- Então, Dr. Hall? O que houve? Ela está bem? – perguntou Crow apreensivo, após uma longa e desesperadora espera diante da porta do quarto em que Ana, acompanhada por Valentina, havia sido colocada para a avaliação do médico.
- Foi apenas um mal estar passageiro. Ela precisa se alimentar melhor e dormir algumas horas.
- Tem certeza que não é nada grave, doutor? – perguntou Crow notando um comportamento estranho no médico, o que o perturbou. – Ela tem alguma moléstia grave? Por favor! Preciso saber!
- Já disse que ela está bem. Precisa apenas de repouso e boa alimentação. Se duvida – disse Hall com discreta irritação. –, pode certificar-se por si mesmo.
Afastou-se da porta, dando espaço para Crow entrar no quarto, indicando a passagem com a mão.
- Desculpe, doutor... Não pretendia duvidar do senhor...
Apesar de sua angústia pelo ocorrido com Ana, devia muito ao Dr. Hall, tanto por sua dedicação durante o período em que estivera doente, como pelo fato de não tê-lo denunciado às autoridades. Claro que isso também podia ser explicado pela antipatia que o médico, adepto do Puritanismo, nutria pela Rainha Elisabeth, sua política e os boatos a respeito de seus amantes. De qualquer forma, Crow não se sentia no direito de duvidar do diagnóstico desse homem. O certo é que estava muito perturbado com o desmaio de Ana e isso, provavelmente, estava fazendo com que imaginasse o pior.
- Eu o entendo... Parece gostar muito dela...
- Sim... Gosto...
- Quer um conselho? – indagou em voz baixa, respondendo sem esperar a afirmação de Crow – Faça dela uma mulher honesta enquanto tem chance.
- É o que pretendo fazer. – respondeu com um meio sorriso, achando aquele conselho um tanto fora do contexto. Provavelmente descobrira que ela já não era mais virgem e soubera quem tinha sido o responsável. Como bom puritano, certamente o médico não tinha visto essa situação com bons olhos.
- Faça isso...
- Obrigado, doutor.
Após um breve aceno de cabeça, se despediu e andou em direção às escadas.
Não se contendo mais, Crow entrou no quarto. Encontrou Valentina pedindo que Ana não se levantasse da cama, sem sucesso.
- Sente-se melhor? – perguntou cuidadoso. – Porque não segue o conselho de Valentina e fica deitada. O Dr. Hall acabou de que precisa de repouso.
- Foi só um ligeiro mal estar. Já passou... – falou com um sorriso tímido. – Estou me sentindo bem agora.
- Ela não tem se alimentado direito – adiantou-se Tina – Bem que eu falei...
- Tina... Será que pode nos deixar a sós? – pediu Ana delicadamente.
- Claro! Que tolice a minha... Vocês têm muito a conversar... Vou ver se o cabeça-dura do Brett já melhorou o seu humor.
Parecia preocupada ao sair do quarto, apesar do sorriso estampado na face.
- O que há com a Tina? – perguntou ele estranhando os modos da amiga.
- Acho que dei um susto em todos vocês... Desculpe... – respondeu aproximando-se dele.
- Foi realmente apenas um mal-estar passageiro? – acariciou-lhe a face com o dorso da mão direita.
- Não foi isso que o Dr. Hall lhe disse? – replicou trançando os braços em torno da cintura dele.
- Sim, mas... – hesitou, mas correspondeu ao abraço.
- Ele parece ser um bom doutor... Foi ele que cuidou de você, não? Parece ser confiável. – continuou aproximando ainda mais o corpo ao dele.
- Não tenho dúvidas disso... A senhorita, por acaso, está tentando me seduzir? – terminou por murmurar quando ela roçou os lábios em sua boca.
- Talvez...
- Que eu saiba, o Dr. Hall lhe recomendou repouso...
- Tudo que eu preciso é você, meu corsário.
Ele sorriu, sentindo o desejo invadir-lhe o corpo e a mente.
- Ainda quero saber o que aconteceu durante esse tempo em que estivemos separados...
- Depois... Agora me beije...
