quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Corsário Apaixonado - Capítulo X

Três dias mais tarde, no início de uma ensolarada e quente manhã, uma voz elevou-se do alto do cesto da gávea, despejando alegria sobre a tripulação do Highlander.
- Eleuthera à vista!
O grito ecoou e uniu-se aos brados de exaltação dos marujos. Finalmente depois de meses no mar, voltavam ao que consideravam seu lar. Muitos deles nunca tinham tido uma pátria e muito menos um chão firme onde pisar e chamar de casa. Em Eleuthera encontraram esse local e desde então o levavam no coração durante suas aventuras pelos oceanos. Era bom saber que tinham para onde voltar. Muitos deles haviam feito família ali mesmo e ansiavam retornar aos braços de suas mulheres. A Aldeia do Falcão, fundada pelo Capitão Brian Hawk, era mais que um simples abrigo de órfãos. Passara a ser o destino final e tão esperado por todos, onde recarregavam suas forças até a próxima viagem, sem donos ou patrões, com leis feitas por eles mesmos e onde tudo era dividido igualmente.
A visão da imensa faixa de terra que surgia fazia pensar que se aproximavam de um continente e não de uma ilha. Porém, apesar dos quase 180 quilômetros de extensão, ela podia ser atravessada a pé em menos de 1 hora tal a sua estreiteza. À medida que se aproximavam era possível vislumbrar a brancura de suas areias e a cinta de vegetação junto à praia. Rumavam para o sul onde circundariam a ponta da ilha até chegarem à costa oeste na qual se localizava a Aldeia do Falcão. Ali ela permanecia resguardada do olhar curioso dos navegadores estrangeiros em uma discreta enseada e permitia ao Highlander ancorar sem riscos de encalhar.
Atraídos pelos vivas dos piratas, Crow, Ana e Didier ficaram lado a lado junto à amurada apreciando a natureza fulgurante de Eleuthera. O capitão não conseguia esconder o seu contentamento por aquele retorno. Assim como a maioria de seus comandados, ele também não tinha um lar fora dali. Pelo menos era assim que sempre se sentira desde sua "fuga" da casa paterna.
- Ela é linda... – disse Ana admirada.
- Não estou vendo porto nenhum. Aposto que não tem nem uma taverna para a gente se divertir um pouco. - Não se preocupe, Didier. Claro que tem uma e muito boa. Você acha que numa ilha de piratas que adoram um bom rum não haveria um lugar para beber e conversar com os amigos?
Mesmo sabendo disso, Didier continuou mal humorado, o que era o normal no velho ladrão. Ele provavelmente nascera assim. Reclamando. E assim continuaria pela vida afora.
Crow ainda sentia um pouco de dor em seu ferimento, mas o processo inflamatório já cedera e a cicatrização ia muito bem. Ainda tivera um pouco de febre na segunda noite após a cirurgia de Liam, mas sob os cuidados de Ana, dormira bem e sem maiores intercorrências. Não falou mais em dormir fora da cabine. Apesar de terem passado a dividir não só o quarto, mas também a cama, Ana continuava evitando o contato direto entre eles colocando a manta como linha divisória. Ao passo que se sentia melhor, mais difícil ficava estar tão perto de Ana e respeitá-la. Sentir o calor de seu corpo tão próximo ou simplesmente olhar sua silhueta no escuro, deitada ao seu lado, o estava deixando louco. Na última noite, antes da chegada a Eleuthera, durante o sono, sentiu uma perna introduzir-se entre as suas. Acordou e, ao ver que Ana dormia, ficou sem saber como agir. Logo ele que já tivera tantas mulheres ao seu bel prazer, agora se sentia como um adolescente inseguro que não sabia como agir com a mulher deitada ao seu lado. Queria possuí-la de todas as maneiras possíveis, mas a razão o freava. A suspeita de que ela nunca estivera com um homem antes era cada vez maior. Olhares, atitudes, o rubor cada vez que lhe ele se aproximava um pouco mais... Exceto quando o beijava... Ela o desejava também e seu corpo não negava isso. Preferia pensar que esse desejo era normal para uma jovem que nunca conhecera um homem antes. Não significava que ela o amava... Precisava afastar-se dela a fim de preservá-la. Quando chegasse à Inglaterra e fosse cortejada pelos cavalheiros da nobreza, sua pureza seria de grande importância para seu futuro marido na hora de casar-se. Essa simples ideia, dela pertencer a outro homem, feria seu peito como mil adagas e o deixava mais tenso que a corda de uma forca. Acabou por levantar com cuidado para não acordá-la e varou a noite, sentado na cadeira ao lado da cama a observar seu sono, como fizera antes em tantas outras noites.
