sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Corsário Apaixonado - Capítulo XVI (1ª parte)

- Nigel! – gritou Ana, que antes de chegar aos braços de Crow assistiu à tentativa de Castilhos em eliminá-lo e a queda de Brett após defender seu amigo.
Abraçaram-se fortemente, com a felicidade do reencontro esmaecida pelo infortúnio de seu companheiro.  Depois de uma rápida e significativa troca de olhares, que bastou para transmitir o alívio de estar novamente juntos, a atenção se voltou para Brett que já se encontrava aninhado nos braços de Valentina, no chão do convés.
- Não se preocupe... – disse gemente de dor, acariciando com o olhar a face, úmida pelas lágrimas, de quem o acalentava. – Não será dessa vez que ficará livre de mim, Tina.
- E quem disse que quero me ver livre de você, seu pirata do inferno?
- Vamos levá-lo para o Highlander! – afirmou Crow abaixando-se até onde o imediato estava caído. – Aguente firme, Brett...
- Vocês têm um cirurgião a bordo? – perguntou Arthur.
- Não temos médico no Highlander, mas podemos cuidar dele – respondeu Crow atordoado.
- Como? Não sabem a extensão do ferimento. Nós temos um cirurgião que pode tratar dele. Pela nossa antiga amizade... Por favor, aceitem.
Antes que Crow pudesse interferir, o capitão inglês ordenou a remoção do ferido para sua própria cabine.
Brett foi levado às pressas para os aposentos de Greenville, onde prontamente o médico de bordo o atendeu e proibiu seus acompanhantes de entrarem, até que pudesse avaliar o ferimento.

