segunda-feira, 19 de julho de 2010

Resgate de Amor (10)

Ainda era cedo quando voltaram para a cabana. Queriam aproveitar cada segundo das últimas horas em que ficariam juntos. Enquanto conversavam, agora sem a preocupação com a falta de memória ou o risco de estarem sendo perseguidos por malfeitores, sentiam um grande bem estar. Tentavam não lembrar que a hora da despedida estava chegando. Naquela noite, apenas deitaram-se abraçados, trocando idéias, sonhos e planos para o futuro, até que o cansaço e o sono venceram.
Mais um dia de sol e calor os esperava, quando despertaram cedo pela manhã. Precisavam apressar-se em tomar o café e pegar a estrada. Roberto quis dirigir até Rio Claro, para ver como estava na direção. Ele era um bom motorista também. “Será que tem alguma coisa em que ele não seja perfeito?”, indagou intimamente Sílvia, suspirando involuntariamente.
- Porque suspiras, minha flor? – perguntou um Roberto sorridente.
- Nada... É que sou meio suspirosa de vez em quando – respondeu com um sorriso brejeiro.
Ele apenas retribuiu o sorriso e continuou com os olhos fixos na estrada.
Chegando a Rio Claro, foram direto para o fórum à procura do Juiz Breno Assis. Este já os aguardava, com os documentos prontos para serem assinados.
- Fico contente em ver que tudo foi esclarecido, senhor Vergueiro. Seu advogado já esteve aqui para esclarecer tudo. Bem que a Dra. Sílvia desconfiava de alguma coisa. Já pensamos em contratá-la como investigadora aqui na polícia local. Seria uma bela adição ao nosso pessoal – disse, querendo ser simpático – Acho que agora pode retornar a sua vida tranquilamente. Já está liberado pela lei.
Despediram-se. Sílvia não pode deixar de olhar o relógio mais uma vez, lembrando do pouco tempo que ainda lhes restava. Começava a ficar angustiada com a aproximação da separação.
- Que tal irmos para o hospital e falar de uma vez com o Dr. Dirceu. Assim já o informamos que recuperei a memória e você pergunta se é possível ele te indicar para São Paulo? Prefiro estar por perto, durante este encontro de vocês, para poder vigiá-lo.
- Beto! Você ainda está preocupado com isso?
- Só por precaução...

