidade de trabalhar no interior, sem esta loucura que é o hospital, concorrência dos colegas para ver quem aparece mais para o chefe, etc. Acho que vou preferir a tranquilidade de um consultório no interior.
- Bem, se é isso que você quer, vai encontrar de sobra em Valverde. Mas, vamos às coisas práticas. Além do consultório, faço visitas domiciliares a alguns pacientes com dificuldades de locomoção. Tenho um plantão semanal no serviço de resgate do município, que atende algumas intercorrências, geralmente banais, e os acidentes na estrada estadual próxima. Teria algum problema se você assumisse estas tarefas também?
- Claro que não. Acho que vai ser ótimo para sair da rotina do consultório.
- Quanto à moradia, vou deixar meu apartamento com você, se prometer cuidar bem dele.
- Mas que ótimo! Eu estava mesmo preocupada com a questão da moradia. Pode deixar que cuidarei muito bem dele. Você pretende voltar a morar em Valverde?
- Sinceramente, Leonor... Não sei. Tudo está acontecendo tão rápido na minha vida nas últimas semanas... Dirceu chegou a comentar com você sobre meus motivos para a mudança para São Paulo?
Sílvia notou certa insegurança em responder esta sua última pergunta. Leonor devia estar pensando se entregava a falta de sigilo do colega ou não. Finalmente, ela respondeu de maneira protegê-lo um pouco.
- Mais ou menos. Ele me falou, por alto, que você vai mudar porque seu namorado mora lá.
- É... Mais ou menos isso – disse Sílvia, sorrindo – Você tem mais alguma dúvida sobre o seu trabalho aqui?
- Acho que não.
- Só temos que combinar a sua vinda para cá, para que eu possa mostrar-lhe o trabalho e as pessoas com quem vai conviver e que poderão ajudá-la a conhecer melhor a nossa comunidade. Terei que retornar a São Paulo na semana que vem, pois começarei a trabalhar no Hospital Lusitano.
- Posso estar de volta neste final de semana, provavelmente no sábado. Tenho que cumprir alguns compromissos e organizar a minha mudança. Acha que fica muito tarde? Quer que eu tente vir antes?
- Não. Está perfeito. Assim também terei tempo de oficializar a minha retirada e iniciar as despedidas – falou, com certa tristeza na voz – Olhe, aqui está o meu cartão, com o endereço e telefone do consultório. Ligue-me assim que voltar. Estarei esperando.
- Sílvia, pode contar comigo. Espero não desapontar você, nem aos seus pacientes.
- Tenho certeza que não.
- Bem, vou ligar para o meu amigo e avisar que já terminamos.
- Não querem almoçar por aqui?
- Não, obrigada. Eu tenho um compromisso agora à tarde e creio que ele também.
Pegou seu celular e discou um número. Falou rapidamente com o amigo e disse que o esperaria na frente do edifício. Assim que desligou, falou:
- Sílvia, foi um prazer conhecê-la.
- O prazer foi todo meu.
Despediram-se com um aperto firme de mãos. Sílvia ficou observando Leonor até vê-la entrar num veículo dirigido por uma silhueta que lhe pareceu familiar. “Dirceu? Porque ele não veio falar comigo? Será que eles estão tendo um caso e ele ficou receoso de me ver?”
Com estas perguntas atiçando sua mente, ela viu o carro afastar-se em grande velocidade.
Mal havia começado a desfazer a mala, pois não tivera tempo de fazê-lo na noite anterior, quando o telefone tocou. Correu a tender, imaginando que fosse Roberto
- Alô? Beto? – atendeu, já com o coração em disparada.
- Alô, Sílvia. Não, não é o Roberto. Sou eu. Dirceu.
- Ah, Dirceu. Desculpe. É que pensei que...
- Entendo... – falou um pouco sem jeito – Estou ligando para saber se foi tudo bem no encontro com a Dra. Leonor.
- Ora, pensei que você soubesse – disse, achando estranho o motivo do telefonema, já que Leonor devia ter lhe contado tudo sobre o encontro entre elas.