Esquecido momentaneamente de tudo que acontecera, Crow não conseguiu mais controlar seu desejo. Haviam passado demasiado tempo afastados, cercados de incertezas e pelo medo de nunca mais poderem ter um ao outro. As palavras já não eram necessárias. O diálogo era entre seus olhares, transbordantes de paixão e saudade. Crow a ergueu nos braços sem pensar em nada mais, a não ser saciar aquela inesgotável ânsia de senti-la junto a si, fundindo-se ao seu corpo e a sua alma. Deitou-a sobre a cama como se colocasse uma relíquia sobre um altar, acariciou seu rosto, analisando cada detalhe com a ponta dos dedos, enquanto ela, de olhos fechados, estremecia ao seu toque. Continuou a carícia com os lábios ao longo do pescoço, beijando de leve a pele acetinada, descendo até onde a camisa masculina se encontrava abotoada. Delicadamente abriu um por um dos botões, desvendando as formas arredondadas sob o pano grosseiro, fazendo-a arquear e gemer ao sugar seus mamilos rijos pela excitação. As mesmas mãos que despiram as barreiras de tecido, desvendando-a aos seus olhos extasiados, agora percorriam espalmadas suavemente através das curvas delicadas de seu corpo. Ao tocar a parte interna das coxas, onde ela pulsava e se umedecia numa carência exigente, levou-a a um estremecimento completo, e ele ouviu seu nome sussurrado entre gemidos. Sorrindo e lutando para controlar um pouco mais sua própria necessidade crescente, Crow persistiu, beijando o montículo em forma de V, coberto pela discreta penugem avermelhada e, mais uma vez, excitando-a ao passar a língua sobre os úmidos lábios íntimos. Levantou-se, terminou de se despir e se deitou sobre ela com cuidado. Ao senti-lo, Ana elevou as pernas e enlaçou-o na altura do quadril, surpreendendo-o agradavelmente. Ela o puxava para dentro de si como se ele fosse uma parte importante de seu corpo a qual precisava que retornasse à sua origem com urgência. Temendo machucá-la, penetrou-a lenta e profundamente. Estava de volta ao paraíso quando a sentiu jogar-se contra ele, em busca do êxtase. Com movimentos cada vez mais rápidos e intensos, levou-a a um novo orgasmo. Cobriu sua boca com um beijo acalorado antes que ela gritasse seu nome mais uma vez e pouco antes dele próprio atingir o clímax.
- Foi apenas um mal estar passageiro. Ela precisa se alimentar melhor e dormir algumas horas.
- Tem certeza que não é nada grave, doutor? – perguntou Crow notando um comportamento estranho no médico, o que o perturbou. – Ela tem alguma moléstia grave? Por favor! Preciso saber!
- Já disse que ela está bem. Precisa apenas de repouso e boa alimentação. Se duvida – disse Hall com discreta irritação. –, pode certificar-se por si mesmo.
Afastou-se da porta, dando espaço para Crow entrar no quarto, indicando a passagem com a mão.
- Desculpe, doutor... Não pretendia duvidar do senhor...
Apesar de sua angústia pelo ocorrido com Ana, devia muito ao Dr. Hall, tanto por sua dedicação durante o período em que estivera doente, como pelo fato de não tê-lo denunciado às autoridades. Claro que isso também podia ser explicado pela antipatia que o médico, adepto do Puritanismo, nutria pela Rainha Elisabeth, sua política e os boatos a respeito de seus amantes. De qualquer forma, Crow não se sentia no direito de duvidar do diagnóstico desse homem. O certo é que estava muito perturbado com o desmaio de Ana e isso, provavelmente, estava fazendo com que imaginasse o pior.
- Eu o entendo... Parece gostar muito dela...
- Sim... Gosto...
- Quer um conselho? – indagou em voz baixa, respondendo sem esperar a afirmação de Crow – Faça dela uma mulher honesta enquanto tem chance.
- É o que pretendo fazer. – respondeu com um meio sorriso, achando aquele conselho um tanto fora do contexto. Provavelmente descobrira que ela já não era mais virgem e soubera quem tinha sido o responsável. Como bom puritano, certamente o médico não tinha visto essa situação com bons olhos.
- Faça isso...
- Obrigado, doutor.
Após um breve aceno de cabeça, se despediu e andou em direção às escadas.
Não se contendo mais, Crow entrou no quarto. Encontrou Valentina pedindo que Ana não se levantasse da cama, sem sucesso.