Enquanto os piratas hispânicos e, agora prisioneiros, eram alinhados e acorrentados, Arthur Greenville ordenou a liberação de alguns barris de um destilado de cevada trazido da Escócia para ser distribuído entre os grumetes e os piratas de Crow. Estes últimos voltaram ao Highlander satisfeitos com a vitória e a bebida, mas preocupados com Brett. Liam ao saber do ocorrido imediatamente ofereceu-se para ajudá-lo, mas retornou carrancudo quando foi informado que a tripulação contava com os serviços de um oficial médico muito competente e que sua ajuda não era necessária.
A angústia pesava principalmente sobre três corações. Os minutos escorriam lentamente. Ana e Crow  abraçados observavam o andar de vai e vem nervoso de Tina.  A falta de palavras de consolo tornava ainda mais angustiante a espera.
Após organizar a reclusão dos prisioneiros, falar com seu imediato e ordenar os reparos necessários à boa navegação do El Tiburón, Arthur Greenville pode finalmente ir ao encontro de Crow e das duas mulheres. Apesar de tudo, estava satisfeito com os troféus que levaria para a Rainha Elizabeth como prova de seu triunfo contra um dos grandes inimigos dos navios ingleses. Isso certamente lhe traria prestígio inestimável e finalmente deixariam de louvá-lo apenas como filho de Sir Richard Greenville.
- O Dr. Wilde já deu notícias de Brett? – perguntou ao aproximar-se do  pequeno grupo.
- Ainda não... – respondeu Crow.
- Se ele não aparecer aqui em um minuto para dar notícias, vou invadir essa maldita cabine e saber o que está havendo. – reclamou Tina no limite de sua paciência e apreensão.
Arthur não conseguia disfarçar sua curiosidade pela jovem morena, vestida como um rapaz, que tivera a coragem de matar o homem que ameaçava Ana de Villardompardo. Entretanto, percebera, por suas atitudes, que seu coração já pertencia a outro; alguém que anos atrás fora seu amigo e que, agora, podia estar agonizante.
Não houve tempo para a invasão de Tina, pois o Dr. Wilde surgiu através da porta da cabine com uma cara carrancuda.
- O ferimento foi profundo, mas perfurou apenas pele e músculos. – disse, finalmente. – Ele vai sobreviver.
- Podemos vê-lo? – perguntou Crow com esperanças renovadas.
Antes que o médico respondesse, Tina avançou porta adentro, empurrando-o para o lado.
- Parece que sim – respondeu Dr. Wilde tentando equilibrar-se para não cair ao chão.  Olhou para o casal que ainda aguardava a sua frente e afastou-se da porta, antes que sofresse novo empurrão. – Bem... Podem entrar.
- Brett! – exclamou Tina ao vê-lo consciente e sentado sobre a cama, jogando-se sobre ele, abraçando-o como se quisesse prendê-lo para sempre junto ao seu corpo, arrancando-lhe um sorriso de satisfação e um uivo de dor.
- Oh! Desculpe! – disse ela afastando-se um pouco quando percebeu que o machucara sem querer.
- Não foi nada – disfarçou.
- Ele precisa descansar, pois perdeu muito sangue – orientou aborrecido o homem de barba branca e olhar arguto que o tratara e fizera o curativo. Retirou-se logo a seguir para cuidar de outros feridos que certamente o aguardavam após o combate.
- Ainda bem que não precisarei me preocupar em contratar outro imediato. – brincou Crow.
- Obrigada por salvar a vida de Nigel – disse Ana profundamente agradecida.
- Não foi nada. Eu tenho uma dívida impagável com ele... – redarguiu esboçando um melancólico sorriso.
- Que tipo de bebida esse médico lhe deu para acalmar a dor e deixá-lo a falar bobagens? – ironizou seu capitão.
- Que dívida impagável é essa que eu não conheço? – perguntou Tina curiosa.
- É melhor deixarmos o Brett descansar... – desconversou Crow.
- E quanto a Castilhos e Cristóbal? – perguntou Brett também tentando mudar o assunto.
- Castilhos está preso e, quanto a Cristóbal... Tina mandou-o numa viagem só de ida para o inferno.
- Como assim?
- Eu o matei. – confessou tranquilamente diante do queixo caído de Brett – Por que a surpresa? Esquece que fui criada entre piratas? Além disso, aquele miserável teve o que merecia.
- Nigel... – intrometeu-se na conversa o comandante do The Conqueror, que até então permanecera discretamente de lado, a escutar a conversa. – Agora que Brett está fora de perigo, precisamos conversar.
Crow estranhou o tom sério de seu velho conhecido.
- Vocês se conhecem? – interrompeu Tina.
- Sim! – exclamou Crow alegremente, batendo nas costas de Arthur  – Que grosseria a minha não apresentá-los. Este é o  Capitão Arthur Greenville,  ou Little Rich, como ele era mais conhecido entre os marinheiros de Sua Majestade. Ele era nosso companheiro no navio Enterprise, Ana – explicou, dando a entender que o oficial inglês sabia da história da família Villardompardo e de seu destino.
- Por que Little Rich? – perguntou Tina sem notar a expressão de desagrado do detentor do apelido.
- O nosso amigo é filho do grande comandante Sir Richard Greenville, um dos maiores navegadores da Rainha. – continuou, voltando a encarar o oficial. – Foi uma surpresa e um grande prazer reencontrá-lo aqui, Arthur, comandando seu próprio navio.
- Para mim também foi uma surpresa encontrá-los de uma maneira tão inusitada... Devo minha vida a você, Nigel. Tenha certeza que não esquecerei sua atitude se um dia  for necessário lembrá-la...
Crow tornou-se sério e pensativo.
- Entendo o que quer dizer, Arthur. Sei que, como oficial da Marinha inglesa tem um dever a cumprir.
- Sobre o que vocês estão falando? – perguntou Ana preocupada.
- Falaremos disso mais tarde – disse numa tentativa de apaziguar o olhar inquieto das duas jovens. –  No momento, estou curioso sobre a senhorita Ana, como a encontraram e qual a relação com Castilhos.  
- Ah, meu amigo... Essa é uma longa história.
- Gostaria de ouvi-la se não se importa... Podemos conversar na sala de mapas e deixar o Brett descansar.
- Eu ficarei aqui com ele. – falou Tina olhando para o seu amor ferido. – Também precisamos conversar um pouco.


