Castelo de madeira de Eduardo III, nos arredores de Calais – Março de 1347
- Onde está Eduardo? – perguntou a rainha ao seu fiel amigo Sir Walter de Mauny, quando irrompeu no salão onde o rei costumava deliberar suas ordens. Parecia nervosa e irritada.
- Ele saiu para verificar as torres de observação em torno das muralhas e falar com o comandante da flotilha que chegou aqui no final do mês. Com a ajuda destes 120 navios que Sua Majestade mobilizou para cá, conseguimos o bloqueio completo do acesso por mar. Com isso a entrada de alimentos para abastecimento da cidadela fica definitivamente cortado e...
- Perdoe-me, Walter, mas não preciso saber desses detalhes escabrosos das táticas do cerco. O que preciso agora é falar com meu marido.
- Se eu puder ajudá-la...
Filipa soltou um longo suspiro e sentou-se em uma das cadeiras em torno da mesa de reuniões.
- Minha filha, Isabela, acaba de chegar de Londres. Diz que o pai mandou trazê-la para cá, pois ficará noiva do novo Conde de Flandres na Páscoa.
- O rei não lhe comunicou sua resolução?
- Não! – exclamou exasperada, elevando o tom da voz, coisa que raramente fazia, pois costumava ser tolerante com as atitudes inesperadas de seu marido. – Ele não pode definir o futuro de nossa filha sem antes falar comigo.
- Creio que Vossa Majestade deva discutir este assunto diretamente com o rei. – disse Sir Walter sentindo-se consternado pela rainha, mas ao mesmo tempo não querendo intrometer-se na intimidade do casal real.
Conter o choro diante de seus súditos era algo que aprendera ao longo dos anos de reinado e não pretendia que fosse diferente na frente de Sir Walter. Uma rainha não podia se dar ao luxo de ficar lamentando os mandos e desmandos do rei. Sua tristeza era provocada, não apenas pela obrigação imposta a sua filha de quinze anos, mas pelo sentimento de traição. De repente, dava-se conta de que, naqueles últimos meses, Eduardo estivera tentando cativá-la, não por que quisesse seu amor de volta, mas porque sabia de sua resistência a um casamento de conveniência e precisaria de seu apoio. E pensar que andava tão feliz com os carinhos e agrados de Eduardo...
- Senhora... O rei está chegando. – alertou-a Sir Walter aliviado quando avistou o grupo de cavaleiros que cruzava os portões da vila e a figura imponente de Eduardo a frente deles.
- Por favor, meu amigo... Poderia pedir a ele que vá até meus aposentos?
- Sem dúvida, majestade. Irei imediatamente.
Após uma mesura, saiu do salão a procura de seu rei.
- Ele saiu para verificar as torres de observação em torno das muralhas e falar com o comandante da flotilha que chegou aqui no final do mês. Com a ajuda destes 120 navios que Sua Majestade mobilizou para cá, conseguimos o bloqueio completo do acesso por mar. Com isso a entrada de alimentos para abastecimento da cidadela fica definitivamente cortado e...
- Perdoe-me, Walter, mas não preciso saber desses detalhes escabrosos das táticas do cerco. O que preciso agora é falar com meu marido.
- Se eu puder ajudá-la...
Filipa soltou um longo suspiro e sentou-se em uma das cadeiras em torno da mesa de reuniões.
- Minha filha, Isabela, acaba de chegar de Londres. Diz que o pai mandou trazê-la para cá, pois ficará noiva do novo Conde de Flandres na Páscoa.
- O rei não lhe comunicou sua resolução?
- Não! – exclamou exasperada, elevando o tom da voz, coisa que raramente fazia, pois costumava ser tolerante com as atitudes inesperadas de seu marido. – Ele não pode definir o futuro de nossa filha sem antes falar comigo.
- Creio que Vossa Majestade deva discutir este assunto diretamente com o rei. – disse Sir Walter sentindo-se consternado pela rainha, mas ao mesmo tempo não querendo intrometer-se na intimidade do casal real.
