Voltei! Desculpem a demora em postar a continuação deste romance. Volto com algumas novidades. A pedido da Carel, vou colocar algumas fotos que representem alguns dos personagens nesta estória, da mesma maneira que fiz em "Um Amor no Deserto". Ainda estou na dúvida de quem seria mais indicada para o papel de Luísa. Aceito sugestões, queridas! Também deixarei dois vídeos com músicas que aparecerão nesta postagem. Mais uma vez agradeço pela paciência em esperar pela continuação e pelos comentários e recadinhos.
Beijo grande a todas vocês!
ROBERT
Os últimos raios de sol despediam-se dos vales dos Cárpatos, refugiando-se atrás de pesadas nuvens cinzentas, que anunciavam uma tempestade de verão que deveria chegar no meio da noite. O movimento nas ruas de Mircea começava a diminuir, os poucos comerciantes já davam por encerrado o seu dia de trabalho e as luzes das ruas e de algumas casas já começavam a reverenciar a noite. Robert assistia a este bucólico espetáculo tentando apaziguar a ansiedade que segurava no peito. Temia que Luísa não aparecesse ao encontro. Não se lembrava de ter ficado desta maneira antes de qualquer outro compromisso com qualquer outra mulher. Não conseguia explicar a si próprio esta agitação íntima. Olhou o relógio de pulso pela enésima vez e constatou, finalmente, ser hora de descer ao saguão para esperá-la. Ao sair no corredor, encontrou com Eric e Cristopher.
ERIC
CRISTOPHER
Parece que temos um compromisso a frente, não é Cris? – falou Eric sorrindo zombeteiramente, indicando Robert com a cabeça.
- E não deve ser com nenhum cavalheiro... – respondeu Cris, com um meio sorriso.
- Está tão aparente assim? – reagiu rindo, olhando para baixo, num gesto que simulava estar conferindo o seu visual.
- Conseguiu encontrar aquela dama misteriosa? – perguntou Eric.
- Este é o meu compromisso de logo mais. Pelo menos assim espero – respondeu enquanto desciam as escadas juntos – E vocês?
- Estamos aguardando a chegada de um velho amigo, que vem nos visitar.
- Ele é daqui?
- Ele é romeno, mas mora fora do país há muitos anos... Na verdade ele está de passagem e, sabendo que estávamos aqui, resolveu desviar-se de sua rota e nos ver – esclareceu Cris.
Tão logo chegaram à recepção, Robert olhou para todos os lados a procura de Luísa. Havia apenas um homem desconhecido conversando com o gerente, provavelmente fazendo uma ficha de hóspede. Ficou decepcionado.
- Bem, parece que o nosso amigo conseguiu achar Mircea – disse Eric, expressando satisfação ao ver o recém-chegado – Venha, Robert, quero apresentá-lo.
Depois de feitas as apresentações, Eric e Cris acompanharam seu amigo até o apartamento, deixando Robert sozinho com sua ansiedade a espera de Luísa junto a entrada do hotel. Já passavam quinze minutos das oito, quando a porta principal se abriu e ela entrou, chamando a atenção dos pouco homens que ali estavam. Linda e elegante, trajava um vestido preto ajustado ao corpo esguio, sem mangas e com um discreto decote quadrado, que tentava esconder seus seios fartos. Os cabelos castanho-escuros estavam presos à nuca, revelando o pescoço delgado, adornado apenas por um fino cordão de ouro. Tinha porte nobre, mas um olhar doce e sensual. O rosto de feições delicadas lembrava aqueles retratos de camafeus antigos. Assim que o viu, encaminhou-se para ele.
- Boa noite. Desculpe o atraso, mas Victor teimou que queria vir junto. Até eu convencê-lo que era um encontro de adultos... – explicou-se, sorrindo timidamente.
- Não tem problema. Não está tão atrasada assim... – tranquilizou-a – Você prefere jantar aqui no hotel ou sugere outro lugar?
-Oh! Eu já jantei... Mas posso acompanhá-lo à mesa – tentou redimir-se ao notar a expressão de desalento no rosto dele.
- Não tem problema. Não estou com muita fome mesmo. Podemos sair, conversar e dançar um pouco. Que tal? Conheço um lugar ótimo – disse animando-se e sorrindo interiormente ao lembrar-se do bar que conhecera no primeiro dia em Mircea. Talvez naquela noite fosse diferente e a frequência de casais aumentasse, aquecendo um pouco a pista de dança que havia lá. Teria música adequada ao que estava imaginando? lembrou repentinamente e corrigiu-se – Talvez não tão ótimo assim...
- Será que existe algum lugar novo por aqui que não conheço? – riu divertida, tentando buscar na memória onde haveria um lugar para se dançar no vilarejo.
- Você me dirá quando chegarmos lá – seu olhar brincou com o dela, fazendo-a arrepiar-se.
Intimamente, Luísa ainda lutava para não se deixar levar por seus desejos e carências, mas já sentia que seria presa fácil daquela armadilha caso não conseguisse manter Robert à distância.
