sábado, 21 de abril de 2012

O Vampiro de Edimburgo - Capítulo IV

by Kodama e Fantin


Estava intrigada com o tal milionário Sinclair que eu conhecera no dia anterior. Reconheci nele o homem que eu havia visto com Dominic na Catedral, antes da festa. Naquele final de tarde, retornara ao apartamento, encontrando apenas Leonora, assistindo TV enquanto tentava resolver exercícios de matemática. Chateada percebi que o tempo para meu protegido passara mais rapidamente que para mim. Concentrei-me para rastreá-lo e o localizei dentro da Catedral de Edimburgo. Me teletransportei para lá, porque era o meio mais rápido e fácil de um anjo se locomover, sem usar as asas.
            Surpreendentemente, cheguei bem a tempo de vê-lo parado dentro da nave, olhando pensativo para o homem alto, vestindo um sobretudo negro com a gola erguida, deixando entrever apenas parte dos cabelos castanho-escuros e levemente anelados. Naquele momento, o estranho estava deixando o templo. Curiosa, segui-o e o vi entrar num luxuoso carro preto, guiado por um motorista muito estranho.
Ainda oculta, me aproximei. O ar parecia mais frio que o indicado nos termômetros da rua e tive a péssima sensação de ser observada por algo nas sombras. O estranho voltou a cabeça na direção da Igreja. Mesmo através da barreira do vidro, pude ver aqueles hipnóticos olhos e me senti como se uma descarga elétrica tivesse me atingido. Fiquei paralisada  por um momento, sem saber que atitude tomar, enquanto o carro se afastava. Tudo o que conseguia ver a  minha frente eram aqueles olhos, verdes e misteriosos, com um brilho de infinita tristeza. Seria ele uma ameaça ao meu protegido? Ele faria parte da missão especial de Dominic? Tantas perguntas e nenhuma resposta satisfatória... Decidi não perturbar Dom em suas orações e fui esperá-lo em sua casa.
Qual não foi minha surpresa, quando chegamos na festa organizada pelo banqueiro, sobre o qual Dom estava escrevendo um artigo, e descobri que ele era o mesmo homem  que eu vira na Catedral.
Sinclair tornara-se um desafio para mim. Apesar de ele tentar disfarçar o poder que tinha de me ver, percebi que ele se divertia diante da minha surpresa ao reconhecer o fato.
Seu olhar me dava calafrios. Ou eu deixara de ser anjo ou os humanos estavam descobrindo seus talentos ocultos, algo que deveria ocorrer em um futuro muito distante. Outro acontecimento colaborou para me deixar ainda mais confusa a respeito desse homem.  Durante a recepção, após inúmeros pedidos de seus convidados, ele brindou a todos com uma curta apresentação. Acompanhado pelo quarteto de cordas que lá  estava, cantou uma linda canção chamada Con Te Partiró. Não posso negar que me senti literalmente nos céus ao ouvi-lo. Algo inacreditável vindo de alguém como ele, o que o tornava ainda mais misterioso.  Não era à toa que Dominic e Leonora estavam encantados com Sinclair;  considerando que até um anjo como eu ficara boquiaberta ouvindo aquela voz...
Jardim do encontro entre os anjos