- Sente-se melhor? – perguntou cuidadoso. – Porque não segue o conselho de Valentina e fica deitada. O Dr. Hall acabou de que precisa de repouso.
- Foi só um ligeiro mal estar. Já passou... – falou com um sorriso tímido. – Estou me sentindo bem agora.
- Ela não tem se alimentado direito – adiantou-se Tina – Bem que eu falei...
- Tina... Será que pode nos deixar a sós? – pediu Ana delicadamente.
- Claro! Que tolice a minha... Vocês têm muito a conversar... Vou ver se o cabeça-dura do Brett já melhorou o seu humor.
Parecia preocupada ao sair do quarto, apesar do sorriso estampado na face.
- O que há com a Tina? – perguntou ele estranhando os modos da amiga.
- Acho que dei um susto em todos vocês... Desculpe... – respondeu aproximando-se dele.
- Foi realmente apenas um mal-estar passageiro? – acariciou-lhe a face com o dorso da mão direita.
- Não foi isso que o Dr. Hall lhe disse? – replicou trançando os braços em torno da cintura dele.
- Sim, mas... – hesitou, mas correspondeu ao abraço.
- Ele parece ser um bom doutor... Foi ele que cuidou de você, não? Parece ser confiável. – continuou aproximando ainda mais o corpo ao dele.
- Não tenho dúvidas disso... A senhorita, por acaso, está tentando me seduzir? – terminou por murmurar quando ela roçou os lábios em sua boca.
- Talvez...
- Que eu saiba, o Dr. Hall lhe recomendou repouso...
- Tudo que eu preciso é você, meu corsário.
Ele sorriu, sentindo o desejo invadir-lhe o corpo e a mente.
- Ainda quero saber o que aconteceu durante esse tempo em que estivemos separados...
- Depois... Agora me beije...
Esquecido momentaneamente de tudo que acontecera, Crow não conseguiu mais controlar seu desejo. Haviam passado demasiado tempo afastados, cercados de incertezas e pelo medo de nunca mais poderem ter um ao outro. As palavras já não eram necessárias. O diálogo era entre seus olhares, transbordantes de paixão e saudade. Crow a ergueu nos braços sem pensar em nada mais, a não ser saciar aquela inesgotável ânsia de senti-la junto a si, fundindo-se ao seu corpo e a sua alma. Deitou-a sobre a cama como se colocasse uma relíquia sobre um altar, acariciou seu rosto, analisando cada detalhe com a ponta dos dedos, enquanto ela, de olhos fechados, estremecia ao seu toque. Continuou a carícia com os lábios ao longo do pescoço, beijando de leve a pele acetinada, descendo até onde a camisa masculina se encontrava abotoada. Delicadamente abriu um por um dos botões, desvendando as formas arredondadas sob o pano grosseiro, fazendo-a arquear e gemer ao sugar seus mamilos rijos pela excitação. As mesmas mãos que despiram as barreiras de tecido, desvendando-a aos seus olhos extasiados, agora percorriam espalmadas suavemente através das curvas delicadas de seu corpo. Ao tocar a parte interna das coxas, onde ela pulsava e se umedecia numa carência exigente, levou-a a um estremecimento completo, e ele ouviu seu nome sussurrado entre gemidos. Sorrindo e lutando para controlar um pouco mais sua própria necessidade crescente, Crow persistiu, beijando o montículo em forma de V, coberto pela discreta penugem avermelhada e, mais uma vez, excitando-a ao passar a língua sobre os úmidos lábios íntimos. Levantou-se, terminou de se despir e se deitou sobre ela com cuidado. Ao senti-lo, Ana elevou as pernas e enlaçou-o na altura do quadril, surpreendendo-o agradavelmente. Ela o puxava para dentro de si como se ele fosse uma parte importante de seu corpo a qual precisava que retornasse à sua origem com urgência. Temendo machucá-la, penetrou-a lenta e profundamente. Estava de volta ao paraíso quando a sentiu jogar-se contra ele, em busca do êxtase. Com movimentos cada vez mais rápidos e intensos, levou-a a um novo orgasmo. Cobriu sua boca com um beijo acalorado antes que ela gritasse seu nome mais uma vez e pouco antes dele próprio atingir o clímax.
