domingo, 16 de setembro de 2012

O Vampiro de Edimburgo - Capítulo XXI

by Kodama e Fantin




Foi impossível evitar o aperto que senti dentro do peito ao ver Elyk desaparecer. Mesmo sabendo Quem o aguardava, tive medo do que ainda poderia vir a acontecer. Tinha medo de uma nova separação. O que aconteceria com ele, conosco,  agora que, aparentemente, terminara sua missão? Olhei a minha volta e vi o lindo jardim criado por ele, em minha homenagem,  totalmente destruído. Tive vontade de chorar. Lembrei quando estivera ali pela primeira vez e da emoção que sentira, sem saber que eu tinha sido a inspiradora para aquela obra de arte. Por que eu perdera a memória? Esta era outra pergunta que deveria colocar na lista de questões a serem feitas a Samuel assim que fosse possível.
Apesar das explicações dele, elas não eram suficientes para cobrir todas minhas dúvidas.  Olhei para Leonora, ainda nos braços de Nathanael, que parecia começar a recobrar a consciência. Era como se olhasse em um espelho. Agora eu entendia o fascínio de Kyle Sinclair  por ela e sorri por dentro. Mesmo ela sendo semelhante a mim fisicamente, ele reconhecera meu espírito e voltara-se para mim.  Ela atraíra não só a atenção de Elyk, mas também a de Kolchak. Teria sido intencional? Mais uma questão a ser abordada com Samuel.
- Dominic – A voz  de Damian me fez estremecer. –, vou levar sua irmã para casa. Acho que será melhor para ela ter algumas explicações em um ambiente familiar. Vem conosco?
Meu protegido estava ligeiramente pasmo com o caos a sua volta, quando pareceu lembrar-se de mim.
- Ariel? Você está ferida... – disse olhando minha asa machucada que permanecia materializada.
- Não se preocupe comigo, Dom... Vá com seu pai e sua irmã. Eu ficarei bem. Vou esperar a volta de Elyk.
-Tem certeza que ficará bem? – perguntou e lançou um olhar de soslaio a Samuel, que se apresentava com uma expressão sombria no momento.
- Tenho.
- Venha, filho... Acho que temos muito a conversar... – reforçou Damian. – Ariel está segura agora... Nos veremos de novo, Samuel?
- Vai depender da sua decisão, Damian, como eu disse a você antes.
Yesalel, que até então permanecera calada, aproximou-se de mim compadecida de minha situação.
- Eu vou com eles, mas se precisar de qualquer coisa, me chame.
- Estou com medo, Yesalel... – falei num tom muito baixo para que os outros não pudessem ouvir.
- Medo? Do que?
- Medo de ser separada de Elyk.
- Devemos confiar nos desígnios Dele, Ariel. Tenho certeza que Ele recompensará vocês depois de tanto sofrimento.  Afinal, tudo tinha um único objetivo. Mais uma vez Elyk esteve no centro de uma batalha  contra o Demônio e a venceu. Tenha fé. – Seu olhar era confiante quando me deixou para seguir os outros.
Logo, me vi a sós com Samuel. Tinha que aproveitar aquele momento de espera para enchê-lo de perguntas. Se ele pensava que ia se safar fácil de revelar toda essa história em detalhes, estava muito enganado.
- Pode perguntar, Ariel... Ou devo chamá-la de Cathella, agora que sabe da verdade?
- Acho que prefiro continuar como Ariel. – respondi surpresa. Ele adquirira o poder de ler mentes? –  Afinal são mais de duzentos  anos respondendo por esse nome... Como você sabia que eu tenho uma lista de perguntas?
- Não esqueça que eu a conheço há bem mais de duzentos anos, desde quando você ainda era Cathella e eu era o seu guardião. 
- Então era você? Você substituiu Elyk. É... Eu já não gostava muito de você naquela época. – gracejei.
- Não fale assim comigo, Ariel... Eu... Por sua causa tornei-me um mero burocrata  na Central dos Guardiões.
- Como assim, por minha causa?
Ele baixou a cabeça  pesaroso.
- Isso não tem mais importância. Passou.
- O que passou?
- O ciúme, a inveja... Sentimentos que eu  nutria por Elyk e que provocaram a minha expulsão da Legião dos Anjos Guerreiros.
- Ciúme? Inveja? – Eu estava boquiaberta.
- Ele era o preferido do Criador, líder da Legião e tinha... você.
A princípio não conseguia entender a relação que Samuel estava fazendo, então ele continuou.
- Eu me apaixonei por você. Esse sentimento terminou por me envenenar o coração contra meu melhor amigo. Não gosto de relembrar daqueles dias, pois estive muito próximo de  nossos inimigos. O tempo mostrou o quanto eu estava enganado e o quão egoísta eu me tornara. Quando você surgiu como uma guardiã, minha subordinada,  tive medo que as feridas fossem reabertas, mas acabei chegando a conclusão de que minha paixão era apenas movida mais por um antagonismo a Elyk do que amor por você.
- Você já sabia quem eu era naquela época?
- Sim. Mais um dos testes de Nosso Criador... Felizmente eu já conseguira sublimar o meu lado escuro. Além disso, seu aspecto e seus modos foram fatores para que me desapegasse completamente, ou quase completamente, de você. – Senti certo sarcasmo na sua voz..
- Você sempre me tratou muito mal...
- Pois saiba que, apesar de tudo, era minha guardiã preferida. – Uma nesga de sorriso despontou em sua face.
- Não brinca! Eu sempre achei que você me odiava...
- Deixe-me dar uma olhada em sua asa. – Ele finalmente sorriu e aproximou-se de mim cauteloso.
- Não está mais doendo tanto... – Minha desculpa não evitou que ele alcançasse meu ferimento. – Cuidado... – gemi.
Podia sentir o calor emanar de suas mãos diretamente sobre a área onde Kolchak fizera seu estrago. A dor tornou-se uma ardência e essa, um simples formigamento. Quando ele terminou sua irradiação, eu não senti mais nada.