Deixei os irmãos MacTrevor, ocupados com o desjejum, resolvida a chamar Natanael, o guardião de Leonora, e Yesalel, minha predecessora, para uma reunião de emergência, sem autorização superior. Teletransportei-me para o local do encontro e os chamei telepaticamente. O lugar estava deserto. Parecia um dos inúmeros jardins encontrados no interior dos antigos mosteiros erguidos pelos humanos na Idade Média. Bancos de pedra espalhados entre as árvores e arbustos repletos de flores brancas que exalavam um doce aroma. Este era um dos ambientes intermediários normalmente escolhidos pelos seres celestiais para suas reuniões de lazer ou de “negócios”. Eles pareciam mais agradáveis aos sentidos do que simplesmente a brancura monótona que inundava nossa dimensão.
Natanael surgiu em sua forma mais dramática, encarnando um legítimo cavaleiro do apocalipse. Armadura, asas expostas e espada em punho. Se não fosse tão engraçado, eu tremeria de medo. Mais discreta, surgiu Yesalel, em trajes brancos e vaporosos, face doce, cabelos louros e cacheados, como a maioria das representações feitas pelos humanos em suas obras de arte.
- Ora, ora, se não é Ariel, a rebelde... – foi logo me saudando Natanael.
- Ora, ora, se não é Natanael, o metrossexual dos céus... – redargui com a mesma ironia recebida.
Com uma carranca de meter medo em qualquer demônio, Natanael se aproximou me apontado a espada. Eu estava sentada em um dos bancos e lá fiquei encarando aquela espada muito polida e brilhante a poucos centímetros de meu nariz angelical.
- O que você quer, Ariel?! Não podemos ficar aqui de papo furado com uma encrenqueira como você. Desembucha! – ordenou ele. Em silêncio, Yesalel aproximou-se e o fez afastar a espada, que já estava me deixando nervosa, embora eu jamais fosse admitir tal fato.
Resolvi ir direto ao assunto, afinal eu também não tinha tempo a perder.
- Quero saber todas as informações que puderem me dar a respeito de Dominic MacTrevor – disse olhando agradecida para Yesalel e desafiadora para Natanael.
- Não entendo por que me chamou – argumentou ele com desdém – Minha protegida é Leonora. O que diz respeito ao seu irmão não me compete.
- Não se faça de desentendido. É claro que você deve saber algo que explique as habilidades do irmão da sua tutelada.
- Como o quê, por exemplo? – perguntou com um sorrisinho sarcástico, enquanto Yesalel permanecia como se a conversa não tivesse nada a ver com ela.
 – Por que meu novo tutelado tem uma pasta vermelha, pode me enxergar e falar comigo e em que tipo de confusão está envolvido? – disparei.
- Por que não pergunta a Yesalel? – questionou Natanael, que pareceu repentinamente lembrar-se da presença da protetora anterior de Dominic.
Devolvi o olhar arrogante do anjo.
- Estou perguntando aos dois.
Como Yesalel permanecesse quieta, Natanael tomou a dianteira e respondeu:
- Você deve ter recebido a pasta dele com todas as informações. Não sabe ler? Posso lhe dar algumas aulas, anjinho...
- Engraçadinho... É claro que li a pasta, mas ali só encontrei informações muito vagas... Mas se você, que vive na cola de Leonora por um bom tempo e não sabe de nada interessante, está dispensado – falei em tom de total desprezo e pena.
Tocado em seus brios de anjo guardião, ele não resistiu e começou a soltar o verbo.
- Para começar os MacTrevor descendem de uma antiga linhagem de escoceses que moravam nas Highlands.
- E?...
- Em torno do século XI, os MacTrevor acolheram os sobreviventes de um clã que foi atacado por uma horda de demônios, às margens do Rio Clyde. Poucos sabem sobre esse detalhe da história... Você sabe qual era o nome desse clã? – Notando meu ar de enfado, após alguns segundos de suspense, terminou por revelar. – Sinclair.
Tentei disfarçar minha surpresa, mas ele já tinha notado e sorriu com ar de superioridade.
- Então... Eles podem ser parentes?
- Ariel... Talvez haja algum motivo para não terem lhe dado informações tão básicas a respeito do seu protegido. O que você andou aprontando, docinho? – comentou Natanael.