- Estou curiosa em conhecer esta novidade de Mircea – falou, conseguindo disfarçar o tremor da voz, ao mesmo tempo em que aceitava o braço oferecido por Robert para que ela o acompanhasse.
-Vamos, então...
As nuvens densas do entardecer já alcançavam o espaço sobre a cidade, tornando o ar mais pesado e úmido, anunciando o mau tempo nas próximas horas. Já se podia sentir uma aragem quente e abafada circulando entre as ruas e becos, quando eles chegaram ao local escolhido por Robert, despertando uma risada de Luísa, ao ver o seu já conhecido ponto alto da cidade.
- Você conhece algum lugar melhor por aqui? – perguntou ele, um pouco sem jeito pelo sarcasmo percebido naquela risada, mas ao mesmo tempo fascinado ao vê-la sorrir tão descontraidamente. Poderia passar o resto da vida tentando fazê-la rir daquele jeito só para admirar as covinhas em torno da sua boca e o brilho de seus olhos.
- Perdoe-me, Robert. Não queria deixá-lo envergonhado, mas é que ... Deixe para lá. Bobagem minha. Temos que reconhecer que nossa cidade não está muito bem adaptada para vida noturna. Não é uma tradição aqui os casais saírem para divertirem-se à noite, nem mesmo nos finais de semana. As festas locais costumam ser ao ar livre e as danças mais comuns são as folclóricas.Talvez porque a população jovem parta muito cedo daqui, à procura de oportunidades nos centros maiores.
- Se quiser ir para outro local... – falou com certa irritação. Seria bem diferente se estivessem em Londres.
- Não – ela o interrompeu, apertando mais o seu braço e puxando-o para dentro do bar – Vamos entrar e conversar. Não é isso que você quer?
- É... – confirmou, seguindo-a.
O movimento no interior da casa noturna não era maior que o da noite em que Robert estivera lá, a não ser pela presença de duas mulheres de aspecto suspeito, maquiagens pesadas e saias mais curtas que o habitual. Assim como Gabriele, Luísa chamou a atenção em sua entrada, mas logo foi esquecida pelos olhares curiosos.
Ele escolheu a mesma mesa em que sentara com Eric e Cris, por estar vazia e por encontrar-se próxima à pista.
- Parece que você está determinado a dançar hoje. Não sei se eles terão músicas adequadas ao que você deve estar acostumado
- Pode ser que eu ainda tenha chance de contar com minha sorte hoje...
Ela retribuiu o seu sorriso, apesar de tentar fugir daquele olhar que a desconcertava.
Aborrecido, após receber a notícia de que não havia nenhum tipo de espumante na casa, acabou por decidir-se por uma das duas opções de vinho oferecidas pelo garçom. Pediu o vinho branco, Sauvignon Blanc, produzido na região e, para acompanhar, uma tábua de queijos romenos, dos quais que já ouvira alguns elogios. Feito seu pedido e dispensado o garçom, Robert voltou sua atenção para Luísa.
- Queria te agradecer por ter aceitado meu convite.
- Não precisa agradecer. Você salvou a vida do meu filho e vou ser eternamente grata a você.
- É só por isso que você aceitou vir encontrar-se comigo?
- Teria algum outro motivo? – perguntou, baixando o olhar para suas mãos que estavam perdidas sobre a mesa, evitando encará-lo e demonstrar que tinha inúmeros motivos para estar ali, sendo que todos lhe eram proibidos.
- Luísa, sei que vai parecer uma cantada antiga e sem graça, mas tenho a nítida impressão de que já nos conhecemos. Você não sente isso também? – perguntou colocando sua mão sobre as dela.
- Não. Eu nunca saí da Romênia – mentiu.
- Tem certeza? Nunca viajou para a Grécia?Não fez nenhum cruzeiro há alguns anos?
Luísa sentiu a alma gelar. Como ele podia lembrar-se?
- Certeza, Robert. Nunca nos vimos antes – foi categórica.
Ele a fitou, frustrado com as suas respostas, apesar de desconfiar que ela escondesse alguma coisa. Resolveu mudar de assunto, pelo menos momentaneamente, para não pressioná-la. Não queria estragar aquela oportunidade de tê-la tão próxima.
- Você nunca pensou em sair daqui?
- Sair? Por quê? Eu gosto muito do lugar onde moro. Adoro sentir a natureza ao meu redor. Não sei se me acostumaria com o movimento das grandes cidades. Além disso, sou pintora e gosto de colocar em minhas telas as cores e os movimentos destas paisagens.
- Não me lembro de ter visto nenhuma galeria de arte por aqui. Seria frustrante não ter onde expor o seu trabalho.
- Tenho um marchand, o senhor Zimbro, que me ajuda com a divulgação de meu trabalho. Eu mando as telas para ele em Budapest e ele as encaminha para exposições de arte lá e em outros locais da Europa.
- Você havia me dito que nunca saíra da Romênia.
- Eu o conheci quando fazia o meu curso de Artes na nossa capital e ele fazia o seu tour anual para descobrir novos talentos artísticos.
- Adoraria conhecer o seu trabalho.