Conter o choro diante de seus súditos era algo que aprendera ao longo dos anos de reinado e não pretendia que fosse diferente na frente de Sir Walter. Uma rainha não podia se dar ao luxo de ficar lamentando os mandos e desmandos do rei. Sua tristeza era provocada, não apenas pela obrigação imposta a sua filha de quinze anos, mas pelo sentimento de traição. De repente, dava-se conta de que, naqueles últimos meses, Eduardo estivera tentando cativá-la, não por que quisesse seu amor de volta, mas porque sabia de sua resistência a um casamento de conveniência e precisaria de seu apoio. E pensar que andava tão feliz com os carinhos e agrados de Eduardo...
- Senhora... O rei está chegando. – alertou-a Sir Walter aliviado quando avistou o grupo de cavaleiros que cruzava os portões da vila e a figura imponente de Eduardo a frente deles.
- Por favor, meu amigo... Poderia pedir a ele que vá até meus aposentos?
- Sem dúvida, majestade. Irei imediatamente.
Após uma mesura, saiu do salão a procura de seu rei.
Quando se dirigia para o quarto, Isabela veio ao seu encontro.
- Mãe?
- Sim, minha filha... – respondeu carinhosa, abrindo os braços para aconchegá-la.
- Estava com saudades...
- Eu também, meu anjo.
- Não quero que a senhora brigue com meu pai.
- Não vou brigar, querida.
- Eu estou feliz com o noivado. Eu lembro de ter visto Luís ao lado de seu pai na corte. Lembro que o achei bonito. Não vejo a hora de revê-lo. – sussurrou a frase final, com as bochechas coradas.
- Tenho certeza que o jovem Luís é um ótimo rapaz, que a fará muito feliz – disse para a filha e para si mesma, numa tentativa de convencer-se que a escolha de Eduardo era certa. Não admitiria que sua filha sofresse nas mãos de quem quer que fosse. Ela era muito jovem e inexperiente.
- Então, não está chateada com papai?
- Ele deveria ter me avisado a respeito de suas intenções de casá-la com o conde...
- Já está na hora de me casar, mamãe. Melhor que seja com um jovem belo e solteiro, do que com um velho barrigudo e viúvo. Não acha?
- Queria falar comigo, Filipa?
A voz tonitruante de Eduardo encheu o corredor onde mãe e filha conversavam próximas à entrada dos aposentos da rainha.
- Papai!
Isabela correu para os braços de Eduardo, que imediatamente abandonou a expressão preocupada e abriu um sorriso. Isabela lembrava Filipa quando jovem, mas de cabelos castanho-escuros Ele reconhecia que ficara mais aliviado com a boa recepção que ela tivera ao receber a notícia de seu futuro noivado. Olhou para a esposa e anteviu a tempestade que teria de enfrentar logo a seguir. Abraçou a filha e pediu que ela os deixasse para que pudessem conversar.
- Mamãe?... – lançou um olhar suplicante a Filipa.
- Não se preocupe. Vamos apenas conversar. – tranquilizou-a.
A menina deu um sorriso pueril e saiu à procura de sua dama de companhia, a quem deixara falando sozinha para correr atrás da mãe.
Filipa fez uma reverência ao marido e entrou em seu quarto, deixando a porta aberta, como um sinal de que ele deveria segui-la. Eduardo não entendia por que a mulher estava tão aborrecida. Muitas vezes tinham conversado sobre as responsabilidades de um monarca e dos casamentos de interesse que deveriam ser realizados à medida que fossem necessários. Isabela já estava em idade de casar e não encontraria melhor partido na Inglaterra ou na França. Além disso, sua aliança com Flandres, Nevers e Rethel, antes firmada com o pai de Luís, que morrera lutando ao seu lado, na Batalha de Crècy, estaria assegurada.
- Feche a porta, por favor.
- Filipa...
Ela não conseguiu segurar mais o seu desapontamento e sua tristeza pela atitude de Eduardo.
Vendo a mulher a verter lágrimas inexplicadas, aproximou-se dela a fim de consolá-la, pensando ser, afinal, outro o motivo para aquela conversa. Não era possível que o choro fosse pelo noivado de Isabela. Foi rechaçado abruptamente.