Tive que engolir a provocação, afinal, ele realmente parecia ter mais informações que eu.
- A pasta que recebi tinha a ficha completa de Dominic, mas acho que algumas informações foram sonegadas e gostaria de saber o porquê. Agora você me diz que Sinclair pertence a um clã que se uniu aos MacTrevor no passado. Mas qual o significado disso?
- Você está supondo isso... Olha, Ariel...Se sua pasta não está tão completa a respeito dele, deveria falar diretamente com o chefe.
Suspirei, entregando os pontos. Até nos céus existem segredos..., pensei.
- Tudo bem. Recebi uma pasta que falava sobre uma pessoa comum  e conheci um homem com poderes raros nos humanos. O nosso chefe não parece muito disposto a me ajudar. Estou perdida e tenho que saber o que está acontecendo para poder fazer bem o meu trabalho. Posso ser rebelde e encrenqueira, como você diz, mas quero o bem para meu protegido. Quero ser capaz de cumprir corretamente minha missão, e não poderei fazer isso sem saber o que vocês sabem. Sendo assim, podem me ajudar? Por favor? – Acho que meu tom de voz absurdamente carente deve ter ajudado, porque os protetores assumiram as formas humanas, que usávamos para nos misturar, e se aproximaram. Finalmente Yesalel parecia disposta a entrar na conversa.
            Em alguns minutos, me inteiraram dos fatos sobre a família MacTrevor. Assim, fiquei sabendo que aqueles dois eram guardiões dos MacTrevor há mais de trezentos anos e que a família era protegida com especial atenção porque algum membro dela seria o escolhido para cumprir uma missão divina. Infelizmente,  eles  desconheciam que tipo de missão era essa e quem era o escolhido. Acabaram por declarar que a minha missão era proteger o meu MacTrevor das forças malignas que tentavam descobrir o escolhido e eliminá-lo. Entretanto, ninguém soube me dizer por que minha pasta tinha informações tão medíocres e porque, afinal, o chefe não me dissera nada relevante sobre aquilo.
            Com um tapinha consolador em minhas costas, Natanael partiu, imediatamente seguido por Yesalel.
            Eu ainda tentava digerir todas as informações quando ouvi um chamado dissimulado bem às minhas costas. Voltei-me. Em meio às brumas e efeitos metamórficos que às vezes usamos para permanecer camuflados, uma mão fez sinal para que eu me aproximasse. Assim que adentrei àquela névoa sobrenatural, pude observar minha companhia oculta. Era Yesalel.
- Por que estamos nos escondendo?! – perguntei.
- Como lhe falamos há pouco, existem forças malignas rondando Dominic e Leonora. Até sabermos exatamente porque e como elas se manifestarão, precisamos ter cuidado...  Ariel, preciso muito falar com você...
 - Por isso pedi essa reunião com você e Natanael, na qual você parecia completamente apática – falei irritada – Por que você foi afastada do caso Dominic, de verdade? – perguntei sem rodeios.
- Ele já lhe disse. – respondeu dando de ombros. – Nos apaixonamos. E meu julgamento pode ter sido ligeiramente afetado por isso. Assim, acho que você foi escolhida por ser exatamente o meu oposto. Eu sou loira, você é morena... Sou baixa, você é alta... Sou obsessiva com meu trabalho e você...
- Ei! Não somos tão diferentes assim nesse aspecto, sabia?! – ambas rimos, quebrando o gelo.
- Ariel, andei fazendo minhas próprias investigações sobre o caso MacTrevor. E com toda essa conversa sobre o defeito insanável da curiosidade e etecetera... Bem, o fato é que penso que Dominic é o escolhido.
- Se ele é o escolhido, estão está correndo perigo simplesmente por existir.
- Exatamente! Por isso não posso abandoná-lo. Tenho uma proposta...
- Qual?
- Vamos trabalhar juntas nesse caso. Você agindo normalmente, como se não soubesse de nada, e eu repassando as informações que conseguir levantar extraoficialmente.
- Ah, claro... E nos intervalos, você e Dom  se encontram para conversas extraoficiais sem monitoramento. – disse brincando.
- Sabia que eu sempre gostei de você?! – riu e me estendeu a mão para selarmos nosso pacto.  Aceitei prontamente sua ajuda. Afinal, sou uma rebelde e ir contra o sistema é meu passatempo favorito.