Finalmente alcançaram a pequena enseada na costa oeste da ilha, onde um discreto cais os esperava.
- Baixar ancora! – gritou Peter.
- Nem acredito que vou pisar em terra firme outra vez – falou Didier demonstrando uma sombra de bom humor.
As rampas para auxiliarem a descida de pessoas e cargas foram rapidamente colocadas em posição. Na doca já havia uma aglomeração de mulheres, crianças e alguns homens. Uma mulher em especial, jovem e muito bonita, destacava-se entre todos. Vestia uma delicada camisa de rendas e uma saia rodada de babados vermelha. Ao pescoço levava um colar feito de conchas brancas, que contrastavam com sua pele morena, e seus cabelos negros encaracolados caiam soltos em cascata até a cintura fina. Tão logo Crow e Brett desceram acompanhados por seus convidados, a jovem correu na direção deles. No momento em que viu Ana entre os dois piratas, a expressão de felicidade pareceu murchar lentamente.
- Tina! – gritou Crow abrindo os braços para a bela morena e fazendo o coração de Ana dilacerar-se diante daquela demonstração de afeto.
Tina não teve a menor dúvida e atirou-se nos braços fortes que se abriam para ela. Nenhum deles notou a tristeza nublar o sorriso que nascia nos lábios de Brett ao ver a mulher.
- Ana, essa é Valentina, ou Tina como a chamamos, a filha do falecido Capitão Brian Hawk. É ela que dá prosseguimento ao trabalho iniciado por ele com a comunidade de órfãos que temos aqui. – apresentou-as parecendo não perceber a mútua aversão instantânea entre elas. – Tina é como se fosse minha irmã caçula. - E quem é Ana? – perguntou secamente, mantendo-se colada a ele, com um braço passando por sua cintura, depois do caloroso abraço.
A pergunta deixou Crow em situação delicada. Não podia abrir sobre o parentesco de Ana, devido aos inúmeros ouvintes de sua conversa, nem dizer que era uma pobre ladra que salvara do cadafalso, pois a melindraria. Acabou por levar adiante a mentira que fora dita durante a viagem.
- Ela é... minha mulher. – Nunca uma mentira lhe soara tão verdadeira. Era uma pena que não correspondesse à realidade.
- Como? O que disse? – surpreendeu-se Tina.
Brett sorriu estranhamente satisfeito com a resposta do amigo.
- Quem diria, não Tina? O nosso capitão finalmente encontrou sua alma gêmea.
Ana pareceu retomar o fôlego perdido momentos antes e grudou-se no braço livre de Crow como se fosse sua proprietária.
- Vamos então? Estou louca para conhecer sua casa e sair para visitar os arredores. – determinou vitoriosa encarando Tina, que apenas a olhava com indiscrição, como se tentasse descobrir como ela conseguira conquistar Crow – Além do mais, precisamos trocar o seu curativo, Nigel.
- Você está ferido? – A preocupação era evidente na jovem irmã.
- Nada demais... – respondeu Crow minimizando seu acidente.
- E eu? Onde vou ficar? Espero que num lugar melhor do que aquele que me deram nesse maldito ataúde flutuante. – aproveitou para queixar-se mais uma vez Didier, interferindo na aparente disputa feminina.
- Não se preocupe, seu velhaco. Vamos conseguir uma boa acomodação para você. – tranquilizou-o Crow.
- E então, Tina? Não vai me dar um abraço também? Depois de todos esses meses? – reclamou Brett com uma ponta de sarcasmo.
- Não só um abraço, Brett... – respondeu com voz sensual enquanto deslizava sobre o deck de madeira. Enroscou os braços em torno do pescoço de Brett, ficou na ponta dos pés e beijou-o na face, muito próximo aos lábios. Para alívio de Ana, Crow não esboçou um mínimo de ciúme. Pelo contrário, pareceu bastante satisfeito com a cena. Mais tarde ela saberia o motivo. Ainda assim, sentia-se constrangida na presença daquela mulher. Tina parecia mais velha e experiente que ela. Isso a deixava em desvantagem diante de Crow. Aquela história de "ela é com se fosse uma irmã para mim" não a convencera. Imaginava se havia alguma coisa entre os dois. Nunca tivera esse sentimento de posse por alguém, mas agora podia sentir na pele o que significava a palavra ciúmes.