Dirigiram-se para o Hospital Geral. Foram direto ao setor de Neurologia, onde Dirceu tinha um consultório. Lá a secretária pediu gentilmente que eles aguardassem enquanto o doutor terminava de atender um paciente. Não demorou mais que dez minutos e foram recebidos pelo ex-colega e amigo de Sílvia. Ao vê-la, esboçou um grande sorriso, que foi apagando-se ao ver a cara de poucos amigos de Roberto, que entrou logo atrás dela.
- Vejo que continuam colados, andando por aí. Não esperava que viessem tão cedo. Os aguardava somente na próxima sexta feira. Aconteceu algum problema?
- Como vai, Dirceu? Então você não foi avisado? – perguntou Sílvia.
- Avisado? Do que? – indagou surpreso.
- Antonio, ou melhor, Roberto, recuperou a memória.
Sílvia passou a contar um resumo do que acontecera desde a volta dela para Valverde, não entrando em muitos detalhes. A tudo, Roberto ouvia sem dizer uma única palavra.
- Bem, então está voltando a sua vida agitada, cercado de mulheres, em São Paulo? Sim, porque, rico e bonitão, o assédio deve ser grande – perguntou em tom sardônico.
- Bem menos do que você pensa. Tenho uma empresa para administrar, que toma grande parte do meu tempo – respondeu Roberto, claramente aborrecido com o comentário do pretenso rival.
Sílvia, pressentindo o clima tenso que se iniciava, resolveu ser direta e fazer logo a sua solicitação ao amigo:
- Dirceu, na verdade, além de virmos para te contar sobre o desenrolar desta história toda, vim aqui para te pedir duas coisas.
- Você sabe que sempre poderá contar com minha ajuda, se estiver ao meu alcance...
- Eu sei. Por isso estou aqui. Lembro que depois da residência, você foi contratado para trabalhar no Hospital Lusitano, que é referencia em São Paulo.
- Sim. Mas porque você está lembrando isso agora?
- É que estou pensando em trabalhar em São Paulo.
- Não acredito que você vai atrás dele – disse apontando para Roberto, que imediatamente reagiu, quase levantando da cadeira onde se encontrava, já de punhos fechados. Não fosse Sílvia segurar seu braço, ele já estaria encima do neurologista.
- Dirceu, não estou pedindo conselhos a respeito de minhas atitudes. Apenas uma indicação. Se você não puder me ajudar...
- Sílvia, acho melhor irmos embora. Eu tenho muitos conhecidos e amigos em
São Paulo. Você não precisa mendigar nada para este camarada.
- Para seu conhecimento, conheço a Sílvia há muito mais tempo que você. Estou tentando evitar que ela faça uma besteira, por causa de alguém que ela mal acabou de conhecer.
- Rapazes, por favor! Vamos parar com esta bobagem. Talvez você tenha razão, Roberto. Melhor irmos embora – falando isso, foi levantando de sua cadeira, acompanhada pelo empresário, que já fazia menção de ir embora.
- Esperem! – quase gritou Dirceu, fazendo-os parar no mesmo instante – Olha, Antonio, Roberto, Beto, seja lá seu nome qual for. Sempre tive muito carinho por Sílvia. Apenas não quero que ela sofra. Acho que não tivemos a oportunidade de nos conhecer melhor. Talvez eu esteja errado. Tenho de reconhecer que Sílvia sempre foi uma pessoa sensata e, se ela está pensando em mudar toda a vida por sua causa, ela deve ter bons motivos e, talvez, você não seja má pessoa. Que tal nos sentarmos e começar tudo de novo. De nada vai adiantar ficarmos brigando. Creio que nós dois queremos o bem de Sílvia.
- Pelo menos já estamos concordando em um ponto – reconheceu Roberto, já aparentando menos irritação, mas desconfiado da repentina boa vontade do médico.