- Claro. Podemos combinar um dia em que você esteja numa folga das filmagens – sugeriu, rogando para que ele esquecesse o convite – Você deve ter uma vida bem agitada com a carreira de ator – tentou mudar de assunto.
- Como sabe que sou ator?
Luísa percebeu que devia cuidar com o que dizia. Rapidamente pensou numa desculpa para o seu conhecimento. Delicadamente desprendeu suas mãos das dele, jogando-se para trás, ficando ereta junto ao espaldar da cadeira.
- O que mais seria tendo em vista que está acompanhando uma equipe de filmagem em nossa terra?
- Eu poderia ser fotógrafo, cinegrafista, diretor ou produtor...
- Na verdade, quem me falou sobre o seu trabalho foi Cássia – disse, sorridente e aliviada por lembrar o encontro dele e do diretor Fetter com Cássia à tarde. Tinha ouvido as apresentações e a conversa entre eles.
- Cássia e você são parentes?
- Somos primas e herdamos o castelo de nosso tio.
Foram interrompidos pela chegada do vinho e das taças. Robert ocupou-se em servi-los, dispensando o atendente.
- Vamos fazer um brinde? – sugeriu, erguendo a taça na direção dela.
- Vamos brindar a quê? – perguntou elevando a sua taça também e sorrindo surpresa.
- Ao início de uma amizade ou... de algo mais?
- À amizade – brindou, esforçando-se para conter o tremor dos joelhos, e deu uma bebericada de sua taça.
- Quem é o pai de Victor? – indagou enquanto colocava um pedaço de queijo de cabra na boca. Esta era uma pergunta que insistia em incomodá-lo desde que soube que o garoto era filho dela.
Luísa contraiu-se toda ao ouvir a pergunta direta, deixando cair a taça de vinho, que ainda segurava, sobre a mesa. Foi pega de surpresa e sua mente tentava achar uma resposta desesperadamente.
- Era. Ele morreu – foi o que conseguiu responder, enquanto buscava compor um suposto pai para seu filho e secava o vinho derramado com os guardanapos de papel que estavam ao seu alcance, com a ajuda de Robert – Não era daqui. Veio passar as férias na Romênia e nos conhecemos. Não chegou a saber que eu estava grávida. O avião em que voltava para sua terra caiu. Nossa, que história mais dramática, pensou.
- Sinto muito. Ele era de onde?
- Era francês – inventou na hora – De Paris.
- Sorte sua não ter voltado com ele.
- Foi uma aventura de verão, que resultou em algo muito bom.
- Não consigo imaginá-la como mulher para uma simples aventura, Luísa.
Ela engoliu em seco. Agora ele a tomaria por promíscua. Talvez fosse melhor assim, refletiu.
- Aconteceu. Não deverá acontecer mais – disse olhando para ele o mais friamente possível.
- Isto é um recado para mim?
- Talvez. Acho que sim, se é o que tem em mente... Uma aventura de verão.
- E se eu não pretender apenas uma aventura?
Luísa começava a ficar nervosa com o andamento daquela conversa.
- Robert, sei onde pretende chegar, mas já lhe aviso que posso ser apenas sua amiga enquanto estiver aqui. Não tenha nenhuma outra pretensão – seu peito parecia prestes a explodir, tanto desejo e amor contidos por aquele homem a sua frente, mas que não podia deixar transparecer.
- Não pretendo forçá-la a nada, Luísa. Estamos apenas conversando. Relaxe. Você me parece muito tensa – disse tocando-lhe a mão novamente – Que tal dançarmos um pouco? Vou ver o que eles podem nos oferecer em termos musicais.
Levantou-se e foi até o balcão. Conversou um pouco com o proprietário do bar e pareceram entrar em algum tipo de acordo. Voltou a mesa e, ainda de pé, ofereceu sua mão para ajudá-la a levantar-se.
- Vamos dançar?
- Eu tenho como negar? – Luísa estremeceu ao lembrar a noite em que dançaram juntos pela primeira vez no cruzeiro e das palavras trocadas, idênticas às de agora.
- Não – intimando-a, teve novamente a sensação de que já tinha vivido semelhante momento com ela no passado.
Na pista, tornaram-se alvo dos olhares do reduzido público presente no bar. Foi quando começou a tocar a música de Frank Sinatra, “Fly Me To The Moon”. Robert segurou-a pela cintura e aproximou-a de seu corpo. Sorrindo, disse num sussurro junto ao seu ouvido, provocando-lhe cócegas:
- O mais próximo de músicas para dançar que ele tinha aqui era um CD de Frank Sinatra. Um pouco brega para o meu gosto, mas interessante. Você gosta?
- Gosto... – respondeu, iniciando a sua viagem para a Lua nos braços de Robert.