Seguindo a prescrição do Dr. Hall, de boa alimentação, passeios curtos pela manhã, para se beneficiar do exercício e dos raios de sol, que se tornavam cada vez mais raros, Ana não apresentou nenhum outro episódio de desfalecimento. Apesar de saberem que a situação de Crow continuava pendente e perigosa, tentavam aproveitar ao máximo os momentos que tinham a seu dispor no presente. Na noite seguinte à chegada de Ana, Crow decidiu seguir o conselho do Dr. Hall, mesmo tendo seu futuro incerto ou, talvez, exatamente por isso. Afinal, ele tinha lhe tirado a castidade e, caso ele viesse a perecer, pelo menos ela seria uma jovem viúva e não uma "perdida". Teria chance de refazer sua vida na Espanha ou na Inglaterra, casada com outro homem. Essa ideia lhe provocava intensa repulsa e só de pensar nisso seu peito doía como se tivesse sido atacado por um marrete direto no coração; mas precisava pensar dessa forma.
O pedido foi feito diante de seu pai e de seus amigos durante o jantar. A surpresa e a felicidade demonstradas por Ana enquanto ouvia as palavras ditas por Crow, muito sério e emocionado, provocou o surgimento de lágrimas rolando livremente em seu rosto. Foi abraçada e beijada pelo noivo, enquanto recebiam os alegres cumprimentos das testemunhas presentes.
Tendo em vista que o prazo dado por Arthur se extinguiria muito em breve, decidiram ter uma cerimônia simples, com a presença de um monge que lhes daria a benção e lavraria o registro de casamento, oficializando a união.
- E o vestido de noiva? – perguntou Tina, que já se assumira como madrinha. – Não pode haver casamento sem um vestido de noiva.
- Não é necessário, Tina... – tranquilizou-a Ana. – O que realmente importa, eu já tenho. – disse olhando para Crow com um sorriso inebriado.
- Acho que posso resolver esse problema – intrometeu-se Timothy com olhar cúmplice, provocando surpresa em Crow. – Não se preocupem com esse detalhe.
Timothy guardara o vestido de noiva de sua esposa por muitos anos. Agora ele seria novamente usado para um momento de felicidade, dessa vez para o seu filho. Tinha certeza que sua esposa, onde estivesse, ficaria muito orgulhosa deles.
Três dias depois, se emocionaria ao ver Ana vestida com a roupa que o comovera muitos anos antes, quando viu a mãe de Crow naquele traje, andando em sua direção pelas mãos do sogro.
O pedido foi feito diante de seu pai e de seus amigos durante o jantar. A surpresa e a felicidade demonstradas por Ana enquanto ouvia as palavras ditas por Crow, muito sério e emocionado, provocou o surgimento de lágrimas rolando livremente em seu rosto. Foi abraçada e beijada pelo noivo, enquanto recebiam os alegres cumprimentos das testemunhas presentes.
Tendo em vista que o prazo dado por Arthur se extinguiria muito em breve, decidiram ter uma cerimônia simples, com a presença de um monge que lhes daria a benção e lavraria o registro de casamento, oficializando a união.
- E o vestido de noiva? – perguntou Tina, que já se assumira como madrinha. – Não pode haver casamento sem um vestido de noiva.
- Não é necessário, Tina... – tranquilizou-a Ana. – O que realmente importa, eu já tenho. – disse olhando para Crow com um sorriso inebriado.
- Acho que posso resolver esse problema – intrometeu-se Timothy com olhar cúmplice, provocando surpresa em Crow. – Não se preocupem com esse detalhe.
Timothy guardara o vestido de noiva de sua esposa por muitos anos. Agora ele seria novamente usado para um momento de felicidade, dessa vez para o seu filho. Tinha certeza que sua esposa, onde estivesse, ficaria muito orgulhosa deles.
Três dias depois, se emocionaria ao ver Ana vestida com a roupa que o comovera muitos anos antes, quando viu a mãe de Crow naquele traje, andando em sua direção pelas mãos do sogro.