Os dias se passaram e, durante uma conversa com Dominic a respeito de como ele conhecera aquele estranho homem, Kyle Sinclair, soube que, aparentemente, tudo surgira com uma aposta inocente entre colegas de trabalho. Entretanto, eu desconfiava que forças obscuras se escondessem por trás desta simples casualidade.
- Não entendo por que você está tão preocupada com Kyle Sinclair. Parece Yesalel... Ele nada mais é do que um banqueiro excêntrico, que faz tipo para assustar seus concorrentes e se diverte impondo respeito aos que o cercam. – comentou Dominic.
- Você quer dizer medo e não respeito. Ele tem um humor muito estranho que me dá arrepios – argumentei.
- Pois eu gosto do jeito dele. Na verdade eu gostaria de ser como ele, principalmente em relação às mulheres. – brincou.
- Espero que Yesalel não esteja nos ouvindo... – falei rindo e olhando para os lados.
Ele gargalhou.
- Ela sabe que eu não sou o que costumam chamar de conquistador. Além do mais, não tenho interesse por nenhuma outra mulher... ou anjo..., que não seja ela – disse mostrando novamente sua expressão mais tristonha.
- Sinto muito por vocês dois. Se pudesse ajudar... Infelizmente, não posso ir contra os desígnios lá de cima... Apesar de às vezes considerá-los excessivamente rígidos... – Não sei bem por qual motivo meu pensamento foi para a bela e circunspecta face de Kyle.
- Eu sei, Ariel, e agradeço por sua preocupação conosco.
- Dom... Onde está seu pai? – perguntei surpreendendo-o.
- Por que esta pergunta agora?
- Lembrei que você me contou que ele disse que você era especial, bem como alguns outros membros de sua família, por algum motivo...
Seu rosto tornou-se sombrio.
- Meu pai está desaparecido há alguns meses. Ele é pastor.  Desde que minha mãe faleceu há dois anos, me deixou a  responsabilidade de cuidar de Leonora e saiu para trabalhar fora da Escócia. A última notícia que tivemos dele foi que estava na África, defendendo sua missão e seus protegidos contra os desmandos de um temível ditador. Isto foi há cerca de três meses.
- Desaparecido? Sabe quem é o anjo dele?
- Não... Ele nunca teve um anjo protetor...
- Como não? Todos têm um...
- Uma vez eu criei coragem e perguntei sobre seu guardião e ele não pareceu muito satisfeito com minha pergunta e mudou de assunto. Nunca mais voltei a falar sobre isso.
- Muito estranho... Talvez você não pudesse vê-lo...
- Não sei.
- Bem... Me fala mais sobre Sinclair.
O rosto de Dominic se iluminou com minha demonstração de  interesse por seu objeto de reportagem e suposto amigo. Logo abriu seu laptop e passou a me mostrar a sua pesquisa sobre Sinclair, com reportagens antigas, as raríssimas fotos e relatos de pessoas do seu círculo social, amigas ou não. Aparentemente, ele não sabia nada a respeito de uma possível ligação de seus clãs no passado longínquo.
Dominic parecia totalmente fascinado por esse Sinclair. Até Leonora, que deveria estar sonhando acordada com algum ídolo adolescente como Robert Pattinson, parecia estar encantada por ele.
Isso não cheirava bem, definitivamente. Pude perceber  naquela noite do recital que Sinclair era um homem muito diferente. Não deixava transparecer nenhum sinal de medo, ou mesmo de qualquer outro sentimento humano comum. De seu corpo soberbo exalava apenas luxúria. Era um ser que vivia para satisfazer-se, sem se importar, aparentemente, com as consequências de seus atos. Isso me assustava, bem como a sua capacidade de poder me ver.
O fato de Dominic ter o dom de me enxergar e tocar, eu até podia entender, após um grande esforço interpretativo. Contudo, Sinclair... Por que, afinal, aquele homem ameaçador podia me ver? Por que agia como se não temesse a hora do juízo final, na qual teria que justificar todos os seus atos terrenos? Por que colecionava mulheres como objetos de decoração e as usava sem remorso e sem acusações, sendo adorado por todas, sem exceções? Por que cantava como um anjo? E, principalmente, por que eu tinha a sensação de que ele não era quem aparentava ser? Ai, Jesus! Precisava urgentemente de conselhos. Mas Sam estava fora de cogitação. Dominic, idem. Então, só me restava os superiores.
Interior da catedral