Na sala de cartografia, que era também o gabinete e a biblioteca do The Conqueror, Arthur estava impressionado com a história do encontro de Nigel com Ana, de seu desejo de voltar a Inglaterra para se casarem e da terrível perseguição praticada por Castilhos a mando de Cristóbal de Villardompardo.
- Então os documentos que provam que a senhorita Ana é a herdeira estão em poder de Castilhos?
- Tudo leva a crer que sim.
- E quando a senhora pretende retornar a Espanha para tomar posse do que é seu?
- Não... Ainda não pensei... sobre isso... – disse reticente olhando para Crow.
- Deve pensar nisso, Ana. – disse Crow – Arthur tem razão. É a herança que seu pai deixou e, agora que Cristóbal morreu, não existe nenhuma razão para que não assuma seus direitos naquela terra.
- Você viria comigo? – perguntou para Crow.
- Isso vai depender do Capitão Greenville. – observou circunspecto – Creio que ele está num dilema, afinal sou um desertor e um pirata.
- Dilema? Que tipo de dilema?... – Ana temia pelo que estava prestes a ouvir.
- Desertor? – surpreendeu-se Arthur, deixando a pergunta de Ana no ar.  
- Eu abandonei meu posto em Dover, lembra?
- Drake nunca o denunciou por deserção. Ele o deu como dispensado do serviço. Se isso foi por arrependimento pelo que fez naquele dia ou por gostar de você ou por não querer se incomodar, ninguém nunca saberá. O fato é que não houve acusação alguma de deserção. Nesse sentido seu nome está limpo.
- Bem, isso já é uma boa notícia.
- O que pesa sobre você é o fato de ter atacado alguns navios ingleses que levavam passageiros da corte de nossa Rainha, o que a deixou especialmente brava... Apesar de ter nos ajudado e salvado minha vida, Nigel, ainda assim teria o dever de prendê-lo e levá-lo a julgamento na Inglaterra.
- Por favor! Não pode fazer isso! – exclamou Ana desesperada ao imaginar que poderia perder Crow.
- Eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, Ana – consolou abraçando-a.
- Então, vamos para a Espanha! Tanto faz o lugar onde viveremos. O que importa é que fiquemos juntos.
- Arthur, é possível o Brett seguir com Ana para a Espanha no Highlander?
- Não vou a lugar nenhum sem você! Não tente me ignorar! – alterou-se aflita.
- Acho que posso dar um jeito nisso, visto que não há outra maneira.
- Então está resolvido. – finalizou Crow com voz firme, tentando esconder de Ana a dor em seu peito por ter de deixá-la mais uma vez. Pelo menos Brett e Tina estariam junto a ela. Sabia que podia confiar sua vida aos dois.
- Que tipo de amigo é você? – gritou Ana com Arthur. – Como pode fazer uma coisa dessas?
Crow precisou segurá-la para evitar que ela se lançasse contra o homem.
- Calma, Ana...
- Interrogarei Castilhos e pegarei os documentos de Villardompardo. Vou deixá-los sozinhos agora... – Olhou para Ana com visível pesar. – Peço que me perdoe, senhorita. Estou apenas cumprindo meu dever...
Greenville saiu cabisbaixo, deixando Ana furiosa com a atitude de Greenville e  a decisão autoritária de Crow sem levar a sua opinião em conta.
- Se pensa que vai resolvendo assim a nossa vida, está muito enganado! – disse ameaçadora – Não vou permitir...
Antes que terminasse a frase, sua boca foi calada pela de Crow, que a tomou em seus braços e a beijou com vigor.
- Estava louco para beijá-la desde que a vi livre daquele miserável do Cristóbal. – sussurrou junto ao pescoço delgado, provocando em Ana um arrepio gostoso que quase a fez esquecer o motivo de sua irritação.
Os lábios famintos desceram através da pele quente e macia, chegando ao colo, onde era possível sentir as batidas aceleradas de seu coração. As mãos corriam ansiosas pelas curvas, do dorso às nádegas, percorrendo saudoso um caminho conhecido e insaciavelmente desejado.
-  Nigel... Você não pode me abandonar agora... – falou com a respiração ofegante enquanto era prensada contra a parede da sala e seu corpo coberto pelos carinhos voluptuosos de Crow.
Tentava afastá-lo, porém sem muita convicção, pois, nos últimos dias, passara incontáveis horas ansiando por um momento como aquele.
- Por favor... Não se afaste de mim de novo... – suplicou em voz baixa e entrecortada.
- Eu a amo, Ana... – declarou-se de encontro a sua boca num sussurro.
Não resistindo mais,  Ana deixou-se levar pelo desejo ardente que a dominava. Entre beijos e gemidos, Crow levantou a saia que o impedia de tocá-la mais intimamente. A ânsia por unir-se a ela da forma mais completa possível era insuportável.   Possuiu-a ali mesmo, entre livros, cartas de navegação e mapas, sufocando os dolorosos pensamentos a respeito de uma nova separação. Unidos em êxtase e em desespero pelo que estava por vir, permaneceram abraçados um ao outro, como a tábuas de salvação, enquanto abrandavam a saudade.