Tentou fugir daqueles olhos azul-esverdeados que não cansavam de analisá-la, mas não resistiu. Acabou perdendo-se no olhar e na música, que parecia ter sido escolhida de propósito para ela. Flutuando ao seu ritmo, a letra da canção traduzia o que ela mais gostaria de dizer e fazer. Já sem forças para resistir àquele chamado, acabou deitando a cabeça sobre o peito de Robert, que a cingiu um pouco mais forte. As pessoas, as mesas, as cadeiras, as ruas, as trovoadas e raios, que clareavam a noite a intervalos cada vez menores, desapareceram no ritmo da dança. Quando os acordes e a voz de Sinatra chegaram ao fim, Robert beijou seus cabelos acima da testa, tirando-a de seus devaneios e fazendo-a olhar para ele, com expressão lânguida. Ele foi aproximando-se lentamente de seu rosto, até que seus lábios se tocaram. Notando que ela não apresentava resistência alguma, aprofundou-se, tornando o leve roçar, num beijo mais intenso, caloroso e invasivo. Luísa não pode mais evitar que suas mãos se unissem em torno do pescoço de Robert, depois de contornar os músculos de seus ombros, acariciando-os. Sentiu as carícias dele em suas costas, apertando-a contra si, como se quisesse fundir-se a ela.
Nunca tinha sentido tamanha atração por uma mulher. Luísa lhe tirava o fôlego e a sanidade mental. Desejava-a mais do que nunca. E não era apenas por uma noite ou uma aventura de verão...
Então começou a música seguinte do CD – My One and Only Love. Imediatamente Luísa reconheceu a melodia que ela dançara naquela noite no baile do comandante do transatlântico, na viagem às ilhas gregas. Olhou para Robert e notou que ele também se lembrara de algo. Ela sentiu medo do que estava por vir. Seu temor foi encoberto pela forte trovoada que se fez ouvir muito próxima. O vento nas ruas aumentou e a tempestade era iminente.
- Acho que é melhor irmos embora. A chuva não tarda – rogou-lhe Luísa, parando de dançar e colocando as mãos em seu peito para afastá-lo.
- Não. Vamos continuar aqui – insistiu, mantendo-a junto a si - Ainda não terminamos o vinho e, se sairmos agora, certamente acabaremos molhados. Já me disseram que este tipo de tempestade dura apenas alguns minutos. Além disso, a nossa noite apenas está começando...
Sem forças para resistir, ela acabou concordando.
Ao fim de mais dois sucessos românticos de Sinatra, Robert só pensava em ficar sozinho com Luísa.
- Vamos para o hotel? – perguntou com voz mais rouca que o habitual.
- O quê? – perguntou inebriada. Já sentia o efeito das duas taças de vinho que havia se forçado a tomar para acompanhar Robert.
- Quero ficar com você a sós.
- Não acho uma boa idéia... – disse, sentindo que seu autocontrole já estava em frangalhos. Talvez fosse hora de despedir-se. Seria o mais sensato a fazer.
- Do que você tem medo?
- Tenho medo do que sinto por você. Acho que estamos indo muito rápido. Eu preciso de um tempo...
Irritado com a recusa dela, que lhe caiu como um balde de água fria, tornou-se sério.
- Raios, mulher! – esbravejou com a boca semicerrada – Você me deixa a ponto de querer possuí-la em público e agora me descarta?
Fechou os olhos tentando controlar suas emoções e acabou por dizer:
- Não vou incomodá-la mais. Saberá onde me encontrar esta semana. Quando estiver livre de seus medos, me procure – disse com rispidez.
- Robert... – ela balbuciou, surpresa com a mudança de humor que provocara nele.
- Onde está o seu carro?
- Está na rua defronte ao seu hotel – respondeu de imediato.
- Eu a levo até lá. Aguarde-me um momento – ordenou secamente.
Ele a deixou no meio da pista de dança e foi até o balcão para encerrar sua conta. Seguiu-o cabisbaixa e logo estavam na rua, a caminho do hotel.
- E não deve ser com nenhum cavalheiro... – respondeu Cris, com um meio sorriso.
- Está tão aparente assim? – reagiu rindo, olhando para baixo, num gesto que simulava estar conferindo o seu visual.
- Conseguiu encontrar aquela dama misteriosa? – perguntou Eric.
- Este é o meu compromisso de logo mais. Pelo menos assim espero – respondeu enquanto desciam as escadas juntos – E vocês?
- Estamos aguardando a chegada de um velho amigo, que vem nos visitar.
- Ele é daqui?
- Ele é romeno, mas mora fora do país há muitos anos... Na verdade ele está de passagem e, sabendo que estávamos aqui, resolveu desviar-se de sua rota e nos ver – esclareceu Cris.
Tão logo chegaram à recepção, Robert olhou para todos os lados a procura de Luísa. Havia apenas um homem desconhecido conversando com o gerente, provavelmente fazendo uma ficha de hóspede. Ficou decepcionado.
- Bem, parece que o nosso amigo conseguiu achar Mircea – disse Eric, expressando satisfação ao ver o recém-chegado – Venha, Robert, quero apresentá-lo.
Depois de feitas as apresentações, Eric e Cris acompanharam seu amigo até o apartamento, deixando Robert sozinho com sua ansiedade a espera de Luísa junto a entrada do hotel. Já passavam quinze minutos das oito, quando a porta principal se abriu e ela entrou, chamando a atenção dos pouco homens que ali estavam. Linda e elegante, trajava um vestido preto ajustado ao corpo esguio, sem mangas e com um discreto decote quadrado, que tentava esconder seus seios fartos. Os cabelos castanho-escuros estavam presos à nuca, revelando o pescoço delgado, adornado apenas por um fino cordão de ouro. Tinha porte nobre, mas um olhar doce e sensual. O rosto de feições delicadas lembrava aqueles retratos de camafeus antigos. Assim que o viu, encaminhou-se para ele.