- Que bom que os meninos estão começando a se entender – parabenizou-os Sílvia.
- Então, por favor, sentem-se novamente e vamos conversar como pessoas civilizadas. Realmente, Sílvia, eu conheço muito bem a direção do Hospital Lusitano. Fiquei muito amigo do Dr. James Chen da Neurologia, que por sua vez tem ótimo relacionamento com o diretor médico, Miguel Lorenzoni. Talvez eu possa conseguir uma vaga no corpo clínico. Entro em contato com eles ainda hoje, se você está com tanta pressa.
- Não, Dirceu, eu não estou com pressa. Só quero começar a reorganizar minhas coisas, mas com calma. Aí, entra o meu segundo pedido. Vou precisar de alguém que me substitua em Valverde. Tenho muitos pacientes e não posso deixá-los a deriva.
- Claro, eu entendo. Vou ver o que posso fazer. Temos alguns médicos recém saídos da residência, interessados em um trabalho fora do hospital. Quanto a isso acho que não será difícil. Algo mais?
- Não. Obrigada, Dirceu. Eu sabia que podia contar com você.
Foram interrompidos pelo celular de Roberto, deixado por seu irmão, para poder manter contato.
- Sim? Ah! Entendo... Já estou indo.
Sílvia e ele entreolharam-se no mesmo instante. Uma sensação de angústia tomou conta deles.
- Mas, já? Tão cedo? – protestou Sílvia.
- O que houve? – perguntou Dirceu, curioso.
- É a minha condução para voltar a São Paulo. Acabou de chegar – respondeu sem tirar os olhos de Sílvia.
- Então, eu acompanho vocês até a saída do hospital – falou Dirceu, com expressão de contentamento.
- Não!... Por favor, nós sabemos encontrar a saída, se não se importa – objetou Roberto, que não admitia ter o seu suposto rival presente na sua despedida de Sílvia.
- Tudo bem. Vocês é que sabem. Estava apenas tentando ser gentil.
- Obrigada, Dirceu. Preferimos ir só os dois. Muito obrigada. Falamos-nos depois.
- Ok! Boa viagem, Roberto Vergueiro – despediu-se, querendo parecer simpático e estendendo-lhe a mão.
- Obrigado – respondeu polidamente, mas internamente desconfiado daquele ataque de civilidade. Certamente ele estava tentando ser agradável para reconquistar Sílvia. “Maldita hora em que tenho de voltar para São Paulo”, pensou. Mas apertou a mão oferecida.
Saíram dali e foram caminhando abraçados. Pegaram a caminhonete, desta vez dirigida por Sílvia, que os levou até o campo de futebol onde o helicóptero estaria pousado.
- Promete que liga?
- Prometo. Todos os dias...
- Pegou o número do meu celular? Do telefone de casa? Lembra que eu tenho plantão na quinta e não vou estar em casa. Mas vou estar com o celular.
- Eu sei, meu amor.
Após estacionar junto ao campo, beijaram-se apaixonadamente, tentando gravar na memória todos os momentos em que tinham passado juntos, para que pudessem relembrar quando estivessem separados e, dessa maneira, tornar as horas de solidão mais amenas.
Lá estava o helicóptero, com as hélices ainda em movimento, lançando uma tempestade de vento e grama pelos ares. O barulho era ensurdecedor. Logo o piloto apareceu e pediu que Roberto o acompanhasse, pois já estavam atrasados.
- Está bem! Já vou!
Olhou mais uma vez para Sílvia, abraçou-a forte e deu-lhe mais um beijo.
- Eu te amo, Roberto Vergueiro! – gritou, para que ele a ouvisse em meio aquele redemoinho.
- Também te amo, Dra. Sílvia!
Com dificuldade, separaram-se. Roberto seguiu correndo sob as hélices furiosas do helicóptero. Seus olhares cruzaram-se tristonhos até a distância tornar isto impossível. Sílvia ficou paralisada enquanto via aquela máquina levar o seu amor. Sentiu um imenso vazio ao perdê-lo de vista no horizonte.