Assim que os três saíram da cabine, Tina virou-se para Brett.
- Pensei que você fosse morrer...
- Como já disse... Não se livrarão de mim tão fácil. – sorriu, desviando o olhar de Tina.
- O que você disse foi: Não será dessa vez que ficará livre de mim, Tina. – imitou-o – O que quis dizer com isso?
- Foi uma maneira de falar... – continuou sem poder encará-la.
Delicadamente, ela pegou seu rosto e virou-o de forma a poder olhar diretamente em seus olhos.
- Eu morreria se o perdesse, Brett... Por que não pode dizer o mesmo para mim? – Sua voz tornara-se trêmula e o rosto transfigurou-se em mágoa.
- Eu não posso... Ah, Valentina... Não me olhe desse jeito... Eu não mereço você...
- Se disser isso mais uma vez, eu juro que termino o serviço que Castilhos deixou inacabado. – disse irritada.
- O que quer que eu diga? Que a amo mais que tudo? Que quando pensei que fosse morrer só pensei em você e em declarar o meu amor antes do fim?
Um sorriso floresceu nos lábios de Tina.
- Acho que vou procurar Castilhos e dar-lhe um beijo em agradecimento...
- Só por cima do meu cadáver – ameaçou com uma careta de dor ao sentir o ferimento fisgar. – Ao invés disso... Que tal beijar a mim? – acabou por dizer fitando-a ternamente.
- Com todo o prazer...
Depois de se beijarem como se fosse pela primeira vez, Tina afastou-se e olhou-o de forma inquiridora.
- Agora quero que me conte que dívida é essa que tem com Crow e se isso tem a ver conosco.
Brett pareceu subitamente incomodado. Mexeu-se na cama entre um gemido e uma careta de dor, como para melhorar sua posição na cama.
- Vai contar ou vou ter que torturá-lo? – insistiu Tina.
- Está bem... Parece que hoje é o dia das declarações sob ameaça...
Tina acabou por sorrir e ele continuou.
- Antes de conhecer Nigel Lodwick, eu era apenas parte da escória humana nas ruas de Londres. Vivia de pequenos furtos; jogava e roubava nos dados; entre outras coisas piores. Foi nessa época que o conheci.  Tínhamos quase a mesma idade e ele frequentava o mesmo bar onde, nos fundos, eu aplicava meus golpes com os dados. Por coincidência e por sorte, um dia, no momento em que Nigel saía do bar, dois brutamontes resolveram acabar comigo, pois haviam perdido uma pequena quantia de moedas e desconfiaram de trapaça.  Ao ouvir os gritos que vinham do beco atrás da taverna, Nigel foi verificar o que estava acontecendo e partiu em minha defesa. Entrou beco adentro gritando pela milícia. Ao verem o tamanho do vulto que corria em nossa direção e pensando ser a polícia, como bons larápios, os sujeitos acharam melhor me soltar a enfrentar a prisão. Eles teriam me surrado até a morte, não fosse o Nigel. Desde então nos tornamos amigos.
- Essa é a dívida que tem com ele?
- Essa foi a primeira de muitas outras dívidas... Nigel sempre me tratou com grande consideração e tenho muita vergonha ao lembrar como demorei a reconhecê-lo como um verdadeiro amigo.
- Como assim?
- Eu não sou uma boa pessoa, Tina... E isso não se refere a ser um ladrão, pois na verdade é o que ainda faço até hoje... Refiro-me a algo mais profundo...