- Pronto. Agora se sentirá bem melhor. Experimente.
Para minha alegria, consegui mexer a asa ferida tão bem quanto a outra. Como Chefe dos Guardiões, Samuel tinha o poder de cura. Quase me esquecera desse detalhe.
- Muito obrigada. – agradeci por minha asa refeita. – Sam...
- Sim?
- Ainda tenho aquela lista de perguntas. Será que pode respondê-las para mim?
- Faça-as.
- Por que Elyk? Por que eu? Por que Dominic e Leonora?
- Está bem, está bem. Que tal sentar-se? – sugeriu apontando um dos bancos de pedra que ainda estavam  inteiros.
Segui sua sugestão e me sentei. Ele permaneceu de pé e absorto, como se procurasse a melhor maneira de responder ao meu rol de questões.
- A guerra entre Deus e Lúcifer  já durava muito tempo, com perdas para ambos os lados. Foi quando surgiu a ideia de um acordo. Nesse pacto, Deus escolheria um de seus mais valorosos guerreiros para ser comprovada sua fidelidade ao Criador sem ter conhecimento do acordo. A confiança de Deus em Elyk era tanta que ele foi o escolhido para amargar na Terra como um anjo caído, sofrendo todo o tipo de tentação imposta pelo outro lado. Se ele resistisse ao Mal durante o período de mil anos, tudo continuaria como sempre. Os humanos continuariam tendo livre arbítrio para seguirem para o lado que quisessem, pois Ele persegue a esperança de um dia  seus filhos da Terra enxergarem a verdade e acabarem de uma vez com os motivos que mantém a existência de Lúcifer. No entanto, se Elyk sucumbisse,  os demônios ganhariam a Terra definitivamente. Os antigos maias , que recebiam ensinamentos de um grupo de anjos, souberam, através deles, sobre o acordo. Por isso eles não fizeram previsão alguma em seu calendário para além de 2012, que seria o ano em que terminaria o prazo acordado. Eles não tinham como saber que tipo de mudança espiritual ocorreria e se o mundo sobreviveria, caso Lúcifer vencesse.
- E onde eu entro nisso?
- Você foi um acidente de percurso...
- Como?
- O amor de Elyk por você foi um acidente com o qual Ele não contava. O acordo já havia sido feito e a data de seu início marcada, quando o inesperado aconteceu.  Aí você sabe o que houve. Mesmo proibidos, vocês continuaram a se encontrar.
- Você já sabia do... acordo?
- Não. Ninguém sabia, na época, a não ser os Contratantes.
- E então? A confiança em Elyk foi abalada. Por que ele foi mantido como representante divino?
- Apenas Ele pode responder essa pergunta...
Eu podia imaginar a resposta. O Criador conhecia tão bem a alma pura de seu anjo guerreiro que nada poderia abalar  Sua confiança nele. 
- Por que vocês nos abandonaram no dia do ataque a nossa aldeia? Lembro que ficamos sem proteção alguma. Fazia parte dos planos?
- Não. O próprio Kolchak, na época, o líder dos vampiros, aproveitando-se de sua habilidade em transformar-se em quem ele quisesse, assumiu a aparência de Elyk, que ele sabia ser o líder dos anjos guerreiros, e convocou uma falsa reunião entre os guardiões e guerreiros. A partir daí, você sabe o que aconteceu.  Sua morte provocou a ira e a revolta de Elyk, o que estabeleceu um motivo para que o Criador o expulsasse e fizesse valer o pacto.
- E se Elyk cedesse para o outro lado? Tinha motivos de sobra para isso, não?
- Por isso ele foi o Escolhido... – afirmou, me olhando com olhos frios. – Já terminou sua lista?
- Ainda não. – respondi, mentalmente organizando a próxima leva de perguntas.
- Quer saber sobre a sua transformação em anjo?
- E também o porquê de minha memória ter sido apagada.
- Você era uma suicida. Teve um forte motivo para isso, mas não o suficiente para justificar a extinçao da própria vida. Por isso foi para o Limbo e lá permaneceu até cumprir sua pena. Depois, pela Infinita Bondade Divina, Ele decidiu transferir sua alma para o corpo de um anjo e, na hora adequada, auxiliar Elyk em sua batalha anônima e solitária. Sua falta de memória serviu como uma espécie de proteção contra Kolchak, que se entregara completamente a Lúcifer, após eu ter acabado com sua existência na Terra. Dominic e Leonora já haviam sido escolhidos para serem os chamarizes nessa luta final. Leonora por motivos óbvios e Dominic por sua capacidade de ver e falar conosco. Além do que, seu pai era Damian, que seria muito importante no projeto defensivo Dele. Ele mantivera a espada de Elyk guardada por todos esses séculos, sem saber que ela já tinha uma finalidade desde o início. Leonora também foi usada para proteger você.
- Mas qual, afinal foi minha função nisso tudo?
- Você ainda não percebeu?
- Não! – disse irritada.
- Você fortificou o coração de Elyk com seu amor.  Deu a ele a renovação de suas forças. Ele já se encontrava deprimido depois de tanto tempo, pensando em acabar com sua existência. Você o salvou, lembra? Só você conseguiria esse feito. Se Kolchak tivesse descoberto sua real  identidade antes, as chances de vencer seriam bastante reduzidas.
- Então tudo que aconteceu estava minuciosamente planejado.
- Menos o que Kolchak fez com sua asa. – respondeu com um leve acento irônico.
- Ainda bem... E agora? Sabe o que está reservado daqui para frente?
- Provavelmente essa é a conversa que Ele e Elyk estão tendo nesse momento... Ou estavam....
Ele percebera algo antes de mim. Logo soube o quê. Elyk materializou-se a minha frente, ainda nas roupas de Kyle Sinclair. Estava sério, mas seu olhar era sereno. Comecei a respirar novamente quando seus lábios se abriram num sorriso resplandecente.
 