- Boa noite. Desculpe o atraso, mas Victor teimou que queria vir junto. Até eu convencê-lo que era um encontro de adultos... – explicou-se, sorrindo timidamente.
- Não tem problema. Não está tão atrasada assim... – tranquilizou-a – Você prefere jantar aqui no hotel ou sugere outro lugar?
-Oh! Eu já jantei... Mas posso acompanhá-lo à mesa – tentou redimir-se ao notar a expressão de desalento no rosto dele.
- Não tem problema. Não estou com muita fome mesmo. Podemos sair, conversar e dançar um pouco. Que tal? Conheço um lugar ótimo – disse animando-se e sorrindo interiormente ao lembrar-se do bar que conhecera no primeiro dia em Mircea. Talvez naquela noite fosse diferente e a frequência de casais aumentasse, aquecendo um pouco a pista de dança que havia lá. Teria música adequada ao que estava imaginando? lembrou repentinamente e corrigiu-se – Talvez não tão ótimo assim...
- Será que existe algum lugar novo por aqui que não conheço? – riu divertida, tentando buscar na memória onde haveria um lugar para se dançar no vilarejo.
- Você me dirá quando chegarmos lá – seu olhar brincou com o dela, fazendo-a arrepiar-se.
Intimamente, Luísa ainda lutava para não se deixar levar por seus desejos e carências, mas já sentia que seria presa fácil daquela armadilha caso não conseguisse manter Robert à distância.
- Estou curiosa em conhecer esta novidade de Mircea – falou, conseguindo disfarçar o tremor da voz, ao mesmo tempo em que aceitava o braço oferecido por Robert para que ela o acompanhasse.
-Vamos, então...
As nuvens densas do entardecer já alcançavam o espaço sobre a cidade, tornando o ar mais pesado e úmido, anunciando o mau tempo nas próximas horas. Já se podia sentir uma aragem quente e abafada circulando entre as ruas e becos, quando eles chegaram ao local escolhido por Robert, despertando uma risada de Luísa, ao ver o seu já conhecido ponto alto da cidade.
- Você conhece algum lugar melhor por aqui? – perguntou ele, um pouco sem jeito pelo sarcasmo percebido naquela risada, mas ao mesmo tempo fascinado ao vê-la sorrir tão descontraidamente. Poderia passar o resto da vida tentando fazê-la rir daquele jeito só para admirar as covinhas em torno da sua boca e o brilho de seus olhos.
- Perdoe-me, Robert. Não queria deixá-lo envergonhado, mas é que ... Deixe para lá. Bobagem minha. Temos que reconhecer que nossa cidade não está muito bem adaptada para vida noturna. Não é uma tradição aqui os casais saírem para divertirem-se à noite, nem mesmo nos finais de semana. As festas locais costumam ser ao ar livre e as danças mais comuns são as folclóricas.Talvez porque a população jovem parta muito cedo daqui, à procura de oportunidades nos centros maiores.
- Se quiser ir para outro local... – falou com certa irritação. Seria bem diferente se estivessem em Londres.
- Não – ela o interrompeu, apertando mais o seu braço e puxando-o para dentro do bar – Vamos entrar e conversar. Não é isso que você quer?
- É... – confirmou, seguindo-a.
O movimento no interior da casa noturna não era maior que o da noite em que Robert estivera lá, a não ser pela presença de duas mulheres de aspecto suspeito, maquiagens pesadas e saias mais curtas que o habitual. Assim como Gabriele, Luísa chamou a atenção em sua entrada, mas logo foi esquecida pelos olhares curiosos.
Ele escolheu a mesma mesa em que sentara com Eric e Cris, por estar vazia e por encontrar-se próxima à pista.
- Parece que você está determinado a dançar hoje. Não sei se eles terão músicas adequadas ao que você deve estar acostumado
- Pode ser que eu ainda tenha chance de contar com minha sorte hoje...
Ela retribuiu o seu sorriso, apesar de tentar fugir daquele olhar que a desconcertava.
Aborrecido, após receber a notícia de que não havia nenhum tipo de espumante na casa, acabou por decidir-se por uma das duas opções de vinho oferecidas pelo garçom. Pediu o vinho branco, Sauvignon Blanc, produzido na região e, para acompanhar, uma tábua de queijos romenos, dos quais que já ouvira alguns elogios. Feito seu pedido e dispensado o garçom, Robert voltou sua atenção para Luísa.
- Queria te agradecer por ter aceitado meu convite.
- Não precisa agradecer. Você salvou a vida do meu filho e vou ser eternamente grata a você.
- É só por isso que você aceitou vir encontrar-se comigo?
- Teria algum outro motivo? – perguntou, baixando o olhar para suas mãos que estavam perdidas sobre a mesa, evitando encará-lo e demonstrar que tinha inúmeros motivos para estar ali, sendo que todos lhe eram proibidos.