O sol intenso e o calor do meio-dia fizeram Sílvia sair de seu transe. Saiu dali, obrigada a pegar sua camionete e voltar para Valverde onde seus pacientes a esperavam no consultório às 14h30min. Pensou em comer alguma coisa, mas perdera totalmente o apetite. Sentia-se perdida no vácuo. Será que tinha conseguido fazê-lo sentir o quanto o amava? Talvez ele chegasse a São Paulo e a esquecesse, no meio de todos os seus compromissos e mulheres interessantes que, como havia dito Dirceu, deviam viver a cercá-lo. Mil pensamentos, a maioria pessimistas, rondavam sua mente. Esperaria a sua ligação. Devia confiar nele e esperar. O trabalho ajudaria a afastar estas idéias obscuras.

O resto do dia transcorreu calmo. Após terminar seu atendimento, resolveu passar a noite na cabana. Só teria que acordar um pouco mais cedo para poder pegar o seu plantão no dia seguinte. Queria ficar mais próxima das recordações dos últimos dias. Mais perto de Roberto. A cada toque do celular, seu coração entrava em taquicardia. Já no seu refúgio, tomou um banho e fez um sanduiche. Comeu sem muito prazer. Após uma tentativa de prestar atenção a um programa de televisão, foi deitar-se. Tentou ler o seu “livro de cabeceira”, mas não conseguiu passar da primeira linha. “Estou chegando à conclusão que este livro é uma droga. Ou eu durmo ou não consigo ler nenhuma linha”, pensando assim, levantou-se da cama e jogou o volume na pilha de revistas que tinha sobre sua escrivaninha.
Já estava ficando deprimida com a falta de notícias de Roberto, quando o telefone tocou. Correu para atender.
- Alô, alô!!!
- Sílvia, alô?
- Roberto! Ah, que bom te ouvir. Já estava sem esperanças que você me ligasse.
- Estou com saudades... Desde que cheguei aqui não tive uma folga. Já tive reuniões com a Polícia Federal e com o pessoal da empresa. Amanhã, pela manhã vou a um especialista para fazer uma nova avaliação neurológica, para que se certifiquem que estou bem para continuar o trabalho. Só agora o Marcos saiu daqui, de meu apartamento. Mal podia esperar para ficar só e te ligar. Como você está?
- Também estou com saudades... O trabalho ajudou um pouco a não ficar pensando sobre isto durante o dia. Mas agora, à noite... Estava ficando difícil.
- Onde você está? Eu liguei para o seu apartamento e ninguém atende. Por isso acabei ligando para o celular.
- Ah! É que resolvi passar a noite na nossa cabana.
- Mas você não tem plantão amanhã?
- Tenho, mas não tem problema. Levanto um pouquinho mais cedo e vou para Valverde. Não é tão longe assim.
- Você não tem medo de ficar aí sozinha?
- Até hoje, nunca tive. Agora, faço de conta que você está aqui comigo.
Após alguns segundos de silêncio, Roberto perguntou:
- Você já está deitada?
- Não, por quê?
- Então deita... Eu estou na cama ...
- Roberto... No que você está pensando?
- Você nunca transou pelo telefone?
- Não! Que loucura é essa? Beto...
- Então pode ser a primeira vez... O que acha?
- Não sei... – respondeu curiosa.
- Faz de conta que estou aí ao seu lado, te abraçando... Imaginou?
- Não é difícil de imaginar.
- Você está nua?
- Não, mas posso dar um jeito nisso...
Rapidamente Sílvia livrou-se de sua camisola e foi para baixo dos lençóis, deixando o viva-voz do celular ligado
- Pelo jeito você tem prática neste campo, Sr. Roberto...
- Nem tanto. É que a vontade de ter é tanta que me veio esta idéia.
- Estou pronta...
- Então imagina as minhas mãos te acariciando...
Sílvia, de olhos fechados, passou a viajar nas palavras murmuradas por Roberto, sentindo suas mãos imaginárias percorrerem todo o seu corpo, até as áreas mais íntimas. Logo foi a vez dela de fazê-lo sentir sua presença. Jamais pensara em ter sensações como aquelas, daquela maneira.
Ouviam-se gemidos em São Paulo e na cabana perto de Valverde. As palavras continuavam, excitando o casal cada vez mais, até que terminassem por gozar, cada um em sua cama, separados pela distancia, mas unidos em mente e desejo.

Passados alguns instantes, Sílvia ouviu aquela voz rouca do outro lado da linha:
- Gostou?...
- Adorei... Nunca pensei que pudesse ser tão bom...
- Podemos repetir outras vezes, quando você quiser. Pelo menos até a gente poder se ver e fazer pessoalmente.
-Vou adorar... Quando a gente pode se falar de novo?
- Amanhã, eu ligo.
- Só não vamos poder fazer nada deste tipo, senão vai ficar chato eu tendo um orgasmo na frente do Franco.
- Ah! Até já tinha esquecido o seu plantão.
- Mas não deixa de ligar. Ao menos para eu poder ouvir a sua voz...
- Pode deixar. Eu ligo sim.
- Vou fazer de conta que você está dormindo aqui comigo.
- Durma bem, meu amor...
- Você também... Boa noite...
- Boa noite...
Os telefones foram desligados e Sílvia acabou por ter uma ótima noite de sono. Tão boa, que não conseguiu ouvir o despertador tocar cedo naquela manhã. Ao abrir os olhos, verificou assustada que o rádio-relógio já marcava sete horas. Levantou-se de um pulo da cama, correu ao banheiro, onde tomou um banho rápido, arrumou-se e saiu de casa sem tomar café. Ainda tinha de dirigir dez quilômetros até Valverde. Conseguiu chegar com apenas cinco minutos de atraso. Franco não pode deixar de comentar:
- O que houve? Viu um fantasma ou aconteceu alguma coisa séria?
- Desculpe o atraso – falou, depois de despedir-se do seu colega da noite, que a esperava para a troca do turno – Dormi demais. Ainda por cima, estava na cabana, fora da cidade, por isso me atrasei um pouco.
- Calma, já está aqui e não temos nenhum chamado, por enquanto. Você tomou café?
- Não. Ainda não.
- Então vamos à cafeteria que tem aqui do lado. Eu também saí de casa sem comer nada. A Mariana teve febre esta noite. Por isso dormimos pouco, lá em casa.
- Mas, ela ficou bem?
- Acho que sim. Se a febre continuar hoje, a Elaine vai levá-la ao seu consultório amanhã.
- Porque ela não traz ao nosso plantão? Posso examiná-la aqui no posto. Elaine ficaria mais tranquila.
- Não queremos te incomodar.
- Não é incomodo nenhum. Depois ligue para ela e diga que traga a Mariana, se a febre persistir.
- Está bem, obrigado. Eu ligo sim.