Determinada, me teletransportei para a Catedral de Edimburgo a fim de fazer algumas preces. A noite estava fria; um vento gelado prenunciava a neve que logo cairia. Dentro da Igreja, tudo era silêncio. Um cheiro familiar e agradável de incenso e parafina das velas me acolheu, acalmando-me imediatamente.
A calma foi breve, entretanto. Cinco minutos depois da minha chegada, senti uma presença sombria naquele ambiente sagrado. Não estava em minha forma humana, mas sabia que poderia ser facilmente vista pelo recém-chegado. Kyle Sinclair.
Ele adentrou a nave, soturno, por uma porta lateral, com passos silenciosos, que não o denunciaria aos ouvidos humanos. Apenas a força da energia que dele emanava foi responsável por eu percebê-lo. Fiquei imóvel, enquanto ele se aproximava.
Sem uma palavra, Kyle avançou lentamente em minha direção, no centro da igreja, antiga e vazia. Pensei ter visto, por mínimo instante, um quê de surpresa em seus olhos. Imediatamente eles estavam fixos sobre mim. Senti como se estivesse presa em uma corrente invisível de força, incapaz de fugir, incapaz de pensar, totalmente a mercê de sua inescrutável vontade.
Estranhamente, não sentia medo. Sentia, sim, uma imensa necessidade de conhecê-lo; saber quem era ele de verdade. Com certeza foram meus olhos que lhe deram a pista. Com um sorriso de escárnio, ele se aproximou até estar tão perto que eu poderia tocá-lo, se tivesse forças para isso.
Meus braços pareciam pesar uma tonelada, minha mente começou a ficar confusa. Tinha diante de mim aqueles brilhantes olhos verdes que deixavam entrever uma mistura de tristeza, pena e ... desejo?!
Ele não falou. Apenas me fitou com os olhos dardejantes e tocou minha face. Um toque suave como o veludo, breve como uma brisa de verão. A mão grande e máscula era fria. Não apenas fria, mas gelada. As pontas daqueles dedos de pele macia roçaram minha face por um segundo, que pareceu eterno. Então, tão silenciosa quanto misteriosamente chegou, ele se foi.
Assim, como uma nuvem de fumaça, simplesmente desapareceu. Senti meu corpo todo tremer, invadido pelo frio do toque de seus dedos. A paz da Catedral também se fora. Restara apenas o silêncio. Silêncio que poucos minutos depois foi rompido pelo bater de asas de Natanael.
- O que está fazendo aqui? – perguntei surpresa.
- Vim conversar com você – respondeu ele com uma estranha seriedade.
- A respeito de?... – redargui irônica.
- É sobre este Sinclair.
- Quem? – continuei sarcástica.
- Não se faça de boba. Este sujeito que acabou de sair daqui e a deixou, digamos... agitada.
- Não sei sobre o que está falando. – Eu adorava irritar esse tipo de anjo presunçoso.
- Só vou dizer uma coisa para que a guarde bem nesta sua cabecinha de vento. Sinclair não é o que parece.  Dominic  pode estar correndo perigo. Se eu fosse você, ou manteria distância dele ou tentava dar um jeito de acabar com ele, antes que o mal seja feito.
- Como assim? O que está querendo me dizer?
- É só uma dica, meu bem. Cuidado com ele... Ou Dominic e você poderão se encontrar com o Criador muito antes do tempo, assim... num estalar de dedos – alertou estalando os dedos e sumindo no ar com um diabólico (o Senhor que me perdoe por estes termos, mas foi o que pensei na hora) esgar nos lábios que gelou minha alma.
Fiquei imaginando qual o intuito de Natanael em aparecer à minha frente, àquela hora, revelando que estava me espionando, para dar aquele conselho atemorizante. Esta teria sido a maneira dele de tentar proteger Leonora? Talvez quisesse minha ajuda, mas não queria dar o braço a torcer?... Ou ele queria apenas amedrontar-me-?... De qualquer maneira apenas me deixara mais curiosa e também mais cuidadosa quanto ao terreno onde estaria pisando dali para frente.