- Luísa, sei que vai parecer uma cantada antiga e sem graça, mas tenho a nítida impressão de que já nos conhecemos. Você não sente isso também? – perguntou colocando sua mão sobre as dela.
- Não. Eu nunca saí da Romênia – mentiu.
- Tem certeza? Nunca viajou para a Grécia?Não fez nenhum cruzeiro há alguns anos?
Luísa sentiu a alma gelar. Como ele podia lembrar-se?
- Certeza, Robert. Nunca nos vimos antes – foi categórica.
Ele a fitou, frustrado com as suas respostas, apesar de desconfiar que ela escondesse alguma coisa. Resolveu mudar de assunto, pelo menos momentaneamente, para não pressioná-la. Não queria estragar aquela oportunidade de tê-la tão próxima.
- Você nunca pensou em sair daqui?
- Sair? Por quê? Eu gosto muito do lugar onde moro. Adoro sentir a natureza ao meu redor. Não sei se me acostumaria com o movimento das grandes cidades. Além disso, sou pintora e gosto de colocar em minhas telas as cores e os movimentos destas paisagens.
- Não me lembro de ter visto nenhuma galeria de arte por aqui. Seria frustrante não ter onde expor o seu trabalho.
- Tenho um marchand, o senhor Zimbro, que me ajuda com a divulgação de meu trabalho. Eu mando as telas para ele em Budapest e ele as encaminha para exposições de arte lá e em outros locais da Europa.
- Você havia me dito que nunca saíra da Romênia.
- Eu o conheci quando fazia o meu curso de Artes na nossa capital e ele fazia o seu tour anual para descobrir novos talentos artísticos.
- Adoraria conhecer o seu trabalho.
- Claro. Podemos combinar um dia em que você esteja numa folga das filmagens – sugeriu, rogando para que ele esquecesse o convite – Você deve ter uma vida bem agitada com a carreira de ator – tentou mudar de assunto.
- Como sabe que sou ator?
Luísa percebeu que devia cuidar com o que dizia. Rapidamente pensou numa desculpa para o seu conhecimento. Delicadamente desprendeu suas mãos das dele, jogando-se para trás, ficando ereta junto ao espaldar da cadeira.
- O que mais seria tendo em vista que está acompanhando uma equipe de filmagem em nossa terra?
- Eu poderia ser fotógrafo, cinegrafista, diretor ou produtor...
- Na verdade, quem me falou sobre o seu trabalho foi Cássia – disse, sorridente e aliviada por lembrar o encontro dele e do diretor Fetter com Cássia à tarde. Tinha ouvido as apresentações e a conversa entre eles.
- Cássia e você são parentes?
- Somos primas e herdamos o castelo de nosso tio.
Foram interrompidos pela chegada do vinho e das taças. Robert ocupou-se em servi-los, dispensando o atendente.
- Vamos fazer um brinde? – sugeriu, erguendo a taça na direção dela.
- Vamos brindar a quê? – perguntou elevando a sua taça também e sorrindo surpresa.
- Ao início de uma amizade ou... de algo mais?
- À amizade – brindou, esforçando-se para conter o tremor dos joelhos, e deu uma bebericada de sua taça.
- Quem é o pai de Victor? – indagou enquanto colocava um pedaço de queijo de cabra na boca. Esta era uma pergunta que insistia em incomodá-lo desde que soube que o garoto era filho dela.
Luísa contraiu-se toda ao ouvir a pergunta direta, deixando cair a taça de vinho, que ainda segurava, sobre a mesa. Foi pega de surpresa e sua mente tentava achar uma resposta desesperadamente.
- Era. Ele morreu – foi o que conseguiu responder, enquanto buscava compor um suposto pai para seu filho e secava o vinho derramado com os guardanapos de papel que estavam ao seu alcance, com a ajuda de Robert – Não era daqui. Veio passar as férias na Romênia e nos conhecemos. Não chegou a saber que eu estava grávida. O avião em que voltava para sua terra caiu. Nossa, que história mais dramática, pensou.
- Sinto muito. Ele era de onde?
- Era francês – inventou na hora – De Paris.
- Sorte sua não ter voltado com ele.
- Foi uma aventura de verão, que resultou em algo muito bom.
- Não consigo imaginá-la como mulher para uma simples aventura, Luísa.
Ela engoliu em seco. Agora ele a tomaria por promíscua. Talvez fosse melhor assim, refletiu.
- Aconteceu. Não deverá acontecer mais – disse olhando para ele o mais friamente possível.
- Isto é um recado para mim?
- Talvez. Acho que sim, se é o que tem em mente... Uma aventura de verão.
- E se eu não pretender apenas uma aventura?
Luísa começava a ficar nervosa com o andamento daquela conversa.
- Robert, sei onde pretende chegar, mas já lhe aviso que posso ser apenas sua amiga enquanto estiver aqui. Não tenha nenhuma outra pretensão – seu peito parecia prestes a explodir, tanto desejo e amor contidos por aquele homem a sua frente, mas que não podia deixar transparecer.