Seis meses depois...

Abri os olhos preguiçosamente,  sentindo os braços de Kyle envolvendo meu corpo e minhas pernas presas entre as suas. As batidas fortes e compassadas de seu coração ainda me surpreendiam, tanto quanto a calidez de sua respiração em meu rosto. Movi a cabeça para poder olhar a face que eu jamais cansaria de admirar e descobri dois olhos da cor de esmeraldas a me fitarem.
- Acordado? – perguntei sonolenta.
- Não. Ainda estou sonhando... – disse esboçando um sorriso maroto. –  Sonhando que você está ao meu lado, me olhando e perguntando se estou acordado.
- Seu bobo. – Devolvi o sorriso.
- Por favor, não me acorde. Aliás, estou pensando num replay do que sonhei essa noite.
- O que?
- A parte do sonho em que estávamos tentando fazer um bebe.
- Kyle... – Não pude evitar o rubor e o calor espalhando-se por meu corpo ao sentir a reação dele entre minhas coxas. Tentei me afastar  um pouco, mas ele aumentou a força dos braços sobre mim, minando minha determinação em sair da cama. – Não esqueça que dia é hoje... – sussurrei em seu ouvido.
- Ainda temos tempo de sobra para aproveitar esse início de manhã... – Fez cócegas em meu ouvido.
- De jeito nenhum. – falei o mais firmemente que consegui, tentando desenrolar-me do seu abraço e despregar os olhos daquela boca tentadora que vinha em minha direção para vencer minhas defesas. – Preciso me arrumar... Cabelo, maquiagem, roupa... Todas essas coisas que nós, infelizes mortais, precisam para apresentar-se em sociedade.
- Talvez devessemos ter escolhido a vida angélica. Não precisaríamos nos preocupar com esses detalhes desgastantes. – disse com súbito mau humor, deixando-me escapulir da cama.
- Kyle... Nós somos os padrinhos! Temos que estar mais cedo na Igreja!
- Está bem... Já vou, sua desmancha-prazeres.
Antes que eu entrasse no banheiro, ele me agarrou pela cintura e me puxou contra seu corpo. Amoleci. Joguei os braços para cima, envolvendo seu pescoço.
-  Meu guerreiro... Não podemos decepcionar o Dominic e a Yesalel... Ops! Esqueço que o nome humano dela agora é Yedda.
- Só mais um beijo e eu a solto.
- Fechado!
Quase sucumbi aos seus beijos, mas o compromisso falou mais alto e, penosamente nos afastamos.