(continua...)


Oi!! O mistério continua... Espero que estejam gostando. Deixem seus comentários. Ele é importante para nós, Aline e eu.
Gostaríamos de agradecer a Léia, por seu comentário e pela maratona para terminar de ler o Corsário...rsrsrs  (muito obrigada, querida!), a Vanessa e a Cris. Voces são uns amores!
Espero voltar na próxima sexta, com mais um capítulo do nosso O Vampiro de Edimburgo.
Desejo a todos um ótimo dia 21 de Abril e que o sacrifício de Tiradentes seja lembrado, principalmente por nossos governantes.
Um grande e carinhoso beijo a todos que acompanham esse pedacinho de romance que é o blog Romances ao Vento!


4 comentários:

  1. Comecei ficando arrepiada com o Sinclair, depois fiquei intrigada, muiiito intrigada e agora já estou apaixonada, como não se apaixonar por esse homem triste, arrogante, com tanto bom gosto musical e voz angelical?! O que vem depois????
    Rô, to amando o romance, não tem como não se envolver e ficar com a cabeça a mil tentando imaginar prováveis desdobramentos e complôs, simplesmente perfeito o rumo que vocês tomaram. Essas histórias de clãs, honra, amor e perda fazem com que o leitor se ligue sempre mais, e queira logo continuar a leitura, ainda por cima se passando na Escócia, uma terra tão rica em lendas, brumas e homens lindos!
    Imagino Con te Partiró (que eu amo) sendo cantada por ele (isso ao pé do ouvido, ai meu Deusss....), afinal não é todo e qualquer ser que tem voz angelical, tem que ser muito especial....
    Lindo amiga, simplesmente lindo!
    Beijossss!!!!

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  2. Minha nossa quem ficou gelada estatelada agora foi eu, misericórdia mesmo com tantos mistérios rondando no ar, impossível não viajar na nave de Sinclair... kkk Bom deixando os impulsos de lado... kkk É forte o lado sombrio dele, deixa muitas interrogações no ar, mas tenho uma pontinha de dedução que ele vai surpreender muito além que todos os anjos juntos. Mas até lá muitas nuvens vão passar.
    Achei hilário citar a adolescente Leonora que deveria curti Robert Pattinson ao invés de viver vida de adulto. Se bem que qualquer uma abandonaria sua fase, sua origem, sua carreira enfim qualquer coisa ao se deparar com um gentleman sedutor e com mais um agravante voz angelical cantando Con te Partiró (que particularmente conheci através do meu ídolo mestre Andrea Bocelli) é pra explodir qualquer coração... kkk

    Rô fico deslumbrada com as imagens que você posta, meu cérebro vai a milhão imaginando esses lugares.

    Ah! eu que agradeço por dividir suas estórias incríveis, mas uma coisa é fato jamais abandono seu blog. Mesmo que eu debulhe num único dia essa deliciosa maratona eu sempre estarei contigo.

    Beijãoo enorme querida.

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  3. Olá, Rosane sou blogueira também e nossa.. que arrepios no fim da coluna você me arrancou,viu? Olha,flor publico sobre novos autores e gostei muito das sinopses e trechinhos que li sobre suas obras. Gostaria que mantivesse contato comigo e propôr-lhe uma parceria. O que acha?
    Desde já agradeço à atenção
    e aguardo ansiosamente
    Bjinhos ^^
    http://joicy-santos.blogspot.com.br/

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  4. Amiga, adorei esse local escolhido pelos Anjos para fazerem suas reuniões, nossa, consegui me imaginar lá, tanta paz me traria!
    Agora, Rô, eu confesso que adoraria ter aqueles dedinhos gelados na minha face... hehehe
    Sinclair, como todo bom gostosão, tem o dom para encantar a todas as mulheres e, especialmente este, parece tb poder encantar as Anjas! Eu já estou molinha molinha... hehehe
    Mas, agora é sério, a coisa está pegando, quanto mistério! Sinclair age de forma tão insensível, usando as mulheres, fazendo no mundo aquilo que bem deseja, mas ao mesmo tempo, tem nos olhos a melancolia dos apaixonados, dos inconformados!
    Esse conto está me deixando acesa, amigaa, magnífico!
    Parabéns às duas, desculpe se por vezes me dirijo só à Rô, mas é o costume. Sei que é escrito a quatro mãos, da Rô e da Aline, então sempre que eu mencionar a Rô, está subentendido a Aline tb! E também quero afirmar que adoro as imagens que são adicionadas aqui, nos fazem viajar, ainda mais, nesse delicioso mistério!
    Beijinhos

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