Diante de um altar improvisado, no jardim da mansão dos Lodwick, Crow, ansioso, aguardava a chegada de sua noiva, vestido como um fidalgo, mantendo a sua rapieira, trazida por Brett do Highlander, onde a deixara por ocasião de sua prisão, embainhada na cintura. Levava a cabeleira negra presa à nuca com uma discreta fita preta. O monge estava atrasado e isso o estava incomodando. Passava constantemente os dedos sobre o punho da espada. Jamais pensara ficar tão nervoso por causa de uma cerimônia à qual nunca dera importância. Olhou o amigo que permanecia ao seu lado, recebendo de volta uma piscada de olho reconfortante. Isso o fez lembrar que Brett e Valentina tinham voltado a entender-se e do alívio que sentia ao ver a alegria voltar aos olhos de sua "irmãzinha ". Após muitos rodeios, seu amigo confessara a Tina o motivo de seus receios em se tornarem um casal e o porquê de se considerar indigno de seu amor, algo que Crow já sabia, mas nada contara por respeito à vontade de Brett. Contou-lhe, após muita insistência dela, que seu pai era um marginal e extremamente violento. Procurava sua mãe apenas quando precisava de dinheiro para gastar nos bares da cidade. Quando não obtinha nenhum valor, espancava-a. A pobre mulher trabalhava grande parte do dia para um mestre pisoeiro (tintureiro), lidando com água, tintas e tecidos, em condições totalmente insalubres na beira do Tâmisa, e o pouco que ganhava mal dava para sustentar a ela e ao filho pequeno. Certo dia, farta da exploração pelo marido inútil, se negou pela última vez a dar o que o miserável pedia. Foi espancada até a morte na frente de seu filho único, então com dez anos. Esse fato marcou definitivamente a vida de Brett, que se viu jogado nas ruas, após a prisão e enforcamento do assassino de sua mãe, acabando por levar uma vida na marginalidade. Tornou-se um jovem revoltado, que acreditava ter herdado a má índole do pai. Seu maior temor, depois que conheceu Crow, era não conseguir controlar seu gênio e acabar por machucar a quem não merecia. Quando sentiu que se apaixonara por Valentina e que era correspondido, ergueu mil barreiras e desculpas para afastá-la. Dona de uma personalidade forte e teimosa como o raio, o medo de feri-la durante uma discussão mais exacerbada ou tirar sua vida era grande demais para permitir-se amá-la como um homem normal.
- Quando você apareceu no meio daquele bosque, desobedecendo nosso trato... – relembrou Brett.
- Já disse que não fiz nenhum trato com você. – insistiu Valentina.
- Na minha cabeça havíamos feito uma combinação de que você esperaria até a minha volta... Quando a vi, só conseguia imaginar os riscos por que tinha passado e fiquei furioso com a sua atitude irresponsável, arriscando a sua vida e a de Bald. Naquele momento juro que tive vontade de lhe dar uma surra.
- Foi a primeira vez que sentiu essa vontade? – ela brincou – Jurava que essa ideia já tinha lhe passado várias vezes pela cabeça.
- Não brinque com isso, Tina... A imagem de meu pai espancando minha mãe me assombrou mais uma vez e...
- Querido... – ela pegou em sua mão e a levou de encontro ao rosto – Sei que jamais seria capaz de uma coisa dessas.
- Como pode saber? – disse encarando-a com um triste olhar.
- Brett... Há quantos anos nos conhecemos? Quantas vezes você levantou sua mão contra mim ou contra qualquer outra mulher? Você é um ladrão, um pirata... Isso ninguém pode negar... – disse isso com expressão brejeira. – Mas essa é uma situação que pode mudar, ao contrário do seu caráter. Você é um homem bom, gentil, carinhoso e...
- E...? – indagou já com a face menos contraída.
Valentina se acercou dele, passando os braços a sua volta e puxando-o contra si, encarando-o com ar muito sério.
- E eu te amo, seu bobo... – Colocou-se na ponta dos pés e roçou seus lábios nos dele.
- Ah, Tina... Te amo também, minha maluquinha. – declarou, sentindo como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros. Envolveu sua nuca com as mãos e a beijou com paixão.
- Quando você apareceu no meio daquele bosque, desobedecendo nosso trato... – relembrou Brett.
- Já disse que não fiz nenhum trato com você. – insistiu Valentina.
- Na minha cabeça havíamos feito uma combinação de que você esperaria até a minha volta... Quando a vi, só conseguia imaginar os riscos por que tinha passado e fiquei furioso com a sua atitude irresponsável, arriscando a sua vida e a de Bald. Naquele momento juro que tive vontade de lhe dar uma surra.