- Eu não entendo, Brett... Sobre o quê está falando?
- No início eu pensava em enganar Nigel. Eu sabia que sua família era rica... Não conseguia acreditar que alguém pudesse me tratar bem sem interesse algum. Passei grande parte de minha vida sendo escorraçado por todos. Desde que meu pai... – Parou de falar repentinamente como que arrependido do que viria a dizer.
- Desde que seu pai...?
-Nada... Nada... Nigel foi a primeira pessoa a me tratar como ser humano. É isso que eu queria dizer... Ensinou-me a ler e escrever. Mostrou-me outros valores, muito diferentes daqueles que eu conhecia. Quando ele resolveu se alistar na Marinha, me convidou para fazer o mesmo. Senti-me um novo homem, recebendo por meu trabalho e tendo um amigo ao meu lado. Passei quase três anos vivendo como um homem normal. Foi então que aconteceu o incidente com Ana e sua família.
- O que isso tem a ver?
- Nigel nunca lhe contou?...
- O que ele nunca me contou, Brett?
- Sabe as marcas nas costas dele?
- Sim, mas...
-  Eu fui o carrasco, Tina. Foi a mim que Drake ordenou que o chicoteasse sem piedade... E eu não tive coragem de me negar, por medo de sofrer penitência igual... – Sua face estava transtornada pela lembrança do passado   quando a olhou – Agora percebe por que não sou digno do seu amor?
- Você estava sob as ordens de um assassino, que era seu comandante. Não podia se negar a cumprir ordens. Não pode se culpar por isso. Tenho certeza que Crow não o culpou.
- Não há perdão que tire a culpa por minha covardia naquele dia. Pior me senti quando ele não embarcou três dias depois de estarmos ancorados em Dover. Saber que ele havia decidido desertar sem falar comigo, só fez aumentar aquele sentimento destrutivo dentro de mim. Mais tarde, pude entender que ele não quis me envolver em sua deserção. Cerca de dois meses depois pedi meu desligamento da Marinha, o que foi bem vindo por eles, já que meu comportamento estava sendo muito inadequado nos últimos tempos. Tornei-me um grumete relapso e inconveniente.  Terminei por trabalhar em alguns navios mercantes, bebendo e jogando; numa vida não muito diferente da que levava antes de conhecer Nigel. Alguns anos depois, o navio em que eu trabalhava foi atacado por piratas. Mais uma vez o destino quis dar uma nova guinada em minha vida. O navio pirata era o Highlander. Nigel, ou Crow, como já era conhecido então, não pensou duas vezes quando me encontrou. Convidou-me no ato para fazer parte de sua tripulação. Desde então, jurei que jamais lhe viraria as costas e que morreria de bom grado por ele.
- Brett... – Segurou-lhe mais uma vez a cabeça, carinhosamente,  para poder encará-lo de frente – Você já mostrou mais de uma vez o seu valor. Não há quem não o admire dentre os tripulantes do Highlander ou onde quer que passe. Se não fosse um bom homem, eu não sentiria o que sinto por você. Já é hora de esquecer esse passado e começar a viver... Viver comigo...
Mais uma vez uniram seus lábios, selando finalmente um compromisso tão ansiado por ambos.