- Não me toque!
- O que houve, Filipa?
- Por que simplesmente não me falou sobre seus planos em relação a Isabela? Não precisaria usar de subterfúgios para me colocar ao seu lado.
- O quê? Subterfúgios? Sobre o que exatamente você está falando?
- Você sabe muito bem!
Uma nova onda de choro se iniciou.
- Não, Filipa... Eu não sei do que está falando.
- Nos últimos meses, aqui nesse acampamento, tenho sido iludida por você – disse entre soluços. – Quase acreditei que poderíamos voltar a ser um casal de verdade.
Tomado pela revolta, diante das palavras de sua esposa, Eduardo agarrou-a pelos braços e obrigou-a a olhá-lo de frente.
- Eu não a iludi! – afirmou irritado, mal podendo acreditar que a insegurança afetiva de Filipa a tivesse feito imaginar tal artimanha por parte dele. – Tudo que está acontecendo nestes dias é real e ditado pelo coração e não por uma ação calculada para suborná-la... Acredite em mim. Meu único erro foi querer evitar seu aborrecimento.
- Por favor! Não considero o destino da nossa filha como um mero aborrecimento. – bradou enquanto tentava desvencilhar-se das mãos de ferro do marido.
- Está bem... – Liberou-a. – Me perdoe ... Vamos conversar sobre isso como dois pais preocupados com o casamento de sua filha, mas não jogue na lama todo o meu esforço em reconquistá-la ao lado dos momentos inesquecíveis que temos vivido “nesse acampamento”.
O soluçar diminuiu. Em um movimento suave, Eduardo voltou a tentar uma abordagem, sendo bem sucedido dessa vez. Chegou por trás de Filipa, sem tocá-la, mas tão próximo que podia sentir o perfume de seus cabelos e o calor de seu corpo. Percebeu o estremecimento dela reagindo à aproximação. Suas mãos envolveram sua cintura e a giraram, deixando-os frente a frente. Segurou seu queixo com delicadeza forçando-a a olhar para cima.
- Eu a amo, Filipa. Lembra-se dos meus votos em York, feitos há quase 20 anos? Não os fiz de forma inconsequente. A vida, as batalhas e as separações decorrentes da rotina do reinado podem ter me afastado um pouco de minhas juras, mas o amor que sinto por você permanece, até maior que antes.
Ela o fitou e pode ver a sinceridade e a veneração vertendo dos olhos de seu amado.
Com o rosto ainda úmido pelas lágrimas perdidas, teve os lábios, entreabertos pelo júbilo diante das palavras de Eduardo, cobertos por um beijo, a princípio suave, mas que ao ser correspondido, tornou-se mais e mais apaixonado e vigoroso. Um desejo avassalador tomou conta do homem. Roupas foram arrancadas e as palavras foram substituídas por ações...
- Mãe?
- Sim, minha filha... – respondeu carinhosa, abrindo os braços para aconchegá-la.
- Estava com saudades...
- Eu também, meu anjo.
- Não quero que a senhora brigue com meu pai.
- Não vou brigar, querida.
- Eu estou feliz com o noivado. Eu lembro de ter visto Luís ao lado de seu pai na corte. Lembro que o achei bonito. Não vejo a hora de revê-lo. – sussurrou a frase final, com as bochechas coradas.
- Tenho certeza que o jovem Luís é um ótimo rapaz, que a fará muito feliz – disse para a filha e para si mesma, numa tentativa de convencer-se que a escolha de Eduardo era certa. Não admitiria que sua filha sofresse nas mãos de quem quer que fosse. Ela era muito jovem e inexperiente.
- Então, não está chateada com papai?
- Ele deveria ter me avisado a respeito de suas intenções de casá-la com o conde...
- Já está na hora de me casar, mamãe. Melhor que seja com um jovem belo e solteiro, do que com um velho barrigudo e viúvo. Não acha?
- Queria falar comigo, Filipa?