- Não pretendo forçá-la a nada, Luísa. Estamos apenas conversando. Relaxe. Você me parece muito tensa – disse tocando-lhe a mão novamente – Que tal dançarmos um pouco? Vou ver o que eles podem nos oferecer em termos musicais.
Levantou-se e foi até o balcão. Conversou um pouco com o proprietário do bar e pareceram entrar em algum tipo de acordo. Voltou a mesa e, ainda de pé, ofereceu sua mão para ajudá-la a levantar-se.
- Vamos dançar?
- Eu tenho como negar? – Luísa estremeceu ao lembrar a noite em que dançaram juntos pela primeira vez no cruzeiro e das palavras trocadas, idênticas às de agora.
- Não – intimando-a, teve novamente a sensação de que já tinha vivido semelhante momento com ela no passado.
Na pista, tornaram-se alvo dos olhares do reduzido público presente no bar. Foi quando começou a tocar a música de Frank Sinatra, “Fly Me To The Moon”. Robert segurou-a pela cintura e aproximou-a de seu corpo. Sorrindo, disse num sussurro junto ao seu ouvido, provocando-lhe cócegas:
- O mais próximo de músicas para dançar que ele tinha aqui era um CD de Frank Sinatra. Um pouco brega para o meu gosto, mas interessante. Você gosta?
- Gosto... – respondeu, iniciando a sua viagem para a Lua nos braços de Robert.
Tentou fugir daqueles olhos azul-esverdeados que não cansavam de analisá-la, mas não resistiu. Acabou perdendo-se no olhar e na música, que parecia ter sido escolhida de propósito para ela. Flutuando ao seu ritmo, a letra da canção traduzia o que ela mais gostaria de dizer e fazer. Já sem forças para resistir àquele chamado, acabou deitando a cabeça sobre o peito de Robert, que a cingiu um pouco mais forte. As pessoas, as mesas, as cadeiras, as ruas, as trovoadas e raios, que clareavam a noite a intervalos cada vez menores, desapareceram no ritmo da dança. Quando os acordes e a voz de Sinatra chegaram ao fim, Robert beijou seus cabelos acima da testa, tirando-a de seus devaneios e fazendo-a olhar para ele, com expressão lânguida. Ele foi aproximando-se lentamente de seu rosto, até que seus lábios se tocaram. Notando que ela não apresentava resistência alguma, aprofundou-se, tornando o leve roçar, num beijo mais intenso, caloroso e invasivo. Luísa não pode mais evitar que suas mãos se unissem em torno do pescoço de Robert, depois de contornar os músculos de seus ombros, acariciando-os. Sentiu as carícias dele em suas costas, apertando-a contra si, como se quisesse fundir-se a ela.
Nunca tinha sentido tamanha atração por uma mulher. Luísa lhe tirava o fôlego e a sanidade mental. Desejava-a mais do que nunca. E não era apenas por uma noite ou uma aventura de verão...
Então começou a música seguinte do CD – My One and Only Love. Imediatamente Luísa reconheceu a melodia que ela dançara naquela noite no baile do comandante do transatlântico, na viagem às ilhas gregas. Olhou para Robert e notou que ele também se lembrara de algo. Ela sentiu medo do que estava por vir. Seu temor foi encoberto pela forte trovoada que se fez ouvir muito próxima. O vento nas ruas aumentou e a tempestade era iminente.
- Acho que é melhor irmos embora. A chuva não tarda – rogou-lhe Luísa, parando de dançar e colocando as mãos em seu peito para afastá-lo.
- Não. Vamos continuar aqui – insistiu, mantendo-a junto a si - Ainda não terminamos o vinho e, se sairmos agora, certamente acabaremos molhados. Já me disseram que este tipo de tempestade dura apenas alguns minutos. Além disso, a nossa noite apenas está começando...
Sem forças para resistir, ela acabou concordando.
Ao fim de mais dois sucessos românticos de Sinatra, Robert só pensava em ficar sozinho com Luísa.
- Vamos para o hotel? – perguntou com voz mais rouca que o habitual.
- O quê? – perguntou inebriada. Já sentia o efeito das duas taças de vinho que havia se forçado a tomar para acompanhar Robert.
- Quero ficar com você a sós.
- Não acho uma boa idéia... – disse, sentindo que seu autocontrole já estava em frangalhos. Talvez fosse hora de despedir-se. Seria o mais sensato a fazer.
- Do que você tem medo?
- Tenho medo do que sinto por você. Acho que estamos indo muito rápido. Eu preciso de um tempo...
Irritado com a recusa dela, que lhe caiu como um balde de água fria, tornou-se sério.
- Raios, mulher! – esbravejou com a boca semicerrada – Você me deixa a ponto de querer possuí-la em público e agora me descarta?
Fechou os olhos tentando controlar suas emoções e acabou por dizer:
- Não vou incomodá-la mais. Saberá onde me encontrar esta semana. Quando estiver livre de seus medos, me procure – disse com rispidez.
- Robert... – ela balbuciou, surpresa com a mudança de humor que provocara nele.
- Onde está o seu carro?