- Damian vai poder comparecer na cerimônia? – perguntei enquanto aplicava uma maquiagem leve, conforme Leonora me ensinara.
- Claro que sim. Ele não perderia o casamento do filho por nada desse mundo ou do Outro.
- Acho que ele está muito feliz por ter voltado  ser um Anjo Guerreiro.
Lembrei o momento em que nos foi permitido escolher como viveríamos, diante do Criador. ELE  não pareceu ficar surpreso com nossa decisão de nos tornarmos humanos.  Afinal essa tinha sido uma decisão tomada por Elyk mil anos antes, e eu não perderia por nada a chance de levar uma vida humana junto ao meu amor,  ter filhos e netos; algo que eu sempre desejei quando era apenas Cathella. A Damian foi permitido voltar à Legião Celestial, conforme seu desejo. A inicial tristeza de Dominic por separar-se de seu pai em vida terrena foi substituída pela alegria da mutação de Yesalel em humana.   Samuel também voltou a ser engajado na Legião, como novo líder. Quanto a Nathanael, permaneceu como guardião de Leonora. Esta, mesmo depois de saber a respeito da  dimensão celestial, ainda não adquirira a capacidade de enxergar os anjos. Ainda tinha dúvidas em relação a certos detalhes, mas procurava não pensar muito a respeito. Sofreu um pouco mais que Dominic com a decisão de seu pai. Nathanael continuava aguardando o dia em que eles poderiam se conhecer. Ela faria dezoito anos em breve e, quem sabe? Seria uma grande alegria saber que meu amigo era correspondido em seu amor. Porém, isso só o tempo diria.
Olhei para o meu belo par, elegantemente vestido num fraque de padrinho e senti lágrimas brotarem. Ele pareceu adivinhar minha emoção e voltou-se para mim.
- Que carinha é essa, senhora Ariel Sinclair? – perguntou ao segurar carinhosamente meu queixo entre seus longos dedos, elevando meu rosto e prendendo meu olhar.
- É de felicidade... Já disse o quanto te amo?
- Hoje  ainda não...  Acho que temos alguns minutos para uma pequena demonstração... - sugeriu malicioso.
Olhei o relógio sobre a mesa de cabeceira e, sorrindo, me entreguei aos carinhos do meu guerreiro.



                                   FIM


 
E então? O que acharam desse final? Espero que tenham gostado. Se não gostou, por favor, comente e aponte os pontos fracos. Uma crítica construtiva será muito bem aceita.
Quero deixar aqui o meu sincero agradecimento a todos que acompanharam essa história, nascida do desejo de duas amigas de poderem criar juntas um romance  que cativasse seus leitores. A Aline, minha parceira adorável, criadora de personagens como o Samuel, Ariel, Dominic, Leonora, Nathanael e Yesalel, quero agradecer por me aguentar com minhas frequentes incertezas sobre o melhor rumo a tomar no decorrer da criação. Lembro que começamos a delinear essa história no início de 2011, enquanto eu estava tentando escrever o final de Confusões de Um Viúvo. Eu disse que a gente conseguia, não disse, Aline?
Bem, trabalho finalizado, agora é partir para o próximo. Para quem é frequentador há mais tempo, sabe que sempre tenho que um período de latencia até começar a postar o próximo romance. Ele já está quase todo formado na mente, mas o mais difícil é colocar em palavra escrita e inteligível...rsrsrs. Assim, peço novamente paciencia e aguardem as novidades.
Beijos e abraços a todos voces que me acompanham a muito tempo ou que simplesmente dão uma passadinha para ver o que o blog pode oferecer, de vez em quando.
Até o proximo!!

10 comentários:

  1. Rô.... eu não tenho comentado mas te acompanho... ameiiiii....pra mim o final foi perfeito e até surpreendente!! Ler suas histórias são uma terapia!Continue por favor... não pare de escrever!! Beijo grande com carinho da sua fã incondicional!