- Foi a primeira vez que sentiu essa vontade? – ela brincou – Jurava que essa ideia já tinha lhe passado várias vezes pela cabeça.
- Não brinque com isso, Tina... A imagem de meu pai espancando minha mãe me assombrou mais uma vez e...
- Querido... – ela pegou em sua mão e a levou de encontro ao rosto – Sei que jamais seria capaz de uma coisa dessas.
- Como pode saber? – disse encarando-a com um triste olhar.
- Brett... Há quantos anos nos conhecemos? Quantas vezes você levantou sua mão contra mim ou contra qualquer outra mulher? Você é um ladrão, um pirata... Isso ninguém pode negar... – disse isso com expressão brejeira. – Mas essa é uma situação que pode mudar, ao contrário do seu caráter. Você é um homem bom, gentil, carinhoso e...
- E...? – indagou já com a face menos contraída.
Valentina se acercou dele, passando os braços a sua volta e puxando-o contra si, encarando-o com ar muito sério.
- E eu te amo, seu bobo... – Colocou-se na ponta dos pés e roçou seus lábios nos dele.
- Ah, Tina... Te amo também, minha maluquinha. – declarou, sentindo como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros. Envolveu sua nuca com as mãos e a beijou com paixão.
Os minutos pareciam se passar muito lentamente naquele altar. Crow voltava a rever os novos planos de vida que reestruturara em acordo com Ana. Deixara para trás a ideia de entregar-se a justiça inglesa, aparentemente corrompida. Eles voltariam como marido e mulher à Espanha e lá ele se passaria por um comerciante irlandês. Ela tomaria posse de suas terras e títulos e viveriam lá até que a guerra chegasse ao fim. Não lhe agradava muito a ideia de viver às custas da esposa, apesar dos argumentos dela mostrarem que ele seria o legítimo dono de tudo que era seu, além de tornar-se o administrador das propriedades de Villardompardo, algo que estava sendo feito por Esteban atualmente. Logo após a cerimônia, eles partiriam ao encontro do Highlander. Já convencera Brett a assumir seu navio e a administração dos bens de Hawke juntamente com Tina, como ele próprio fizera até então.
Finalmente o monge que realizaria o casamento chegou, sendo levado por Brett até o altar onde estava Crow. Esse, por sua vez, deixou de lado toda a ansiedade que experimentara durante aqueles longos minutos, ao avistar Ana no lindo vestido de veludo azul claro (N.A.: cor que representava a pureza da noiva na Idade Média). Com delicados bordados no decote e na barra das mangas e da saia, a vestimenta era complementada por um singelo e curto véu branco sob o qual estavam presos os cabelos ruivos de Ana num coque. Trazia nas mãos o rosário de coral que pertencera também à mãe de Crow. Segurando o braço de Timothy, foi conduzida por ele ao altar. Tina não conseguiu evitar uma lágrima e passou a apertar com ainda mais força a mão de Brett. Assim, na presença de Sir Lodwick, Brett, Tina, Liam, Bald, Dr. Hall e alguns poucos empregados, Crow e Ana tornaram-se marido e mulher.
Ainda estavam sendo cumprimentados, quando sentiram um ligeiro tremor sob os pés. Cerca de vinte cavaleiros, vestidos com as cores do reino, acabavam de invadir a propriedade, dirigindo-se ameaçadoramente em sua direção.
Finalmente o monge que realizaria o casamento chegou, sendo levado por Brett até o altar onde estava Crow. Esse, por sua vez, deixou de lado toda a ansiedade que experimentara durante aqueles longos minutos, ao avistar Ana no lindo vestido de veludo azul claro (N.A.: cor que representava a pureza da noiva na Idade Média). Com delicados bordados no decote e na barra das mangas e da saia, a vestimenta era complementada por um singelo e curto véu branco sob o qual estavam presos os cabelos ruivos de Ana num coque. Trazia nas mãos o rosário de coral que pertencera também à mãe de Crow. Segurando o braço de Timothy, foi conduzida por ele ao altar. Tina não conseguiu evitar uma lágrima e passou a apertar com ainda mais força a mão de Brett. Assim, na presença de Sir Lodwick, Brett, Tina, Liam, Bald, Dr. Hall e alguns poucos empregados, Crow e Ana tornaram-se marido e mulher.