Em torno do cais, um bucólico vilarejo pesqueiro, formado por simpáticas casas de tijolos rústicos, com redes penduradas nas paredes como se fizessem parte da decoração externa, era o disfarce perfeito para um covil de piratas, não fosse o Highlander ali aportado. Alguns barcos menores também se encontravam ancorados no local. Próximas a eles podiam ser vistas mulheres limpando peixes, enquanto outras carregavam sobre suas cabeças cestas carregadas de frutas e verduras, o que indicava que havia plantações próximas para fornecimento de alimentos aos seus moradores. Antes de pegar a charrete que os levaria para a casa principal, Crow deu algumas ordens aos seus homens, supervisionou a colocação de dois baús na parte traseira da carroça e despediu-se. Provavelmente aquela seria a sua parte das pilhagens feitas no período em que estiveram afastados de casa. Brett permaneceu junto ao navio para coordenar os últimos detalhes do desembarque e cuidados que o Highlander deveria receber devido às avarias sofridas dias antes. Depois da demonstração de afeto de Tina, ficou parado sobre o deck de madeira, observando-a sumir na direção de sua própria charrete, partindo atrás de Crow e seus convidados. Durante alguns momentos sentiu-se pairar acima do chão quando o calor de Tina o envolveu, para, logo após seu afastamento abrupto, chegar à conclusão que ela o tinha usado para enciumar Crow. Tomado por indignação, pensou em procurá-la mais tarde para esclarecer alguns pontos que estavam obscuros entre eles há um bom tempo.
Seguiram pouco mais de um quilometro para dentro da ilha, através de uma estreita estrada de terra, ladeada por bananeiras, plantações de hortaliças e frondosas árvores frutíferas. Chegaram a uma casa muito semelhante às vistas na vila, porém maior e possuindo um segundo andar.
- O que você quis dizer com comunidade de órfãos? – perguntou Ana quando chegavam à entrada principal da morada.
- O Capitão Hawk, o antigo dono de tudo isso, era um dos bons piratas, com coração caridoso. Tudo começou com Valentina. Ele a comprou de um mercador de escravos para evitar que tivesse um destino incerto, quando ela tinha seis anos. Adotou-a como filha. Depois disso, todo órfão que ele encontrava em suas viagens trazia para cá. Muitos acabaram sendo adotados pelas famílias que se formavam aqui. Assim surgiu a vila que viu lá atrás.
- E você continua o trabalho que ele começou?
- Na medida do possível... Temos simpatizantes nas diversas ilhas aqui nas Caraíbas. Quando eles tem notícia de alguma criança em situação de abandono, trazem-na para cá ou avisam Tina, que vai até o lugar e recolhe o pequenino. Aqueles que ainda não conseguiram ser adotados, permanecem aqui na casa, cuidados por Tina e por outras mulheres da vila. Não são muitos, mas... Antes que ele terminasse sua frase, um grupo barulhento de seis crianças, entre três e doze anos, cercou a carroça, fazendo a maior algazarra.
- Capitão Crow! O senhor voltou! – disse o menino que aparentava ser o mais velho e líder da criançada. Ele desceu do coche e foi cercado. Os menores se agarravam a suas pernas festejando sua volta, enquanto o mais velho olhava com curiosidade os acompanhantes do capitão.
- Espero que tenham se comportado na minha ausência.
- Claro que sim... A Tina e eu os mantivemos na linha... Quem é essa moça e esse homem velho, capitão?
- Abe! Crianças! – A voz de Tina cortou o ar. – Já viram o capitão Crow. Agora voltem a brincar ou ao que estavam fazendo. O capitão e seus convidados precisam descansar. Haverá tempo para conversas mais tarde. – As ordens eram firmes, mas deixavam entrever a generosidade e o carinho maternal.
Ana, que já se encontrava extasiada com a jovial reciprocidade de Crow com os meninos, não conteve um ar de admiração pela jovem ao vê-la descer de sua charrete e arrebanhar as crianças, afastando-as gentilmente do local, ajudada pelo garoto mais velho, Abe.
- Não brinca que vou ter que dividir o mesmo teto com esse bando de pirralhos? – exclamou Didier.
- Pare de ser tão chato, seu velho rabugento.
- Olhe como fala comigo, Marie!
Tina voltou a surgir com um grande sorriso e causou nova admiração em Ana quando falou:
- Venha comigo, Ana. Vou mostrar onde fica o quarto do Crow. Depois iremos ao meu quarto. Você escolhe uma roupa enquanto preparo o seu banho. Que tal?
Ana arranhou a garganta duas vezes, não conseguindo acreditar no que ouvia. Provavelmente Tina a afogaria em alguma banheira na primeira oportunidade em que estivessem a sós.
- Não... O Nigel...
- Ótima ideia, Tina! Vá com ela, meu bem. Vou acomodar o Didier e tomar um banho também. Nos encontramos depois.
- Mas, Nigel...
Ele se aproximou e lhe deu um casto beijo na testa.
- Tina vai cuidar de você... Disso ela não duvidava nem um pouco. Seria capaz de jurar que Tina serviria o seu fígado no jantar com uma taça de vinho.
- Vamos lá, cunhada. Vai se sentir bem melhor depois de um banho.