- Como assim?
- Leonor não lhe contou?
- Não a vi hoje. Cheguei a pouco no hospital aqui em Rio Claro. Hoje é o meu dia de atender aqui, lembra? – respondeu com certa insegurança na voz.
- Ah... – resolveu não intimidá-lo, evitando contar que o havia visto no carro que dera “carona” para Leonor. Talvez ele não quisesse abrir o jogo sobre um provável namoro entre os dois. De qualquer forma achava esquisito aquele comportamento de Dirceu – O nosso encontro foi muito positivo. Acertamos a vinda dela para cá já no fim de semana.
- Que ótimo... Bem, você deve estar ocupada resolvendo a sua ida para São Paulo. Liguei só para saber se estava tudo certo.
- Está, Dirceu, graças a você.
- Os amigos são para essas coisas, Sílvia. Então... Uma boa tarde para você – disse reticente – Qualquer problema, me ligue.
- Ligo sim. Mais uma vez, obrigada.
Desligou o telefone e resolveu não pensar mais naquele assunto. O importante é que conseguira a sua substituta. O resto não interessava. Era assunto de Leonor e Dirceu.
Já estava quase na hora de ir para o consultório. Preparou um lanche leve e, quando se preparava para sentar a mesa, o telefone tocou mais uma vez. A esperança de ouvir a voz grave de Roberto iluminou-se novamente.
- Alô?
- Sílvia?
- Beto? Que bom que é você! Estava morrendo de saudades e querendo ouvir a tua voz.
- Eu também. Só agora fiquei liberado pela equipe. Não via a hora de te ligar e saber como foi a viagem e a conversa com a sua substituta.
- Correu tudo muito bem. Acho que já está tudo certo. Leonor vem para cá no sábado e confirmou que vai assumir, não só o consultório, como todos os meus outros compromissos. Assim, tenho que aproveitar esta semana para acertar tudo com a Secretaria de Saúde de Valverde e comunicar aos pacientes sobre a minha decisão. E você? Ainda não se arrependeu de ter me convidado para mudar para São Paulo?
- Bobinha... Se você não vier para cá na próxima semana, eu irei pessoalmente buscá-la. Aliás, falando nisso, teremos uma festa para comemorar o final das negociações com o governo. Você já está convidada. Finalmente fechamos o pacote com eles.
- Que bom... Será que você terá mais tempo livre para nós?
- Eu terei... E você?
- É impressão ou estou percebendo um pouco de desconforto por causa dos meus horários de trabalho aí?
- Desculpe. Eu não devia ter tocado neste assunto.
- Eu também estou preocupada com isso, mas como a gente já tinha conversado, é questão de tempo. Depois consigo algo mais ameno. O importante é estarmos juntos... Não é?
- Claro que é, meu amor. Claro que é... Sílvia, vou ter de desligar. O Marcos está chegando. Vamos sair para almoçar e discutir uns probleminhas da empresa. Nada de mais. A gente se fala amanhã.
- Não esqueça que estarei de plantão, amanhã.
- Ah, o famoso plantão com o belo Franco.
- Pois é. Meu último plantão no resgate...
- Divirta-se – desejou sorridente – Diga que mandei um abraço para o Franco. De qualquer forma, ligarei para o seu celular. Posso?
- Claro que sim. Vou esperar... Então... Até amanhã... Bom almoço para vocês.
- Vai ser difícil sem você aqui ao meu lado.
- Não vejo a hora de estar aí em definitivo.
- Na sexta à noite, a gente pode fazer uma sessão “daquelas” ao telefone, para não perder o hábito... - falou insinuante.
- Eu vou adorar... – respondeu Sílvia com um sorriso satisfeito nos lábios.
- Um beijo...
- Muitos beijos... Boa noite.
- Boa noite.
(continua...)
Sei que as coisas parecem estar muito certinhas, mas podem ter certeza que não vai continuar assim por muito tempo...rsrsrs
Beijo grande para todos!
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