- Está na rua defronte ao seu hotel – respondeu de imediato.
- Eu a levo até lá. Aguarde-me um momento – ordenou secamente.
Ele a deixou no meio da pista de dança e foi até o balcão para encerrar sua conta. Seguiu-o cabisbaixa e logo estavam na rua, a caminho do hotel.
FLY ME TO THE MOON
MY ONE AND ONLY LOVE
Oi,Rosane!!!!
ResponderExcluirQue cap.é este, foi maravilhoso,estava ansiosa pra ler.Quando estava ficando bom acabou,posta logo.
Meu Deus este Robert é demais,será que ele vai se lembrar de tudo?
Tomara que Luisa e ele se acertem e ela conte logo que o menino é filho dele.
Bjs,
Cris.
Aaaaaaaaaai!
ResponderExcluirEstou ficando nervosa! Dificilmente resistiria a um chega mais desses, de uma Robert desses... Méldélzzzz...
Estou muito ansiosa pelas cenas dos pró0ximos capítulos...
Bjim minha escritora predileta♥
PS: Ah! Não querendo ser enxerida, mas já sendo, achei uma imagem que casa um bocado com sua descrição de Luísa. É a atriz Mariana Klaveno. O link da foto dela:
http://www.trueblood-online.com/wp-content/uploads/2009/06/57644756shadaliza610200925515am.jpg
Carel disse:
ResponderExcluirQue??????? Pque parou?Parou pque?? Guria, qdo eu tava a ponto de pular da cadeira o capitulo acaba..ah... não seja malvada assim... Ah,e fiquei muito feliz que tu tenha curtido minha idéia ( embora tu já tivesse pensando nisso..hehe.. guria esperta..kkk)Com as fotos a gente pode ter uma idéia melhor de quem tu imaginaria qdo escreve... Tá muito bom mesmooooooo... E please, não demora a postar o proximo capitulo, please...Ah, e por falar em fotinhos...o Eric é tudodibom.com...hehe.. O Robert dispensa comentários né???kkk Beijocas flor!!!Vou pensar numa atriz que ficaria bem como a Luisa....E depois falo....
Só no post anterior vi onde tinha que ir pra poder comentar dããããã não comentei mas tô acompanhando essa história desde o início.
ResponderExcluirpô, pq que tem que ser assim? fala sério, resistir a uma criatura dessas pra quê??
e tu faz de propósito, né? termina o capítulo estrategicamente pra gente querer mais... danada!!!! rs
tá mto bom, querida, continua assim!!!!!
bjs
Thaís
Ai que "nivrusia", agora com as fisionomias dos nossos vampiros tomando forma, nossa! A coisa vai ficar ainda mais periquitante! Amo David Boreanaz (Cris)e o Alex OLoughlin (Eric), menina só tem "homibão". Que delícia! Aff... Sabe que gostei da perde de paciência do Bob? Isso mesmo, o cara, tá lindão, poderosão e a guria fazendo doce? É claro que nós sabemos, tadinha, o porque, mas ele não sabe né? Pelo visto não está acostumado a se fazerem de difícil! E este amigo misterioso hein? Ai! Tô ficando ainda mais tensa! Naturalmente o Cris também deve ser um vampiro, né? Arg! Hoje eu acho que comi doce demais, tô muito agitada, perguntando demais!!!!!
ResponderExcluirMas isso porque estou amando o texto viu preciosa!
Parabéns!
Bjks
Rosane!!!
ResponderExcluirComo vc postou a foto do ator que fez o Mick St.John de Moonlight para o papel do Eric, eu acho que ficaria legal para a Luisa a atriz Sophia Myles que tb trabalhou em Moonlight como
Beth Turner.
http://sophia-media.org/photo/displayimage.php?pos=-604
Ai... ai... Robert... Que sonho... Esses olhinhos verdes tão penetrantes...
ResponderExcluirAmiga, mas o que é isso?!! Uma união de deuses?!! Estou em cólicas!!! Eu adorava assistir Buffy, só para ficar olhando o Angel... hihihi... E depois passei a seguir a série dele tb, fiquei com um nó na garganta quando a terminaram. E tb segui moonlight, pena que foi tão curta a série, ao menos na minha conexão não está mais passando. Acho incrível como essas séries de vampiros me atraem, todo esse lado misterioso, as roupas que eles usam, uma certa melancolia no ar, o romantismo, tudo isso me fascina, sei lá porque. Dá uma vontade de dar... colinho pra esses vampiros tão atraentes...
Agora, o Robert... Ai... ai..., melhor não há!!!
Imagina só, dançar com ele, ficar novamente com o corpo tão próximo ao dele... mas tem que ser muito santa para não desabar...
São tão bonitas essas músicas!
Achei o Robert um pouco grosso, não gostei da atitude dele. Ta certo que a Luiza não é fácil, deu corda e deixou o pobre se enforcar, mas é um direito dela tentar se preservar um pouco, conhecê-lo melhor para depois ter um relação mais íntima. De certo, o Robert, como é bonitão, galã, bem sucedido, não está acostumado a ser contido em seus impulsos.
Beijinhos.