(continua...)



Oi, pessoal! Mais um capítulo postado. Últimamente estou escrevendo como se eu tivesse uma editora atrás de mim...(rsrsrs... quem dera...). Pensei que não conseguiria cumprir a minha meta de um capítulo por semana, mas já vi que a inspiração acaba vindo sob pressão de mim mesma.
Como podem ver, surgiu uma personagem nova. Nem me perguntem como a Tina apareceu. Eu estava ancorando o Highlander e essa maluca se colocou na minha frente e não tive como evitar de introduzí-la na história. Como já disse, a história se governa sozinha algumas vezes.
Hoje, especialmente estou muito contente, pois o blog conta com quatro novos seguidores/leitores: Adriana e Francilangela (do Clube dos Novos Autores), o Denir Junior (criador de Milena Liebe) e Jefferson. Gostaria de dar as boas vindas a todos e agradecer os comentários e recados que tanto me incentivam.
Nao poderia deixar de agradecer também às minhas queridas amigas parceiras, Tutinha (Cassinha), Nadja e Léia, que deixaram os seus comentários carinhosos de sempre. Falando na Léia, não posso deixar de fazer uma pequena homenagem ao seu namorado e meu seguidor aqui no blog, Luiz Fernando, poeta e emoção em pessoa, que hoje está de aniversário. Já deixei recadinhos para ele no Orkut desejando um Feliz Aniversário! Que o futuro te traga toda a felicidade que desejas e que teus sonhos se tornem realidade, meu amigo!
Parabéns!!
Além do Luiz Fernando, outra grande amiga está de aniversário hoje - a minha querida LUCY. Feliz Aniversário, minha linda! Que os anjos continuem te iluminando e que a felicidade se torne uma constante em tua vida! Um grande beijo!