A voz tonitruante de Eduardo encheu o corredor onde mãe e filha conversavam próximas à entrada dos aposentos da rainha.
- Papai!
Isabela correu para os braços de Eduardo, que imediatamente abandonou a expressão preocupada e abriu um sorriso. Isabela lembrava Filipa quando jovem, mas de cabelos castanho-escuros Ele reconhecia que ficara mais aliviado com a boa recepção que ela tivera ao receber a notícia de seu futuro noivado. Olhou para a esposa e anteviu a tempestade que teria de enfrentar logo a seguir. Abraçou a filha e pediu que ela os deixasse para que pudessem conversar.
- Mamãe?... – lançou um olhar suplicante a Filipa.
- Não se preocupe. Vamos apenas conversar. – tranquilizou-a.
A menina deu um sorriso pueril e saiu à procura de sua dama de companhia, a quem deixara falando sozinha para correr atrás da mãe.
Filipa fez uma reverência ao marido e entrou em seu quarto, deixando a porta aberta, como um sinal de que ele deveria segui-la. Eduardo não entendia por que a mulher estava tão aborrecida. Muitas vezes tinham conversado sobre as responsabilidades de um monarca e dos casamentos de interesse que deveriam ser realizados à medida que fossem necessários. Isabela já estava em idade de casar e não encontraria melhor partido na Inglaterra ou na França. Além disso, sua aliança com Flandres, Nevers e Rethel, antes firmada com o pai de Luís, que morrera lutando ao seu lado, na Batalha de Crècy, estaria assegurada.
- Feche a porta, por favor.
- Filipa...
Ela não conseguiu segurar mais o seu desapontamento e sua tristeza pela atitude de Eduardo.
Vendo a mulher a verter lágrimas inexplicadas, aproximou-se dela a fim de consolá-la, pensando ser, afinal, outro o motivo para aquela conversa. Não era possível que o choro fosse pelo noivado de Isabela. Foi rechaçado abruptamente.
- Não me toque!
- O que houve, Filipa?
- Por que simplesmente não me falou sobre seus planos em relação a Isabela? Não precisaria usar de subterfúgios para me colocar ao seu lado.
- O quê? Subterfúgios? Sobre o que exatamente você está falando?
- Você sabe muito bem!
Uma nova onda de choro se iniciou.
- Não, Filipa... Eu não sei do que está falando.
- Nos últimos meses, aqui nesse acampamento, tenho sido iludida por você – disse entre soluços. – Quase acreditei que poderíamos voltar a ser um casal de verdade.
Tomado pela revolta, diante das palavras de sua esposa, Eduardo agarrou-a pelos braços e obrigou-a a olhá-lo de frente.
- Eu não a iludi! – afirmou irritado, mal podendo acreditar que a insegurança afetiva de Filipa a tivesse feito imaginar tal artimanha por parte dele. – Tudo que está acontecendo nestes dias é real e ditado pelo coração e não por uma ação calculada para suborná-la... Acredite em mim. Meu único erro foi querer evitar seu aborrecimento.
- Por favor! Não considero o destino da nossa filha como um mero aborrecimento. – bradou enquanto tentava desvencilhar-se das mãos de ferro do marido.
- Está bem... – Liberou-a. – Me perdoe ... Vamos conversar sobre isso como dois pais preocupados com o casamento de sua filha, mas não jogue na lama todo o meu esforço em reconquistá-la ao lado dos momentos inesquecíveis que temos vivido “nesse acampamento”.
O soluçar diminuiu. Em um movimento suave, Eduardo voltou a tentar uma abordagem, sendo bem sucedido dessa vez. Chegou por trás de Filipa, sem tocá-la, mas tão próximo que podia sentir o perfume de seus cabelos e o calor de seu corpo. Percebeu o estremecimento dela reagindo à aproximação. Suas mãos envolveram sua cintura e a giraram, deixando-os frente a frente. Segurou seu queixo com delicadeza forçando-a a olhar para cima.