Ainda estavam sendo cumprimentados, quando sentiram um ligeiro tremor sob os pés. Cerca de vinte cavaleiros, vestidos com as cores do reino, acabavam de invadir a propriedade, dirigindo-se ameaçadoramente em sua direção.
(continua...)
Parece que ainda não foi dessa vez que o nosso casal conseguiu encontrar a paz para viverem seu grande amor. Paciencia... O que será que vai acontecer agora? Será que o Arthur Greenville vai mesmo fazer essa sacangem com os amigos, prendendo o Crow? Espero que estejam gostando da minha história. Eu disse no início que estava iniciando esse romance por pura diversão, pois sempre adorei os filmes de piratas e, entre os temas para escrever, este era um dos meus preferidos. Acho que os piratas ainda mexem com a imaginaçao da gente (vide o sucesso da recente série Piratas do Caribe) e quando o pirata é alguém como o Capitão Crow... (suspiro).
Um super beijo para as minhas comentaristas do último post, Nadja e Rudy.
Espero voces na continuação desse capítulo! Até mais!
Beijos à todos!
PS: O problema com o acento circunflexo do meu PC continua...
Mais um capítulo maravilhoso...
ResponderExcluirComo o Brett sofreu, agora entendo o motivo que o levava a não assumir seu amor por Tina, ele devia sofrer muito com o simples pensamento de vir a machucá-la.
Já estou com saudades desse romance, me afeiçoei bastante a todos esses personagens, claro que principalmente ao Nigel, não tinha como ser de outra forma, rsrsrs. Ele representa o herói incompreendido na infância, que foge de casa, passa a roubar dos ricos e cuida de crianças abandonadas, ele é perfeito! Mas tenho certeza de que depois do ponto final ele, Ana e quem vier, irão continuar com esse amor em algum lugar...
Beijos amiga!!!!
Amiga, que capítulo é esse?!! Afff... Adoooooooooooroooo!!! Estou até sem fôlego, me falta um corsário aqui!!! Hehehe
ResponderExcluirMas, deixando de lado a brincadeira, que cena amorosa mais linda a que vc expôs! Tanta sensibilidade na descrição dos sentimentos aflorando, assim, de forma tão urgente, tão necessária. Fiquei absolutamente encantada!
E os dois são cabeça-de-vento: o médico indica repouso à Ana e eles fazem o contrário... Bom, como pude perceber que deu certo, na próxima vez que eu precisar de repouso por ordens médicas, vou gritar: tragam-me o Corsário!!! Haushsuahsuahsuas...
E essa coisa do Brett ficar com receio de repetir as cenas que via acontecer com sua família na infância tem certo fundamento. Infelizmente, há certa tendência de filhos de pais alcoólicos tb se tornarem assim, e filhos de pais que praticam violência acabam tb se tornando violentos. Isso é contraditório, pois se os filhos sofrem tanto com essa situação desesperadora, deveriam crescer e jamais repetir esse erro dos pais, mas a natureza humana é, de per si, contraditória tb e os erros acabam repetindo-se por gerações.
Todavia, é como a Tina citou: o Brett já demonstrou o seu bom caráter e só o fato dele se preocupar, já enfatiza o seu desejo de tornar um homem melhor.
Achei a cerimônia muito bonita, tudo o que é simples é mais bonito e a Ana estava linda! Mas que pena que toda essa felicidade imensa teve que ser interrompida. Quanto ao Arthur, espero que tome jeito, mas não sei. Nigel irá precisar de toda ajuda possível e, no fim, tem um lado aparentemente bom de ele ter sido preso, pois assim irá à busca de sua absolvição, poderá se tornar um homem verdadeiramente livre e, aí sim, viver com toda a dignidade que ele e a Ana merecem.
Adorei o capítulo, Rô, apesar de ficar com o coração na mão!
Beijinhos
Ual depois de muitos goles de água me recupero da noite de amor do casal mais fervoroso dessa estória, céus como eu viajo na maionese, bom voltando a terra... kkk Enfim Brett e Tina no caminho da felicidade plena os brutos também amam e se rendem a doçura. Logo teremos outro casório nesse romance.
ResponderExcluirAgora fica em haver esse Arthur que ainda estou com esperança do seu lado bom falar mais alto, o jeito é aguardar o próximo post (quase sem as unhas de tanta anciedade.. kkk)
Beijãooo querida