(continua... )


Finalmente consegui postar uma parte do capítulo. Desejava poder fazer o capítulo integral, mas não foi possível. Nem vou cansar vocês com minhas mazelas nestas quase duas últimas semanas, mas pelo menos posso dizer que uma das minhas batalhas foi vencida. Meu filho passou no vestibular para Publicidade e Propaganda da ESPM Sul. Isso realmente foi uma grande notícia. Ainda estou me beliscando para saber que não é um sonho...rsrsrs. No meio de tantos estudos (estou quase pronta para fazer vestibular também) e outros probleminhas caseiros variados, a minha inspiração foi para as cucuias. Simplesmente eu não conseguia decidir os próximos passos de meus piratas queridos e suas amadas. Depois de muito pensar e matutar enquanto dirigia para o trabalho  ou servia de motorista dos filhos ou cozinhava, só hoje à tarde defini minhas próximas ações no romance, que já se aproxima do fim (acho que faltam apenas dois capítulos). Agora estou me sentindo mais leve e feliz. Isso sempre acontece quando consigo gerar mais um pedacinho da minha história.
Espero que me perdoem pela demora e que gostem do resultado de tanta matutação...rsrsrs.
Como sempre, gostaria de agradecer do fundo do meu coração aos comentários que recebi na última postagem. Esse estímulo é muito significativo para mim, como sabem. Sem ele, já teria desistido do blog.
Beijinhos a todos os meus pacientes leitores!

12 comentários:

  1. Uma bela semana pra ti minha amiga querida...beijos e beijos , poesia e paz sempre.

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  2. Querida: que bom que seu filho venceu essa batalha! É mais uma etapa vencida e outra de lutas que se inicia. Paarabéns para você também. E fico muito feliz em receber sua visita e seu carinho. Adorei o capítulo e acho que tudo está muito bem "matutado"... kkk Bjão!

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  3. Rosane, adoro as suas histórias românticas ! Você escreve muito bem mesmo ! Meus parabéns !
    Obrigado pela visita, pelos comentários e aproveito para lhe desejar nessa semana que se aproxima, um Feliz Natal e um próspero 2012 repleto de realizações !
    Bjs

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  4. Oi linda, envio meus parabéns para teu filho!!! hu-hu!!!! Um beijão para vc e boas festas, flor!!!

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  5. Amiga!!! Parabéns pela aprovação do teu filho no vestibular, mais uma etapa da vida vencida!
    Fiquei emocionada com esse capítulo Rô, a demonstração de amizade do Brett e tudo pelo que ele e Nigel passaram juntos é uma história à parte dentro do romance, que amizade linda! E nada como correr o risco de perder a pessoa que se ama pra deixar todos os receios e racionalizações de lado, até que enfim que o Brett se declarou!
    Espero que a Rainha esteja de muito bom humor quando ele for levado até ela, ele e Ana já sofreram tanto, mas tenho certeza de que o final que você está planejando para eles é maravilhoso.
    Beijos amiga e mais uma vez PARABÉNS!!!