- Eu a amo, Filipa. Lembra-se dos meus votos em York, feitos há quase 20 anos? Não os fiz de forma inconsequente. A vida, as batalhas e as separações decorrentes da rotina do reinado podem ter me afastado um pouco de minhas juras, mas o amor que sinto por você permanece, até maior que antes.
Ela o fitou e pode ver a sinceridade e a veneração vertendo dos olhos de seu amado.
Com o rosto ainda úmido pelas lágrimas perdidas, teve os lábios, entreabertos pelo júbilo diante das palavras de Eduardo, cobertos por um beijo, a princípio suave, mas que ao ser correspondido, tornou-se mais e mais apaixonado e vigoroso. Um desejo avassalador tomou conta do homem. Roupas foram arrancadas e as palavras foram substituídas por ações...
Era início de mais uma tarde nublada e fria. No entanto, sobre a cama, nos aposentos da rainha, os corpos nus e entrelaçados exalavam calor, preguiça e deleite, como se estivessem desfrutando uma manhã ensolarada e sem compromissos. O fogo na lareira crepitava, começando a exigir mais lenha para atiçá-lo.
- Você sabe como acabar uma discussão. – afirmou Filipa, acariciando o peito de Eduardo.
- Acho que deveríamos discutir mais vezes...- sugeriu beijando o topo da cabeça de cabelos dourados e despenteados.
Ela sorriu e fez menção de sair da cama, no que foi rapidamente impedida. Num movimento quase felino, Eduardo subjugou-a sob seu corpo.
- Que tal uma nova discussão?
- Realmente ainda precisamos falar sobre o casamento de Isabela.
Com um suspiro longo, Eduardo deitou-se ao seu lado, olhando para o teto.
- Pensei que esse problema estivesse resolvido. Você sabe que o jovem Luís acaba de herdar condados importantes para a Inglaterra. Este noivado será benéfico tanto para nós como para ele, que precisa da lã inglesa. Preciso manter seu apoio, assim como o tinha de seu pai. Sei que ele é simpatizante de Filipe, mas seu pai era nosso aliado e ele deve se manter fiel a nós.
- A Isabela é tão jovem... Tenho medo que ela venha a sofrer com um casamento arranjado dessa maneira.
- Ela tem um ano a menos que eu quando te desposei.
- É diferente, Eduardo. Nós nos amávamos e nosso casamento não foi por conveniência.
- Filipa... Tenho certeza que os dois vão se dar muito bem. Nossa filha é linda. Impossível não se apaixonar por ela. Ele é um jovem de boa criação e sei que a fará muito feliz.
- Ah, se eu pudesse ter uma garantia disso...
- Se ele a fizer infeliz, eu o mato... Mas só depois que eles tiverem um herdeiro. – disse sério.
- Eduardo! – escandalizou-se com a ameaça do marido.- Como pode dizer uma coisa dessas!
- Só para tranquilizá-la... – respondeu, caindo na risada logo em seguida e voltando a ficar sobre ela. – Agora que discutimos um pouco, que tal nova reconciliação?
- Só se me prometer que nunca mais vai me deixar de fora das decisões sobre os casamentos de nossos filhos.
- Prometo... – sussurrou no seu ouvido, iniciando outra série de carícias que a fizeram sorrir e gemer.
- Você sabe como acabar uma discussão. – afirmou Filipa, acariciando o peito de Eduardo.
- Acho que deveríamos discutir mais vezes...- sugeriu beijando o topo da cabeça de cabelos dourados e despenteados.
Ela sorriu e fez menção de sair da cama, no que foi rapidamente impedida. Num movimento quase felino, Eduardo subjugou-a sob seu corpo.
- Que tal uma nova discussão?
- Realmente ainda precisamos falar sobre o casamento de Isabela.
Com um suspiro longo, Eduardo deitou-se ao seu lado, olhando para o teto.
- Pensei que esse problema estivesse resolvido. Você sabe que o jovem Luís acaba de herdar condados importantes para a Inglaterra. Este noivado será benéfico tanto para nós como para ele, que precisa da lã inglesa. Preciso manter seu apoio, assim como o tinha de seu pai. Sei que ele é simpatizante de Filipe, mas seu pai era nosso aliado e ele deve se manter fiel a nós.