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  2. Oi, Cassinha!! Que saudade,menina! Fiquei super contente ao saber que estás acompanhando as minhas postagens. Espero continuar contando com a tua presença por aqui,pois ela é muito importante para mim.
    Um grande beijo e um abraço afetuoso, querida!!

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  3. Amei o final feliz e me surpreendeu também ,pois eles poderam escolher o tipo de vida que queriam levar.beijos Dioceli

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    1. Oi, querida! Que bom que gostaste do nosso romance de anjos e vampiros. Espero continuar contando com a tua atenção nos próximos. E o bebe? Como voces estão? Beijos para ti e para o César!

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  4. É amiga, eu tenho que me repetir: Amei!!!
    Foi um final lindo, perfeito, com todas as explicações e com todos os pormenores se encaixando. Não sei, mas a meu ver creio ter sido esse o romance que deu mais trabalho, afinal ele é tão rico de detalhes, ligações externas e espiritualidade!
    Achei o enredo um paralelo perfeito com a vida real, pra quem, assim como eu, acredita que temos várias existências corporais no plano físico, a questão do "esquecimento" momentâneo de Ariel retratou muito bem nosso próprio esquecimento de vidas passadas a cada nova reencarnação, e por causa desse esquecimento as várias vezes em que nos sentimos injustiçados ou esquecidos por Deus. Mas como você mesma disse a "Infinita Bondade Divina" sempre está presente em nossas vidas, sempre nos dá uma segunda chance, como no caso de Cathela que se tornou suicida, e sempre respeitando nosso livre arbítrio.
    Adorei também a ligação com os Maias, fiquei surpreendida e feliz que você tenha aproveitado esse dado pra enriquecer ainda mais o romance, esse é um assunto que sempre me instigou.
    A lealdade de Elyk com Deus, mesmo acreditando no banimento e desprezo, mesmo acreditando que nunca mais voltaria a ser feliz, mostra bem o porque de ser o preferido, mas o que mais me gerou suspiros foi o reconhecimento de almas e esse eterno amor entre Elyk e Ariel, mesmo tendo se passado 1000 dolorosos anos o amor estre eles não diminuiu, estava lá guardadinho dentro de cada um.
    Parabéns mais uma vez Rô, a você e a Aline!
    Só não desaparece por muito tempo tá? já estou super curiosa pelo próximo romance!!
    Beijos amiga querida!!!!

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    1. Prá variar, Nadja, já me encheste os olhos de lágrimas enquanto lia o teu comentário. Eu escrevo e tu me emocionas com tanto carinho.
      Beijo, meu anjo!!

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  5. ADOREI ACHEI LINDO MIL BJS PARA C ROSANA FONTINI DA AMIGA VEVETE!!!!!!!!!!!

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    1. Muito obrigada, Ivete!! Espero que voltes sempre aqui no blog e deixe os teus comentários, pois são eles que me estimulam a escrever cada vez mais, tentando dar o melhor de mim e da minha imaginação.
      Beijos, querida!

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  6. Ual estou estremecida com a força do amor desses casais que em nome do Amor lutaram sem medir esforços, se entregaram sem medo. E como todo digno final feliz, não poderia ser melhor só fiquei imaginando como seria o casal Nathanael e Leonora e os filhos de Ariel e Elyk, ainda bem que pensamento não paga senão estava frita. kkk

    Meninas aplausos de pé para vocês Rosane e Aline, parabéns por essa obra fantástica que seja o começo de muitas outras, fico na torcida de sair um livro pois mereçe muito.

    Rô não demore muito, beijãoo

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  7. Parabéns, Rô e Aline! Mais um belíssimo conto, repleto de drama, romance, choros e alegrias! O tema Angelical me agrada muito, eu tenho certa fixação por Anjos, amo! Então, esse teu conto foi mesmo um presente para mim... hehehe... sou metida, né, mas teve tudo a ver com o que eu mais gosto: romance e Anjos!
    Adorei o jeito como a história foi contada, tudo na sua hora devida, o que nos motiva a continuar a leitura.
    Gostaria de dizer que a forma como vc escreve e direciona as personagens me encanta! Sou e serei sempre sua fã de carteirinha!
    Mais uma vez, a parabenizo pelo seu talento tão extraordinário e lindo!
    Beijinhos

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Cantinho do Leitor
Este cantinho está reservado para que coloquem suas críticas a respeito de meus romances e do blog. A sua opinião é muito importante para mim. Se tiverem alguma dificuldade em postar aqui, deixem mensagem na caixa de recados.
Beijos!