Sentaram-se numa das pequenas mesas do boteco que Franco insistia em chamar de cafeteria. O café era horrível, mas serviam um delicioso pastel de forno, preparado pela mulher do dono.
- Agora me conte, porque foi passar a noite na cabana?
- Deu vontade...
- O Antonio, quer dizer, o Roberto voltou para São Paulo?
- Voltou ontem, no final da manhã.
- E você, está bem?
- Na medida do possível, sim – respondeu, enquanto remexia o café aguado, sem muita animação.
- Vocês vão continuar se vendo?
- Franco, porque tanto interesse?
- Por que eu sou seu amigo e estou vendo que você está triste. Mas se você não quiser falar sobre o assunto, tudo bem.
- Desculpe... Estou triste mesmo.
Franco resolveu não perguntar mais nada e deixar que ela tomasse a iniciativa. Após alguns segundos de silencio, Sílvia acabou por desabafar:
- Eu me apaixonei por ele... Acho que ele também está gostando de mim. Estou pensando em me jogar de cabeça nesta relação. Com isso vou acabar mudando todo o rumo da minha vida, mas tenho medo do que me espera. E se não der certo? Se ele me deixar? A gente teve tão pouco tempo para se conhecer. Por outro lado, eu sempre racionalizei tanto a minha vida e vivia reclamando da solidão e da falta de um companheiro. De repente, o Roberto apareceu e tudo virou de cabeça para o ar. De uma hora para outra descubro que ele não mora aqui, que é um rico empresário e... – não pode mais segurar as lágrimas que passaram a escorrer lentamente por sua face.
Franco alcançou-lhe um lenço de papel e tentou consolá-la:
- Sílvia, acho que conselhos nesta hora não ajudam muito. Só atrapalham. Se você está realmente apaixonada e acha que vale a pena investir neste cara, vai em frente. Aqui em Valverde você sempre terá um lugar reservado. Todos te conhecem. Se as coisas não correrem direito com o Roberto, você volta para cá, para os seus amigos.
- É isso que estou pensando desde que ele partiu. O meu coração diz que vale a pena. Eu preciso tentar... Entende?
- Entendo. Vá em frente com seus planos. O velho Franco vai ficar aqui esperando com o seu ombro, caso não de certo. Também posso ir lá tirar satisfações dele, se ele aprontar muito com você. Afinal eu participei do início deste romance. Tenho meus direitos de padrinho – disse isso, fazendo uma cara de zangado, que acabou por arrancar um sorriso dos lábios de Sílvia.
- Puxa, Franco. Obrigada pelo apoio. Eu sei que posso contar com você.
Neste momento o rádio, na cintura de Franco, deu um sinal que estavam chamando.
- Alô? Pode falar.
- Um chamado na Rua Sete de Setembro, número 19. Mulher de 50 anos, queixando-se de dores no peito, suores frios e dizendo que não consegue engolir, porque tem uma “bola” na garganta que a sufoca.
- Ok! Já estamos indo!
Olhou para Sílvia com um sorrisinho irônico.
- Parece que temos mais um faniquito à vista. Araújo, põe na nossa conta! – gritou para o dono do bar.
- De repente, pode ser alguma coisa séria, Franco. A gente não pode perder a esperança... Vamos logo! – disse Sílvia retribuindo o sorriso, já se levantando e caminhando em direção a porta do bar.
Saíram correndo e pegaram a ambulância. Ligaram a sirene e partiram em direção a Rua Sete de Setembro.

(continua...)



O que o futuro reserva para nossa heroína? Será que os medos dela têm algum fundamento? Aguardem...rsrsrs
Beijos!

2 comentários:

  1. Que curiosidade... quero saber tudo!!!
    Bjão, Rosane!

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  2. Eu também estou super curiosa, o que será que nos aguarda???
    Só sei que com certeza deve ser uma continuação envolvente e maravilhosa!
    Um cheiro Rô!

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Cantinho do Leitor
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