Bem, antes que os meus agradecimentos e felicitações  virem romance, deixo aqui o meu até breve e um beijo para todos voces!!

5 comentários:

  1. Rosane, que surpresa fantástica muito obrigado pelo carinho que vem me dando...Adorei os dizeres
    ( poeta eu quem me dera, rsrsrs )Um grande beijo, e que continue nos cativando ainda mais com suas histórias...Um grande beijo!

    ResponderExcluir
  2. Ro... que expetáculo a inclusão da Tina para balançar esse casal, quem sabe no meio do caminho surge um "Tino" para a Ana... kkk. Quem sabe assim eles deixem os tabus de lado e partem logo as vias de fato... ui,ui,ui... kkk.

    Bom to sem palavras diante das suas, mas vou tentar buscar algumas, para agradeçer mais uma vez seu carinho, atenção, seu cuidado com cada leitor, cada amigo(a). Que seu ser iluminado jamais se apague e sim contagie cada vez mais.

    Obrigada amiga querida!

    * * *Beijão* * *

    ResponderExcluir
  3. Legal e obrigada pelo sorriso virtual. Beijos!

    ResponderExcluir
  4. Ola Rosane!
    Gostei demais do capítulo!
    Quero que me envie mais obras suas para divulgação no clube, com capas, link e sinopse.
    Um beijo
    Adriana
    Clube dos Novos Autores.

    ResponderExcluir
  5. Acho natural o ciúme de Ana perante Tina, pois a relação entre o Nigel e a Tina era antiga, eles já se conheciam há muito tempo e compartilhavam intimidades. Isso é tão somente insegurança, algo natural quando se ama, pois temos medo de que algo possa interferir no nosso relacionamento.
    E foi bom a Tina quebrar o gelo, pois a gente sabe o quanto dói ficar remoendo essas inseguranças e dúvidas e cabia a Tina, sendo realmente uma amiga do Nigel, a função de desfazer as nuvens que pairavam sobre a Ana a esse respeito. Gostei da atitude da Tina, parece mesmo uma grande mulher!
    Rô, muito obrigada por suas palavras, nossa, estou imensamente feliz com o seu carinho em me felicitar pelo aniversário aqui em seu blog!
    Tb estou envergonhada, pois só agora me dou conta de que já fazia mais de um mês que eu não vinha aqui. É que estou em reforma em casa, mudamos a frente e pintamos tb a casa, então foi uma bagunça, uma poeira, uma loucura mesmo. Agora, graças aos céus, a coisa já está no fim, mas foi uó. Mas era algo que precisava ser feito, vínhamos adiando por uns três anos, mas não dava mais para evitar, tinha que ser feito. Pior é que a gente mexe no que estava ruim, aí fica bom e o que a nós achávamos que estava bom, não fica mais assim tão bom... Aí, vemos que tb é hora de fazer isso, trocar aquilo... (o piso da minha sala, por ex, foi pro espaço) ou seja, haja tempo, saúde, dinheiro e paciência - quatro coisinhas que, de fato, estão escassas... hehehe...
    Mas é assim mesmo.
    Desculpe a enrolação, mas é que fiquei mesmo muito feliz com mais um gesto teu de grande carinho por mim. Essas atitudes é que fazem a gente ter forças para continuar a sorrir, mesmo com tantas tribulações.

    ♥Beijinhos♥

    ResponderExcluir

Cantinho do Leitor
Este cantinho está reservado para que coloquem suas críticas a respeito de meus romances e do blog. A sua opinião é muito importante para mim. Se tiverem alguma dificuldade em postar aqui, deixem mensagem na caixa de recados.
Beijos!