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  6. Olá querida Rosane,retribuindo sua gentileza vim conferir seu espaço na blogosfera,gostei bastante das coisas que você escreve e com certeza vou voltar mais vezes.
    Um forte Abraço!
    Bruno

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  7. Que bom que o Arthur se ofereceu para cuidar do Brett, pois apesar de estarem acostumados a tratar de seus feridos no Highlander, é muito melhor saber que ele será tratado por um cirurgião, há mais segurança de uma possível cura.
    Nossa, foi uma surpresa para mim saber que o Drake não denunciou o Crow por deserção. Do jeito que era ruim, achei que isso seria apenas mais uma de suas maldades. Mas a vida é assim, às vezes, de onde a gente menos espera, surge uma boa surpresa – coisas assim são mesmo difíceis de ocorrerem, mas quando acontecem, nos fazem sorrir!
    Que encontro mais lindo vc descreveu, amiga! Emocionei-me, novamente, com tuas palavras tão sábias e românticas, que lindo!
    Ai, coitado do Crow, quanto sentimento de culpa! Isso acaba mesmo com os pensamentos de uma pessoa. O passado, muitas vezes, consegue impedir que a pessoa possa buscar um futuro mais alegre, pois a culpa fica corroendo e corroendo, deve ser mesmo muito duro isso.
    De outro lado, é muito bonita essa relação de amizade que se firmou entre eles. É difícil encontrar isso nos dias atuais, infelizmente. É mais fácil achar histórias de traição. Infelizmente, já sofri uma traição por uma pessoa que eu achava ser uma grande amiga na época em que me formei. É um golpe duríssimo que não se apaga da nossa memória. Ficam perguntas sem respostas, mesmo que no fundo a gente saiba que o que acaba gerando isso só pode ser inveja. Mas a gente se pergunta: ‘porquê?’ E não há mesmo resposta capaz de aquietar o nosso coração ferido. Então, quando descreve uma amizade tão sólida assim, mesmo que originada de forma não tão costumeira, me deixa muito feliz, é bom saber que sentimentos verdadeiros, desinteressados, puros, ainda existem nesse mundo habitado por pessoas tão maldosas.
    E que sacanagem, Rô... Agora que viria mais um rala e rola, vc nos deixa assim... com água na boca?!! Hehehe... Já tava na hora dessa revelação, a Tina é tão bacana, ela merece ser feliz!
    Esse capítulo foi uma delícia, Rô! Para nós, um lindo presente de Natal, um toque de amor em nosso coração! Oh coisa boa!!!
    PS Parabéns pela vitória do filho! E muitas outras virão, fique certa!
    Beijinhos

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  8. Minha querida amiga, passando pra desejar um belo final de semana pra ti e um Natal de muito amor e paz pra você e toda sua família, que a mensagem do Menino Jesus de amor paz e fraternidade esteja no coração de todos,,,beijos e beijos.

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  9. Olá, Rosane!
    Desejo-lhe um feliz Natal e um 2012 de muita alegria!
    Beijos.

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  10. Parabéns por seu filho, imagino o quanto deve estar orgulhosa!
    Estou passando para te desejar um Feliz Natal. Que Jesus Cristo derrame uma chuva de bençãos em você e em todos os seus.
    Grande beijo
    Daniele

    http://chabiscoitoseumlivro.blogspot.com

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  11. Olá!

    Passei para lhe desejar feliz ano novo!Que 2012 seja um ano cheio de realizações!

    BjoO
    Pri
    Entre Fatos e Livros

    PS: Voltarei para ler com calma seu post, pq agora está mto tarde. Já passam das 3 da madrugada! hahaha

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  12. Parabéns pelo seu filhão Rosane! esteje certa que a sua felicidade tb é a nossa. É os céus conspirando ao seu favor sempre... boa sorte!

    Crow! Crow nosso pirata favorito causando as melhores impressões e deixando toda a nação feminina no delirio de sua existência... pena q algo muito desagradável vai tomar conta desse casal que tanto vibramos pelo sucesso, agora só nos restas fazer muitas figas pra essa trama mudar e encerrar de vez tamanho sofrimento. E o clima de romance no ar não para temos noss brett e Tina que finalmente resolveram largar mão do orgulho e se entregar nessa linda paixão. Veremos os próximos capítulos!!!

    * * *Beijãoo no seu coração* * *

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