- A Isabela é tão jovem... Tenho medo que ela venha a sofrer com um casamento arranjado dessa maneira.
- Ela tem um ano a menos que eu quando te desposei.
- É diferente, Eduardo. Nós nos amávamos e nosso casamento não foi por conveniência.
- Filipa... Tenho certeza que os dois vão se dar muito bem. Nossa filha é linda. Impossível não se apaixonar por ela. Ele é um jovem de boa criação e sei que a fará muito feliz.
- Ah, se eu pudesse ter uma garantia disso...
- Se ele a fizer infeliz, eu o mato... Mas só depois que eles tiverem um herdeiro. – disse sério.
- Eduardo! – escandalizou-se com a ameaça do marido.- Como pode dizer uma coisa dessas!
- Só para tranquilizá-la... – respondeu, caindo na risada logo em seguida e voltando a ficar sobre ela. – Agora que discutimos um pouco, que tal nova reconciliação?
- Só se me prometer que nunca mais vai me deixar de fora das decisões sobre os casamentos de nossos filhos.
- Prometo... – sussurrou no seu ouvido, iniciando outra série de carícias que a fizeram sorrir e gemer.
(continua...)
Oi, pessoal!
Demorou um pouquinho mais, mas consegui postar antes do final de semana. Devagar e sempre...
Amei os comentários da última postagem ( beijos muito especiais para a Lucy, a Ly, a Nadja, a Léia, o Luiz Fernando e a Rose - bem vinda ao meu cantinho, querida!).
Quero aproveitar para agradecer a todos aqueles amigos que enviaram lindas mensagens de felicitações pelo meu aniversário lá no Facebook, que aliás foi um dos motivos(o aniversário) para a demora na postagem... Muita festa...rsrs, o que é um bom motivo, não? MUITO OBRIGADA!!! Amo vocês!
Mil beijinhos, meus queridos, e até a próxima postagem!
Oi Rô!!!!
ResponderExcluirAdorei mais uma vez o capítulo amiga, tão envolvente, ai, ai....
O que um mal entendido pode provocar num relacionamento! Fiquei com dó da Filipa e do Eduardo, dela por acreditar que ele a estava seduzindo para que ela aceitasse pacatamente o noivado da filha; dele por ter sido julgado de forma errada por ela. Mas ainda bem que tudo foi esclarecido e fizeram as pazes, por sinal você descreveu maravilhosamente bem a "reconciliação" deles amiga, de suspirar....
Agora é esperar pelo próximo post.
Beijosssss e uma excelente semana querida!!!
Obrigada, Nadja! Fico hipercontente com a tua reação ao modo como descrevi essa cena. Esse casal existiu, e tudo que tenho lido sobre eles tento traduzir nessas cenas. Eu estive em York e foi uma emoção saber que ali se realizou o casamento deles. Quando estive lá em 2010, já estava com essa história na cabeça e tive sorte de encontrar muita coisa sobre ela. Fiquei apaixonada por Eduardo e Filipa, que por si só mereceriam um romance só deles. Existem muitos romances reais na história mundial. Não deixo de me surpreender, quanto mais eu leio e pesquiso.
ExcluirUm beijo muito carinhoso, querida! Uma ótima semana prá ti tb!
Olá Rosana, tudo bem contigo?
ResponderExcluirAssim como existe romances reais á também romances que vem de vidas passadas
que se encontram só ou agora, ou que ainda vão se encontrar... Como sempre está super inspirada para cada capítulo...
E muito obrigado por citar eu no seu blog, o carinho só aumenta.
Beijinhos e uma ótima semana...
=)
Obrigada, Luiz Fernando! Um grande beijo querido!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstou estatelada com tantos afagos desse casal que estava mais do que na hora e merecidamente é claro reverter o quadro de descasos e distanciamento isso só aflora meus pensamentos nada Ortodoxos com um individuo de origem escocesa... kkk
ResponderExcluirFique mega feliz com essa reconciliação calorosa desse romântico casal!!
Beijãoo Rô.